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Justiça birmanesa mantém jornalistas da Reuters presos

A justiça da Birmânia recusou, nesta quarta-feira, suspender o julgamento de dois jornalistas da agência noticiosa Reuters que investigaram o massacre de Inn Dinn, onde dez Rohingya foram mortos pelos militares e aldeões budistas.

De acordo com o “Noticias ao Minuto”, os jornalistas da Reuters Wa Lone, de 31, e Kyaw Soe Oo, de 27 anos, possuíam documentos classificados e podem ser condenados a 14 anos de prisão.

Os jornalistas estão detidos há quatro meses por "violação de segredos de Estado"  durante a investigação do massacre de muçulmanos rohingyas.

Na investigação que efectuaram, os dois jornalistas citam aldeões budistas que terão participado com soldados no massacre de dez Rohingya cativos na aldeia, em 02 de setembro de 2017.

O trabalho dos jornalistas da Reuters foi baseado em testemunhos de aldeões budistas, membros das forças de segurança e familiares das vítimas.

O exército reconheceu, no início do mês, que os militares cometeram execuções extrajudiciais neste caso, sem admitir que se integrava num plano mais amplo de limpeza étnica, como tem sido referido pela ONU.

Cerca de 700.000 muçulmanos Rohingya refugiaram-se no vizinho Bangladesh desde agosto de 2017 e acusaram os militares e as milícias budistas de diversos crimes, incluindo violações, tortura e mortes.

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