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Mambas vencem Gana num jogo sem fim

Foto: FMF

O embate entre Moçambique e Gana de preparação para o CHAN não chegou aos 90 minutos, devido a uma confusão criada pela não marcação de uma grande penalidade. Qual jogo de bairros, o Gana não permitiu que o jogo continuasse quando o árbitro (Eduardo Jumisse) declinou o pedido do auxiliar (do Gana) e o jogo acabou interrompido aos 34 minutos da segunda parte. Os Mambas venciam por uma bola sem resposta, com golo de Amadou, aos 38 minutos da primeira parte

Sem contar com uma equipa de arbitragem oficial, onde Eduardo Jumisse foi o árbitro principal e os assistentes eram dos dois países, Chiquinho Conde fez algumas alterações em relação aos dois jogos anteriores, nomeadamente as entradas de início de Martinho, João Bonde, Amadou e Danilo.

Victor, na baliza, Mexer, Nené, Shaquile, Telinho, Nelson Divrassone e Lau King mantiveram a titularidade diante do Gana, depois de ter estado no onze inicial diante do MC Argel.

Os primeiros 20 minutos foram de uma espécie de estudo mútuo, com a selecção moçambicana a ter mais posse de bola, mas sem que tivessem existido jogadas de alguma relevância.

Só perto do minuto 25 é que se viu uma jogada de algum perigo, quando João Bonde cobrou um livre directo a proporcionar uma defesa ao guarda-redes ganês William. O Gana respondeu de imediato, numa jogada confusa, sem conseguir marcar.

Mexer ainda desperdiçou uma oportunidade de marcar aos 30 minutos, quando bem servido, com espaço de remate, preferiu fazer um passe atrasado para um colega que não mais chegou para finalizar.

Aos 38 minutos chegou o golo, de Amadou, a aproveitar uma brincadeira do guarda-redes William, que tentou fintar Lau King, mas o moçambicano roubou a bola e cruzou para o médio da União Desportiva de Songo, que apenas encostou para o fundo das malhas.

Na ponta final da primeira parte, o Gana ainda tentou pressionar os Mambas, mas não tinha pontaria para fazer estremecer Victor.

 

DECISÃO DO ÁRBITRO INTERROMPE O JOGO NA SEGUNDA PARTE

Na etapa final do jogo, Chiquinho Conde fez várias alterações, desde a baliza, com a entrada de Ivan para o lugar de Victor, passando pela defesa, em que entraram Chico, Macaime, Bhéu e Infren, a zona intermediária, com Kito, Melque, Dário, Yude e o ataque com as entradas de Ling e Isac, ficando apenas Fazito por ser utilizado.

Os Mambas voltaram transfigurados e podiam ter dilatado o marcador, numa situação em que Eduardo Jumisse, o árbitro, assinalou uma grande penalidade a favor de Moçambique, mas os ganeses não aceitaram a decisão, tendo o auxiliar que acompanhava o ataque moçambicano, curiosamente um moçambicano, influenciado para que se continuasse a jogar.

A meio, uma situação em que Ivan salvou o empate, quando Martinho entregou o ouro ao bandido, tendo o guarda-redes dos “touros” evitado o 1-1.

Aos 34 minutos aconteceu o momento do jogo: o auxiliar ganês que acompanhava o ataque da sua selecção aponta para a marca da grande penalidade, mas Eduardo Jumisse assim não entendeu. Os jogadores do Gana não queriam repor a bola pela linha lateral, conforme a indicação do árbitro, e o jogo acabou por ser interrompido.

No final, Chiquinho Conde disse que já era previsível que uma situação similar acontecesse por falta de árbitros, mesmo depois de vários apelos junto da organização. Ainda assim, de acordo com Chiquinho Conde “pedimos que nós apitássemos a primeira parte e eles a segunda parte, mas não aceitaram. Foi algo constrangedor porque se criou uma confusão e isto era um jogo treino”.

O mais importante, para Chiquinho Conde, é que “pudemos avaliar a selecção”.

Fazendo uma radiografia do jogo, Conde disse que “foi um jogo duro e rígido dentro daquilo que vamos encontrar na competição e com árbitros oficiais e vai ser tudo minimizado. Independentemente do resultado, tirámos aqui algumas ilações, pena que não foi como queríamos”.

Por ora, de acordo com o seleccionador nacional, “não há volta a dar porque não temos mais jogos a fazer”. Ainda assim, “estamos consciencializados de que, independentemente das nossas condições, temos que transcender as nossas limitações”.

Chiquinho Conde disse ainda que a selecção podia ter feito mais jogos, tendo em conta que “ninguém evolui só treinando, mas competindo, mas estamos preparados para o que vem pela frente, diante da Etiópia”.

Assim, os Mambas encerraram os jogos de controlo com o saldo de duas vitórias e uma derrota, à espera do arranque da competição, sábado, na estreia, diante da Etiópia.

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