O reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão, defende que o Governo deve criar um orçamento direccionado à educação de primeira infância. Ferrão entende que só assim se vai garantir a inclusão de todas as crianças no ensino pré-escolar.
Para chegar a esta conclusão, o antigo Ministro da Educação baseou-se nos dados do sector da Educação que apontam que no país há cerca de 1500 instituições de ensino pré-escolar, estando nelas inscritas mais de 100 mil crianças.
Por isso mesmo, e para o reitor da Universidade Pedagógica de Maputo, Jorge Ferrão, o número de creches está abaixo do necessário.
O académico defende que deve haver mais investimento no subsistema de ensino pré-escolar, para que nenhuma criança seja excluída. “Esses números são insignificantes em termos de cobertura nacional, o que nos deixa com o dilema de termos de continuar a garantir a cobertura da rede pré-escolar, pelo menos para 10 por cento até 2024. Não existe um orçamento dedicado exclusivamente à educação na primeira infância, continuamos a viver de pequenos projectos que são implementados por parceiros”, disse Jorge Ferrão que acrescentou que é pertinente que todos comunguem da importância fundamental do desenvolvimento da primeira infância na construção de um futuro mais promissor e mais igualitário para a sociedade moçambicana.
A sociedade civil defendeu, na ocasião, que a educação de primeira infância deve ser inclusiva. Farida Gulamo, da Associação dos Deficientes Moçambicanos, falou das crianças com deficiência auditiva, tendo destacado que “.
Os pronunciamentos foram feitos esta quarta-feira, durante a terceira Conferência do Desenvolvimento da Primeira Infância.
O evento de dois dias decorre sob o lema “Incluir e proteger a criança hoje e sempre”.