O maior opositor do presidente Venezuelano, Edmundo González Urrutia, teve asilo político na Espanha, depois de reivindicar vitória nas últimas eleições e ter um mandato de captura contra si. A União Europeia diz ser um momento triste para a democracia, enquanto os EUA dizem que o acto se deve a medidas antidemocráticas de Maduro.
Dias depois de Edmundo González Urrutia ter refugiado-se, voluntariamente, na embaixada espanhola na Venezuela, o maior opositor de Nicolás Maduro saiu do país para a Espanha, onde recebeu asilo político.
A saída do candidato da oposição que reivindicou a vitória das eleições presidenciais de 07 de Julho acontece numa altura em que o Ministério Público da Venezuela emitiu um mandato de captura contra si, alegando crimes de terrorismo e usurpação de funções.
Em justificação de sua saída do país, Urrutia revelou tratar-se de uma acto antecedido por pressões e ameaças políticas.
O caso está a levantar reações de outros países. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou o acto e disse ser um momento de tristeza para a democracia venezuelana, defendendo que em Estados democráticos nenhum representante político deve se sentir forçado a pedir asilo em outro país.
Quem também condenou a saída de González Urrutia foi o governo dos Estados Unidos da América, através do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, que disse que a saída de Urrutia é uma consequência das medidas anti-democráticas do chefe de Estado venezualno, Nicolás Maduro.
O candidato presidencial que disputou as eleições com Nicolás Maduro saiu da Venezuela através de um voo num avião da força aérea espanhola.