Um tribunal francês proibiu Marine Le Pen de concorrer a cargos públicos por cinco anos, com efeito imediato, por peculato. É um duro golpe nas esperanças presidenciais da líder de extrema direita.
Embora ela possa recorrer da decisão, tal medida não suspenderá sua inelegibilidade, o que poderia excluí-la da corrida presidencial de 2027.
Le Pen deixou o tribunal de Paris sem parar para falar com repórteres e entrou em um carro que a levou embora.
Mais cedo na segunda-feira, da primeira fila do tribunal, Le Pen não demonstrou nenhuma reacção imediata quando o juiz a declarou culpada. Mas ficou mais agitada conforme o processo continuava. Segundo a imprensa internacional, repetidamente balançou a cabeça em desacordo enquanto o juiz entrava em maiores detalhes com o veredito, dizendo que o partido de Le Pen havia usado ilegalmente o dinheiro do Parlamento Europeu para seu próprio benefício.
A juíza também declarou culpados outros oito membros actuais ou antigos de seu partido que, como ela, actuaram anteriormente como legisladores do Parlamento Europeu.
Le Pen e seus co-réus podem cumprir até 10 anos de prisão.
A líder e outros 24 oficiais do National Rally foram acusados de terem usado dinheiro destinado a assessores parlamentares da UE para pagar funcionários que trabalharam para o partido entre 2004 e 2016, em violação aos regulamentos do bloco de 27 nações. Le Pen e seus co-réus negaram irregularidades.