O Presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden considera Vladimir Putin um “assassino” e ameaça “fazê-lo pagar” pela interferência russa nas eleições norte-americanas de 2020.
Um relatório dos serviços secretos dos Estados Unidos divulgado pelo gabinete da directora Nacional de Inteligência, Avril Haines, concluiu que o Presidente russo provavelmente esteve por trás das tentativas de influenciar a votação a favor de Donald Trump, escreve a Euronews.
O relatório divulgado na terça-feira diz que Putin autorizou operações de influência para minar a confiança nas eleições e acentuar as divisões sociais no país. O objectivo seria prejudicar a reputação de Biden e impulsionar Donald Trump.
O documento também indica que a Rússia tentou boicotar a candidatura de Biden porque considerava que a sua posição era contrária aos interesses do Kremlin. No entanto, o relatório também sublinha que nenhum governo estrangeiro comprometeu os resultados finais.
A Rússia retaliou. Nas redes sociais, o presidente da Câmara Baixa do Parlamento russo, Viatcheslav Volodin, disse que os comentários de Biden são um “ataque” à Rússia e que o Presidente dos Estados Unidos insultou os cidadãos russos com as suas declarações.
Para o porta-voz de Vladimir Putin, Dmitry Peskov citado pelo Expresso, as acusações de Biden são infundadas.
“Não concordamos com as conclusões deste relatório em relação ao nosso país. A Rússia não interferiu nas eleições anteriores (em 2016) nem nas eleições de 2020, mencionadas neste relatório”.
Em entrevista à ABC News, em reação a estas conclusões, o Presidente norte-americano, Joe Biden disse que “ele vai pagar um preço, verá em breve”, mas sem entrar em detalhes.
Joe Biden admitiu que há dossiers em que os dois países poderão cooperar. “Há áreas em que é do nosso interesse mútuo trabalharmos em conjunto”, nomeadamente na renovação do acordo nuclear START.
“Eu conheço-o relativamente bem. (…) De acordo com a minha experiência, o mais importante ao lidar com líderes estrangeiros é conhecer o outro sujeito”, disse Joe Biden nesta entrevista.
Questionado pelo jornalista da ABC, citado pelo Expresso, sobre se considera o homólogo russo “um assassino”, Biden respondeu: “Sim”.