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Mais de 2,6 Milhões de pessoas escapam da fome no país

Foto: O País

Mais de 2,6 milhões de pessoas saíram do alto risco de fome no país, nos últimos três meses, devido ao aumento da produção na campanha agrícola 2021-2022, segundo o Programa Mundial de Alimentação.

Moçambique deixou de fazer parte dos países com alto risco de insegurança alimentar e tornou-se estável, dado o aumento da produção e produtividade na campanha agrícola 2021-2022.

De acordo com o Programa Mundial de Alimentação (PMA), 2,6 milhões de pessoas já não estão sob ameaça de fome desde Maio deste ano.

O número global de pessoas em insegurança alimentar baixou de 9,8 milhões para 7,2 milhões entre Maio e Agosto corrente, observando uma redução de 27 por cento.

Entretanto, nalgumas províncias, o risco de fome ainda é elevado.

Em Gaza, 39% por cento da população ainda corre risco de fome, seguido da Zambézia, com 30%. Em terceiro lugar, está Cabo Delgado, com 27% de habitantes ameaçados pela insegurança alimentar. Com 26%, segue Maputo, Sofala com 24%, Tete com 22%, Nampula e Inhambane com 21%. Por fim, em Niassa, há 18% da população sob alto risco de fome e 16% em Manica.

Apesar de Moçambique ter registado, na última década, uma redução nos níveis de insegurança alimentar de 43% para 38%, o PMA refere que os desafios persistem, pois há muitas mulheres grávidas e crianças que passam fome.

O terrorismo e os desastres naturais são apontados pelo Programa Mundial da Alimentação como causas da prevalência da ameaça de fome em Moçambique.

Refira-se que, em Cabo Delgado, várias organizações humanitárias disseram, recentemente, estar a ressentir-se da falta de fundos para continuar a garantir a assistência alimentar a milhares de deslocados, na mesma altura em que se assiste a uma nova vaga de deslocados devido a recentes ataques de grupos rebeldes.

Com a melhoria da situação em Moçambique, actualmente, 12 países ainda são afectados pela insegurança alimentar, sendo Afeganistão, Somália, Níger, Sudão do Sul, Mali, Guiné, Mauritânia, Burkina Faso, Iémen, Serra Leoa, Haiti e Síria.

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