O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) desmantelou mais um cativeiro, desta vez em Jonasse, Município da Matola-Rio, Província de Maputo. A casa ainda estava a ser preparada para receber uma vítima de sequestro.
Por fora parece apenas uma simples residência, mas estava a ser preparada para abrigar mais uma vítima da onda de raptos que tem assolado o país. Hilário Lole, porta-voz do SERNIC, diz que os supostos raptores fizeram um pagamento adiantado de três meses no valor de 75 mil meticais.
“Este imóvel teria sido arrendado ao valor de 25 mil meticais, por cada mês. Tendo já sido adiantado o valor referente a três meses, 75 mil meticais. É uma residência que já vinha sendo preparada para ser usada como mais um cativeiro aqui na Matola-Rio, concretamente no Bairro de Jonasse”, disse.
Lole avançou que foram encontrado alguns instrumentos usados pelos raptores para acompanhar a movimentação das vítimas. “Foi possível aprender, na posse do indiciado, um instrumento do tipo GPS que era usado para fixar nas viaturas das vítimas e através do instrumento fazer o controlo da sua movimentação até o ponto em que poderiam executar o crime de rapto”.
Foram também encontrados, no local, materiais como martelo, corrente e prego que seriam usados para amarrar as vítimas e garantir que esta não pudesse escapar.
O indiciado foi detido na província de Manica e, além de ter arrendado a casa, conta que foi responsável por arrendar a casa usada como cativeiro, que também foi desmatelado pelo SERNIC. Com ele foram encontrados documentos falsos que teriam sido usados para arrendar as casas.
O mandante, segundo o SERNIC, é um cidadão nacional, que se encontra fora do país, mas já foi emitido um mandato internacional de captura.