Cerca de 20 mil pessoas, o equivalente a mais de cinco mil famílias, estão sitiadas no distrito de Marracuene, na Província de Maputo, em consequência das cheias e inundações que se registam no país.
Embarcações artesanais são o único meio de ligação entre o bairro Cumbene e a vila-sede do distrito de Marracuene.
Para Sérgio, residente local, a situação em que a comunidade vive é deplorável: “A situação é lamentável; há muita gente em Cumbene que não consegue sair e depende de barco”.
Outras pessoas só saíram de casa para enfrentar a água e foram levadas ao colo para o barco por razões de força maior. “Eu, por exemplo, vou lá em missão de serviço, o que me torna difícil chegar lá e estou neste local há trinta minutos à espera; não sei a que horas vai chegar o barco”, referiu Marcelo Dias, que saiu da vila-sede para Cumbene.
A chuva continua um pouco por todo país e, em Marracuene, já isolou os postos administrativos de Machubo e de Marracuene-sede, bem como as localidades de Bobole, Ngalundi e Macaneta.
“Há mais de 20 mil cidadãos moçambicanos, o correspondente a mais de cinco mil famílias, a enfrentar dificuldades. Começámos ontem (segunda-feira) a minimizar os problemas dessas pessoas, dando-lhes bens alimentícios e faremos isso ao longo desta e próxima semana.”
As águas que inundaram Marracuene não são só da chuva, como também do transbordo do rio Incomáti.