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Manuais do ensino primário passarão por revisão constante para evitar erros

A garantia foi dada, hoje, pela ministra da Educação e Desenvolvimento Humano, Carmelita Namashulua, na Assembleia da República, durante a sessão de perguntas ao Governo. Na mesma sessão, o ministro da Saúde, Armindo Tiago, disse que o terrorismo, a COVID-19 e os desastres naturais condicionaram a iniciativa “Um Distrito, Um Hospital”.

Os erros nos livros escolares do ensino primário público foram tema de discussão, esta terça-feira, no Parlamento. Não foi a primeira vez que a bancada parlamentar do MDM exigiu da ministra do pelouro da Educação explicações sobre o assunto.

Em resposta, Carmelita Namashulua assegurou que a revisão dos manuais da 1ª e 6ª classes será constante para evitar mais erros.

“O Ministério [da Educação e Desenvolvimento Humano] procedeu à revisão do livro de Ciências Sociais da 6ª classe e, para conferir a qualidade científica, metodológica e linguística no tratamento dos conteúdos, fizemos a revisão de todos os livros da 1ª e 6ª classes e outros materiais didácticos em vigor no ensino primário, de 2004 a 2022. Estas revisões, assumimos o compromisso, serão feitas constantemente, para conferir maior qualidade a esses materiais”, garantiu Carmelita Namashulua, ministra da Educação e Desenvolvimento Humano.

Sobre os atrasos na distribuição do livro escolar, a governante apontou a impressão dos manuais no exterior como uma das causas, e avançou soluções: “A demora na distribuição do livro escolar prende-se, por um lado, com a chegada tardia e em fases do livro ao país e, por outro, aos efeitos dos desastres naturais que afectam as vias de acesso dentro do nosso país. O processo de provisão do livro escolar é complexo e, neste contexto, o Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano está a iniciar um processo de mudança de provisão do livro, de uma base anual para um processo plurianual, de modo a permitir que o livro chegue atempadamente às nossas escolas”.

No dia em que alguns ministros estiveram em prova oral no Parlamento, Armindo Tiago também subiu ao pódio para explicar que a iniciativa “Um Distrito, Um Hospital” não anda conforme o desejado.

“Claramente, a implantação do nosso PQG e a da iniciativa presidencial ‘Um Distrito, Um Hospital’ terão sofrido um impacto negativo do terrorismo, da pandemia da COVID-19 e dos eventos climáticos extremos que afectaram o nosso país, incluindo a cólera que nos afectou há pouco tempo. Estes fenómenos, no seu conjunto, causaram a destruição total ou parcial de 370 unidades sanitárias. A missão do Governo é alocar recursos para que estas unidades voltem a funcionar. Há uma requalificação e um redimensionamento de recursos para estas finalidades.”

O Governo volta, esta quinta-feira, à Assembleia da República para responder às perguntas de insistência.

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