Donald Trump, Presidente dos EUA, voltou a ser o centro das atenções ao reconhecer, ontem, Jerusalém como capital de Israel, afirmando que "há muito que já deveria ter sido tomada" a decisão.
O anúncio do Presidente norte-americano, que foi recebido por uma onda de contestação diplomática na Europa e no Médio Oriente, representa uma roptura com décadas de neutralidade da diplomacia norte-americana na questão israelo-palestiniana, conforme informa Notícias ao Minuto.
Reagindo aos pronunciamentos de Trump, o Presidente francês, Emmanuel Macron, condenou, hoje, a "decisão unilateral" de Estados Unidos reconhecer Jerusalém como capital de israelita. "A questão de Jerusalém é uma questão de segurança internacional. A solução só pode ser encontrada através de negociações entre israelitas e palestinianos sob a égide da ONU", disse Macron aos jornalistas durante uma visita ao Qatar, avança a Lusa.
Classificando a opção norte-americana de reconhecer Jerusalém capital de Israel como uma "decisão unilateral", Macron disse: "Não partilho desta decisão e desaprovo-a". E ainda afirmou que a França continua a defender "uma solução de dois Estados, israelita e palestiniano, com Jerusalém como capital de ambos".
O presidente francês chegou hoje a Qatar para uma visita de um dia, numa altura em que aquele país do Golfo enfrenta o isolamento e o boicote de alguns dos seus vizinhos árabes.
De acordo com a Lusa, citada por Notícias ao Minuto, Donald Trump também anunciou que vai dar ordens ao Departamento de Estado para mudar a embaixada dos EUA de Telavive para Jerusalém.