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Mais de 465 mil alunos do ensino primário desistiram de estudar em 2017

Um total de 465 046 alunos do ensino primário desistiu da escola, ano passado, segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH).

Este dado, contido no mapa do aproveitamento escolar referente a 2017 apresentado na reunião do MINEDH, semana passada, cuja cerimónia de abertura foi dirigida pela ministra do pelouro, Conceita Sortane, representa 8,9 por cento de alunos matriculados em todo o país no ano em referência.

Ainda assim, o MINEDH considera que o número de desistências no ano passado reduziu, comparativamente a 2016, em que a taxa foi de 10,9 por cento, uma das mais elevadas dos últimos cinco anos.

“Nos últimos cinco anos, a taxa de desistência teve o seu pico em 2016, o que representa, em termos absolutos, um número significativo de alunos que têm abandonado o sistema educativo”, lê-se no documento, citado pela AIM.

O documento de cerca de 30 páginas dá conta ainda de que os rapazes desistem mais do que as meninas. Do total dos desistentes, 212 995 são do sexo feminino, contra 252 051 do sexo masculino.

Ainda segundo o documento, Cabo Delgado foi a província com mais desistentes. “A amplitude de desistência oscila entre 2,5 por cento, na província de Maputo, e 13,3 por cento, na província de Cabo Delgado”, lê-se no relatório.

As províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa, Sofala, Tete e Zambézia, no norte e centro do país, são as que registaram maiores índices de desistência.

Em relação às classes, o maior índice de desistência vai para os alunos da segunda classe, tanto em 2016 como em 2017. Por exemplo, em 2016, a taxa de desistência nesta classe foi de 17,7 por cento, enquanto, em 2017, foi de 14,6 por cento.

A taxa de desistência nas outras classes ronda entre cinco e 13 por cento de alunos. Dos 1 238 743 alunos matriculados na 2ª classe, em 2017, desistiram 180 055, o equivalente a 14,6 por cento, segundo indica o documento.

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