Automobilistas do troço da mafurreira, município da Matola, pedem construção de valas de drenagem para que se resolva em definitivo o problema de inundações. Entretanto, a Administração Nacional de Estradas diz que ainda não tem dinheiro para executar as obras.
Quando se pensava que o problema das inundações no troço da mafurreira havia sido resolvido eis que a chuva que cai desde terça-feira na província e cidade de Maputo, vem provar que não. Desta forma, pode se dizer que a engenharia dos homens da Administração Nacional de Estradas foi posta à prova por um professor que dificilmente se cabula no seu exame: a natureza.
Porque a engenharia da Administração Nacional de Estradas foi reprovada quem sofre são os automobilistas e não era necessário ser muito exercício para perceber isso. No local, o que se via eram carros que mergulhavam, literalmente, nas águas estagnadas, o que deixou os automobilistas aborrecidos. E não é para menos. Afinal de contas são prejuízos atrás de prejuízos nas suas viaturas.
“A situação da estrada é péssima! Não estamos a ver o que é que fizeram aqui. Levaram muito tempo e nós questionávamos porquê não acabavam e eles não respondiam quase nada mas é uma vergonha que está aqui”, disse Boavida Calangue um dos automobilistas num tom de indignação. E já começa a apontar danos para a sua viatura: “Estamos a estragar carros. Isto danifica cardans e não sabemos se os nossos empreiteiros estão a ver ou não esta situação”, acrescentou.
Apesar de ter sofrido uma intervenção a menos de dois meses há quem diga que é mesma coisa, ou seja, nada mudou. “Não se fez nada. Choveu um pouco e já não dá para passar e estamos a estragar as nossas viaturas. Ficamos muito tempo na esperança de que a estrada iria melhorar, mas nada. Pelo contrário, só piorou”, sublinhou Manuel, um dos utentes daquela via.
Mas a quem diga que os homens da engenharia só gastaram dinheiro por uma coisa que nem precisa de muita técnica. Ou seja, bastava construir valas de drenagem e o problema estaria definitivamente resolvido.
A Administração Nacional de Estradas diz que o projecto da construção de valas de drenagem já estava concebido, entretanto, neste momento, não dispõe de dinheiro para a sua execução. “O cálculo inicial que havia sido feito para levar as águas desde o local, antes de se pensar numa bacia, até a antiga Coca-cola e isso tinha o seu orçamento avaliado em cerca de 20 milhões de meticais e ainda não temos esse dinheiro”, reconheceu Romeu Dimande, Chefe da Equipa de Fiscalização da Administração Nacional de Estradas.
Depois de abrandar a chuva, a Administração Nacional de Estradas revelou que vai usar o sistema de bombas para retirar a água estagnada naquele troço.