Segundo um comunicado de imprensa emitido pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) em Moçambique, esta instituição, com o apoio da Agência Internacional dos Estados Unidos para o Desenvolvimento (USAID), está a responder às necessidades humanitárias das pessoas deslocadas internamente e das comunidades de hospedeiras em Moçambique, atingindo mais de 450.000 pessoas no centro e norte do país.
Desde 2021, a USAID disponibilizou à OIM Moçambique USD 5,3 milhões para apoiar as necessidades humanitárias urgentes respondendo ao deslocamento devido a desastres naturais no centro de Moçambique e à insegurança no norte do país.
Adicionalmente, a USAID forneceu mais de USD 1,3 milhões em doações de primeira necessidade em espécie de abrigo imediato e itens não alimentares (NFIs) para 20.000 famílias que escapulam da insegurança em Cabo Delgado.
Segundo a OIM, o apoio da USAID contribui para a coordenação humanitária, bem como para a prestação de assistência direta e indireta abrangente, tais como encaminhamentos para serviços sociais, instalações de saúde, serviços especializados de saúde mental e prestação de assistência individual à protecção; fornecimento de material de construção; formação contínua na realização de trabalhos para artesãos e famílias envolvidas na construção de abrigos de emergência; melhor acesso a serviços de protecção em zonas de difícil acesso e outras.
O fundo da USAID também permite uma recolha importante de dados sobre movimentos de deslocamento e necessidades humanitárias através da Matriz de Rastreio de Deslocamentos da OIM.
“O Governo dos Estados Unidos continua empenhado em ajudar as muitas famílias e comunidades moçambicanas que foram afetadas pela violência em Cabo Delgado e por desastres naturais. Através da OIM, o nosso apoio ajuda a responder às necessidades imediatas de habitação e higiene das comunidades afetadas e a construir resiliência para futuras emergências”, disse a diretora da missão da USAID em Moçambique, Helen Pataki.
Em 2022, a OIM garante que vai aumentar ainda mais os seus esforços de emergência e pós-crise em todo o país, em linha com o Plano de Resposta Humanitária de 2022, ao abrigo do qual a organização requer USD 37,3 milhões para prestar intervenções de socorro emergencial nas áreas de Cabo Delgado, Nampula e Niassa.