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Joaquim Chissano satisfeito com processo eleitoral em Angola

Foto: O País

O antigo Presidente moçambicano, Joaquim Chissano, que está como observador nas eleições gerais de Angola, realizadas na quarta-feira, mostrou-se satisfeito com o processo eleitoral a que assistiu.

“Estou satisfeito com o que vi e, até aqui, não ouvi nenhum barulho. Pelo que vejo na televisão, tenho a impressão de que tudo continua calmo”, afirmou Joaquim Chissano, que minimizou as críticas da oposição, liderada pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), ao processo eleitoral.

“As discussões que há são normais, cada um defende o seu ponto de vista”, mas “toda a gente aceitou participar” nas eleições “e os resultados parciais estão a sair agora”.

Na quarta-feira, na qualidade de observador convidado pelo Presidente da República, que concorre a um segundo mandato pelo Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Chissano assistiu a um “processo muito pacífico”.

“Pude assistir à contagem numa assembleia com oito mesas e em todas as mesas os delegados e os funcionários da CNE estavam a fazer o seu trabalho com perícia”, afirmou.

“Quando havia dúvidas na marcação dos boletins de voto, às vezes poderia haver uma opinião contrária, mas isso é normal”, minimizou o antigo Chefe de Estado moçambicano que já havia estado este mês em Nairobi, nas eleições quenianas, também como observador.

No Quénia, as autoridades “tinham abolido a afixação das actas nas janelas”, com os resultados de cada assembleia de voto e “isso deu um pouco de barulho” e foi criticado por observadores.

Em Angola, as actas-síntese, assinadas por delegados de todas os partidos de cada assembleia, foram publicadas e os dados estão a ser contados pela CNE.

“Estou satisfeito”, disse Chissano, admitindo que, no Quénia, o registo biométrico permitiu validar melhor o voto de cada eleitor, minimizando a fraude.

Em Angola, não há registo biométrico e houve casos de eleitores a votar com documentos caducados, mas Joaquim Chissano minimizou essa diferença.

“Os países não podem ser obrigados a conhecer todas as tecnologias. O que é preciso é cumprir o método combinado com a oposição e isto está a ser feito aqui”, resumiu.

 

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