Em Fevereiro passado, centenas de membros do maior partido da oposição em Moçambique, Renamo, entraram em choque com a liderança máxima da “perdiz”, em causa o diferendo com a indicação de um delegado desta formação política.
Há menos de duas semanas, membros da Renamo tentaram ocupar à força as instalações do partido na Beira, em protesto contra a indicação de delegados do partido neste ponto do país e na província de Sofala. Os contestatários defendem a eleição dos delegados e não a sua indicação pela direcção do partido.
Aliás, alguns membros da Renamo, residentes na cidade da Beira e oriundos dos distritos da província de Sofala, chegaram a eleger Sandura Ambrósio como delegado, contrariando as ordens do presidente do partido Ossufo Momade.
Confrontado com este diferendo, o edil de Quelimane, Manuel de Araújo considerou “normal” a situação que o seu partido atravessa.
“Acho que é típico de um partido em transição. A Renamo precisa reinventar-se pós Afonso Dhlakama. Acredito que vamos ultrapassar essa situação da Beira e voltar a ser forte”, referiu de Araújo.
Sobre a alegada contestação à liderança de Ossufo Momade, o autarca de Quelimane defendeu que o general é a pessoa certa para conduzir a Renamo. “Tem o perfil ideal para o partido, bem como conhecimento de vários dossiers sobre questões militares e reintegração”.
O edil de Quelimane falava esta segunda-feira, em Maputo, à margem do congresso da Associação Nacional dos Municípios de Moçambique, que elegeu Carlitos Cossa como novo presidente da agremiação.
O presidente do Conselho Autárquico da Matola foi eleito com 212 votos, de um total de 214 congressistas que se fizeram às urnas, numa eleição que contava com uma lista.