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Líder da Junta Militar do Burkina Faso apresenta demissão após golpe de Estado

Foto: Notícias ao Minuto

O líder da Junta Militar de Burkina Faso, Paul-Henri Sandaogo Damiba, apresentou finalmente a sua demissão, depois de ter recusado a renúncia na sequência do golpe de Estado da passada sexta-feira, escreve o Notícias ao Minuto.

A saída de Damiba fora exigida na capital, Ouagadougou, por centenas de manifestantes que se pronunciaram a favor da chegada do poder do capitão Ibrahim Traoré, que se autoproclamou novo líder da Junta Militar.

De acordo com um comunicado de imprensa assinado por várias figuras do Burkina Faso, após a mediação entre os dois rivais, conseguida por líderes religiosos e comunitários, “o próprio Presidente Paul-Henri Sandaogo Damiba propôs a sua renúncia, para evitar confrontos com graves consequências humanas e materiais”.

O golpe de Estado de sexta-feira é o segundo este ano e eleva os temores de que o caos político distraia as atenções de uma insurgência radical islâmica que já matou milhares e forçou dois milhões de pessoas a fugir.

Além de prometer não prejudicar ou julgar Damiba, Traore e a nova junta comprometeram-se a respeitar os compromissos já feitos pela junta anterior à comunidade dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

Damiba, que chegou ao poder através de um golpe militar em Janeiro, tinha acordado com a organização regional realizar eleições até 2024.

No sábado, Damiba pediu aos autores do golpe de Estado para “evitar uma guerra fratricida, de que o Burkina Faso não precisa”, alegando os problemas associados a atos de violência ‘jihadista’ que assola o país desde 2015.

PAUL-HENRI DAMIBA ABANDONA BURKINA FASO COM DESTINO AO TOGO

O líder da junta militar do Burkina Faso, afastado sexta-feira num novo golpe de Estado, abandonou este domingo o país com destino ao Togo, enquanto a nova junta pediu calma aos cidadãos.

A partida de Paul Henri Sandaogo Damiba foi confirmada por dois diplomatas citadas pelo observador que falaram sob condição de anonimato devido à sensibilidade do assunto.

Segundo o eletrónico português (Observador), ainda  não se sabe se o Togo é o destino final de Damiba.

 

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