O Presidente da República, Filipe Nyusi, dirigiu esta quinta-feira a reunião nacional sobre malária, na ocasião Nyusi agradeceu aos parceiros pelos apoios que vem implementando no combate à malária em Moçambique.
Moçambique pertence aos 10 países mais afectados pela malária no mundo. O inquérito de indicadores de imunização da malária e HIV/SIDA, 2015, indica que a prevalência da malária em crianças menores de cinco anos no país é de 45 por cento.
Nyusi diz que a produção global e o crescimento económico do país são também afectados pelo absenteísmo dos trabalhadores e pela diminuição da produtividade.
“A malária não só afecta negativamente as pessoas, famílias e comunidades mas também atrasa o desenvolvimento de Moçambique”, disse o PR
No seu discurso Nyusi disse que a incidência da malária não é uniforme em todo país, é mais elevada na zona Centro com 68 por cento na Zambézia, 32 em Sofala e 30 em Tete e a menos afectada é Manica.
Na zona Norte verifica-se 66 por cento em Nampula, 33 em Niassa e Cabo Delgado foi a menos afectada com 26 por cento.
Para a região Sul a prevalência é de 16 por cento em Gaza e as menos afectadas são Maputo Província e cidade.
“Nos agregados familiares mais pobres, o índice de malária aumentou em 60 por cento, demonstrando claramente a ligação entre a malária e pobreza”, disse Nyusi acrescentando que, a nível do Governo a malária representa um fardo no sistema de saúde “porque fundo públicos são alocados para custear as despesas em recursos humanos nas unidades sanitárias, bem como aquisição de equipamentos e outros produtos”.
Anualmente o programa contra malária necessita de 85 a 124 milhões de dólares e o Estado não tem esse valor.
“Precisamos ser mais criativos nas nossas respostas, reforçando as sinergias entre todos instrumentos relevantes das instituições do Estado, sociedade civil, no sector privado e nos meios de comunicação”