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Jovens moçambicanos participam de curso de cineastas na Zâmbia

Dois jovens moçambicanos estão em Lusaka, capital e maior cidade da Zâmbia, há quase uma semana para receber uma formação de 12 meses em matérias de cinema. Uma das candidatas, proveniente de Moçambique, chama-se Ludmila Mero e tem 26 anos de idade. Outro é Gérson José Amaral, de 24 anos de idade. Eles fazem parte de um grupo de 20 aspirantes a cineastas provenientes de sete países africanos, nomeadamente, Moçambique, África do Sul, Botswana, Malawi, Angola, Namíbia e Zâmbia, que recebe a primeira turma de formandos.

Com a formação, Ludmila Mero, formada em Linguística Aplicada pela Universidade Eduardo Mondlane (UEM), espera se transformar numa cineasta reconhecida a nível mundial. Ela pretende, através da formação, contar histórias de Moçambique até aqui desconhecidas, com todo rigor profissional e qualidade exigida, dando assim o seu contributo para o crescimento da economia moçambicana, através da indústria cinematográfica.

Ludmila já trabalhou em Moçambique como jornalista multimídia estagiária e como produtora. Nesse percurso aprendeu a filmar e a editar vídeos. Já Gérson José Amaral possuí uma formação técnica em matérias de produção. Espera com a nova oportunidade, aprender bastante com os outros, assim como trocar ideias com seus colegas e docentes. "Penso que Moçambique está a precisar de desenvolver esse sector, porque na indústria africana de cinema, poucas vezes vemos moçambicanos. Existem alguns, mas são poucos, daí que precisamos de nos envolver mais, como a Nigéria, a Namíbia e outros países", considera Gérson José Amaral. Um dos maiores objectivos do jovem candidato a cineasta, Gérson, é ainda adquirir conhecimento dos docentes que poderão vir de vários países.

Para chegar a esta fase, Gérson e Ludmila tiveram que passar por um concurso em Moçambique, onde foram selecionados e lá receberam a base para avançar com a formação.

O curso de um ano é promovido pela MultiChoice África. Denominado na língua inglesa MultiChoice Talent Factory, ou seja, Fábrica de Talentos da MultiChoice, na língua portuguesa, o programa foi lançado ontem em Lusaca, num evento que contou com ministros ligados, de certa forma, à área cinematográfica de alguns dos sete países participantes da formação, tendo o ministro da Cultura moçambicano, Silva Dunduro, sido representado por Djalma Lourenço, diretor do Instituto Nacional de Cinema e Audiovisual.

O director geral da MultiChoice África – Região Sul, Nyco Shiburi, explica que a iniciativa MultiChoice Talent Factory visa promover a produção cinematográfica de conteúdos locais africanos, assim como o conto de histórias africanos por cineastas do continente. Por isso que a companhia propõe-se a treinar pessoas de modo a desenvolver as suas habilidades para que se tornem escritores e produtores de filmes que possam ser publicados a nível mundial.

A cerimónia de Lançamento da Fábrica de Talentos da MultiChoice contou também com momentos musicais e de acrobacias, onde dois jovens novos talentos moçambicanos, convidados pela representação da MultiChoice em Moçambique, participaram, tendo apresentando uma música gospel.

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