O Reino do Marrocos celebra hoje o chamado Dia do Trono, a principal celebração civil que que marca a entronização do Rei Mohamed VI, há precisamente 21 anos.
As celebrações deste ano acontecem numa altura em que o mundo está assolado pela pandemia da COVID-19, facto que, segundo as autoridades daquele país, deve servir para activar o sentido de solidariedade entre os africanos.
“Na adversidade da actual pandemia da COVID-19, o continente africano enfrenta enormes desafios, mas também conserva todas as esperanças. Muitos africanos vêm a actual crise sanitária como uma oportunidade para acelerar as transformações em curso ou esperadas, sendo as principais prioridades, o reforço dos sistemas de saúde, a transformação digital, a emergência da indústria, da agricultura e dos serviços, e a inclusão financeira e social” destacam as autoridades de Rabat, numa nota recebida na nossa redacção.
A nota, alusiva às celebrações do Dia do Trono, dá enfoque a uma análise à situação actual do continente africano, em particular, destacando os desafios impostos pela COVID-19 e a necessidade da solidariedade continental.
“Os desafios são enormes. O continente deve contar acima de tudo, com as suas mulheres e com os seus homens para construir, finalmente, uma África cujo futuro seja feito pelos africanos para os africanos” frisa a nota.
Segundo a nossa fonte, Rabat “fez da solidariedade e do diálogo inter-africano uma alavanca para a África pós-coronavírus, em prol de um continente renovado”.
Neste âmbito, a nota destaca as medidas adoptadas para responder aos desafios do momento, nomeadamente, a mobilização pelo monarca daquele país, em Abril passado, de vários Chefes de Estado africanos para uma iniciativa de solidariedade e de luta contra a pandemia do Coronavírus, que teve como base a acção e troca de experiências.
No quadro da solidariedade com o continente, Rabat organizou voos transportando ajuda médico-sanitário para 15 países do continente, nomeadamente, Burkina Faso, Angola, Camarões, Chade, Ilhas Comores, Congo, Eswatini, Guiné, Guiné-Bissau, Malawi, Mauritânia, Níger, República Democrática do Congo, Senegal e Zâmbia.
No total o Marrocos já disponibilizou um total de oito milhões de máscaras, 900 mil viseiras, 600 mil carrinhas de rodas, 60 mil batas, 30 mil litros de gel hidroalcoólico, 75 mil caixas de cloroquina e 15 mil caixas de azitromicina, produzidos pela indústria marroquina.