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Mambas a 96 horas e mais 90 minutos de Argélia

Os Mambas vão jogar, este domingo, a última cartada de qualificação ao CHAN diante do Malawi, em jogo da segunda mão da última eliminatória de acesso à competição. Uma vitória ou um empate sem golos coloca Moçambique nesta competição pela segunda vez.

É tudo ou nada! 96 horas e mais 90 minutos separam os Mambas de garantir, pela segunda vez, a presença no CHAN, prova na qual Moçambique se estreou em 2014, sob comando técnico de João Chissano.

A memória colectiva de uma nação sedenta de vitórias e que, sobretudo, tem no futebol o refúgio das várias vicissitudes por que tem passado, depende de 90 minutos para se reavivar.

Há uma sagrada esperança sobre uma possível qualificação do combinado nacional àquela que é a segunda competição de relevo a nível de selecções organizada pela Confederação Africana de Futebol (CAN), desta feita destinada aos jogadores que actuam em campeonatos internos.

Pois bem, o sonho comanda a vida. É justamente por causa desse sonho que, por estes dias, tudo gravita em torno da selecção nacional, algo consubstanciado pelas bem conseguidas prestações.

Se por um lado, o conjunto orientado pelo antigo capitão dos Mambas, Chiquinho Conde, tem arrancado rasgados elogios por conta disso, por outro, os resultados são, também, um elemento catalisador para arrastar as massas.

No domingo, por sinal o primeiro do mês, uma nova página pode-se abrir no desporto moçambicano, particularmente no futebol, quando, ao descer ao relvado do Estádio Nacional do Zimpeto, o combinado nacional fazer o que para muitos é o provável: vencer.

Vencer o Malawi, e consequentemente garantir a qualificação ao CHAN, não só será um orgulho à tribo do futebol, mas também um soco no “estômago” para os cépticos. O sonho de uma nação está nas mãos de 11 jogadores. Argélia, onde será disputada a fase final da competição, está, em relação aos Mambas, a 96 horas e mais 90 minutos.

EMPATE EM MALAWI PODE SER DETERMINANTE

Os Mambas partem para o jogo de domingo com uma ligeira vantagem em relação ao Malawi, graças ao empate a uma bola em Lilongwe, com o único tento do combinado nacional a ser apontado por Nelson Divrassone.

Esse resultado poderá ser determinante para o conjunto moçambicano, tendo em conta que uma vitória ou um empate sem golos coloca Moçambique no CHAN. Teoria à parte, a verdade é que, no seio do grupo orientado por Chiquinho Conde, a vitória é a palavra de ordem.

Ciente de que cada jogo tem a sua história, Conde, que tem primado pelo respeito aos seus adversários sem, no entanto, temê-los, prepara a equipa olhando para as surpresas que possam acontecer no jogo deste domingo.

“O jogo da primeira mão fica para a história. Tudo pode acontecer no da segunda mão, daí que estamos a acautelar todos os aspectos”, diz Chiquinho Conde.

O timoneiro dos Mambas diz ainda que é desejo de todos garantir a qualificação. Ainda assim, entende que deve haver muita calma neste momento.

Autor do golo, aos oito minutos no jogo da primeira mão, Nelson Divrassone, jogador que tem sido uma peça fundamental na manobra ofensiva dos Mambas, garante que o combinado nacional fará o seu trabalho, com vista a qualificar-se.

Contudo, e à semelhança de Chiquinho Conde, considera que é preciso ter os pés assentes no chão, pois ainda há 90 minutos por disputar.

“Temos de respeitar o Malawi, visto que tem jogadores com muita qualidade. Não obstante esse facto, se fizermos bem o nosso papel, poderemos qualificar-nos à competição”, alerta Nelson.

O jogo entre Moçambique e Malawi está marcado para este domingo, às 15h00, no Estádio Nacional do Zimpeto.

Face à importância da partida, a Federação Moçambicana de Futebol submeteu uma carta à CAF a pedir que haja presença de, pelo menos, 25 mil espectadores. O organismo-reitor do futebol africano anuiu o pedido.

 

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