Após mais de 30 minutos em que o Ministério Público e a defesa de Manuel Chang estiveram a esgrimir argumentos, a juíza Sagra Subrayen acaba de pedir uma pausa na audição para analisar a documentação.
É que após pedir 24 horas para preparação, a procuradora Elivera Dreyer veio defender que a detenção do deputado moçambicano é legal e que toda documentação tem validade. Ontem, a defesa defendia que Manuel Chang não deve ser extraditado, pois o primeiro documento enviado pela justiça norte-americana às autoridades sul-africanas pedia apenas a sua detenção. Porém, o Ministério Público revelou que o mesmo documento citado pela defesa dizia que o pedido de extradição seria enviado depois, facto que veio a acontecer.
A procuradora Elivera Dreyer diz ainda que o pedido de extradição de Manuel Chang enviado a posterior pelos EUA cumpre com todos os requisitos exigidos pela justiça sul-africana.
A defesa continua a insistir que a detenção é ilegal. Dentro de pouco tempo a juíza Sagra Subrayen deverá regressar à sala de sessões para dar continuidade à audição.
Caso o tribunal decida que o deputado da Assembleia da República deve ser extraditado, Manuel Chang deverá permanecer em território sul-africano até que seja cumpridos todas as formalidades para o efeito. Este é um processo que tem um prazo de 60 dias contados desde 31 de Dezembro, data em que esteve pela primeira vez em tribunal.
Recorde-se que a justiça norte-americana marcou para 22 de Janeiro a primeira audição do caso das dívidas ocultas que envolve o ex-ministro moçambicano, no Tribunal Brooklyn, em Nova Iorque.