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Manuel Alegre vence Prémio Camões 2017

O Prémio Camões de 2017 foi esta quinta-feira atribuído ao poeta e romancista Manuel Alegre, que se torna assim o 29.º autor a receber a mais importante consagração literária da língua portuguesa, informa o jornal Público.

O prémio, no valor de cem mil euros, foi anunciado na sede da Biblioteca Nacional brasileira, no Rio de Janeiro.

O nome de Alegre foi escolhido por um júri que integrou as ensaístas portuguesas Maria João Reynaud e Paula Morão, os académicos brasileiros José Luís Jobim de Salles Fonseca e Leyla Perrone Moisés, o poeta cabo-verdiano José Luiz Tavares e o especialista moçambicano em literaturas africanas Lourenço do Rosário.

Instituído em 1988 pelos governos de Portugal e do Brasil, o prémio Camões é atribuído a “um autor de língua portuguesa que tenha contribuído para o enriquecimento do património literário e cultural da língua comum”, diz o respectivo protocolo, na sua versão revista de 1999. O acordo impõe que o prémio seja alternadamente atribuído em território português e brasileiro, e a sua história sugere que tem também prevalecido a intenção de equilibrar o número de vencedores portugueses e brasileiros, bem como a preocupação de fazer representar as várias literaturas africanas.

Antes do prémio agora atribuído a Manuel Alegre, o Brasil, com 12 premiados, tinha apenas mais um do que Portugal, que estreou a galeria com Miguel Torga, o primeiro escritor a receber o Camões, em 1989.

José Craveirinha foi o primeiro autor africano a receber o Camões, em 1991. Em 1997, Pepetela, então com 56 anos, tornava-se simultaneamente o primeiro angolano e o mais jovem autor de sempre a ser galardoado com o prémio, que só voltaria à literatura africana em 2006 para reconhecer a obra do angolano Luandino Vieira, que recusou o galardão. Em 2009, venceu o poeta cabo-verdiano Arménio Vieira, e  Mia Couto, em 2013.

 

 

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