Acidentes de viação, queimaduras, entre leves e graves, e internamentos por diversas doenças marcaram os trabalhos do Hospital Central de Maputo (HCM) durante a transição de 2021 para 2022. Não obstante a essas ocorrências, a maior unidade sanitária do país considera tranquila a passagem de ano.
Foi uma transição de muita agitação e o resultado disso é a subida do número de pessoas que procuraram os serviços da maior unidade hospitalar do país.
Segundo a médica emergencista do HCM, Maria Augusta, o Banco de Socorros daquela unidade sanitária registou mais 22 pessoas este ano, comparativamente ao mesmo período do ano passado.
“Nas últimas 24 horas, o Hospital Central de Maputo recebeu um total de 1222 pacientes, dos quais 1132 por doenças gerais e 90 por trauma. Felizmente, não registamos nenhum óbito em pacientes com trauma”, disse Maria Augusta.
Os acidentes de viação ganharam destaque, tendo também subido o número na transição deste ano. A maioria dos pacientes, que deram entrada, encontrava-se com alto teor de álcool, o que dificultou qualquer tentativa de intervenção.
“Dos pacientes que deram entrada por trauma, 20 são por causa de acidente de viação, o correspondente a um aumento de um caso, comparativamente ao ano passado. Por agressão física foram registados 32 casos, contra 21 do ano passado”, explicou.
No mesmo período, o HCM recebeu 17 pacientes vítimas de queda, um de queimadura por líquido quente e um caso de violação sexual de uma jovem de 25 anos de idade, agredida na via pública.
Nas últimas 24 horas, mais de 30 pessoas testaram positivo para a COVID-19, e entre esses indivíduos, alguns são profissionais de saúde.
“Nós testamos 68 pacientes, dos quais 32 testaram positivo e internamos sete. Houve um registo de dois óbitos e um cumulativo de 30 internamentos”, disse.
O Hospital Central de Maputo diz que a transição de 2021 para 2022 foi calma, apesar do registo crescente do número de acidentes de viação.