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Kabila mantém suspense sobre os planos eleitorais

O presidente da República Democrática do Congo, Joseph Kabila, disse em um discurso sobre o estado da nação, nesta quinta-feira, que uma eleição presidencial em Dezembro seguirá em frente como planejado, mas se recusou a dizer se desafiaria os limites do mandato para se candidatar à reeleição, segundo a agência de notícias Reuters.

Kabila busca um terceiro mandato nas próximas eleições, mas é barrado pela constituição. O presidente está no comando do maior país da África Subsaariana desde 2001.

Dezenas de pessoas foram mortas em protestos desde o final de 2016, quando Kabila pretendia se manter no poder para o segundo mandato, uma cláusula constitucional lhe permitiu permanecer no cargo até que um sucessor fosse eleito.

Novas eleições deveriam ter sido realizadas em dezembro de 2016, mas foram adiadas para 2017 e agora estão agendadas para 23 de Dezembro de 2018.

Segundo a TRTWORLD, o prazo para as candidaturas é de pouco menos de três semanas. Mas em um discurso antes de uma sessão do parlamento, Kabila se recusou a dizer se se candidatava.

A pressão internacional sobre o presidente, a renunciar o poder é maior. Os Estados Unidos e a União Europeia sancionaram vários aliados próximos de Kabila por supostamente supervisionar as repressões e obstruir o processo eleitoral.

Em uma aparente tentativa de empurrar Kabila para a saída, o parlamento do Congo aprovou uma lei nesta quarta-feira estendendo os privilégios financeiros aos ex-presidentes, incluindo pensão, moradia, segurança, saúde e passaportes diplomáticos.

Os ex-presidentes já desfrutam de considerável imunidade legal sob a constituição, que os designa como senadores vitalícios.

 

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