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João Chissano assume comando técnico do Ferroviário de Maputo

João Chissano é o novo treinador do Ferroviário de Maputo, em substituição do técnico belga Jean Losciuto, afastado por maus resultados. Chissano tem como desafio, para esta época, vencer a Taça de Moçambique.

A era Jean Losciuto terminou. Segue-se a de João Chissano, que assume o comando técnico do Ferroviário de Maputo numa altura em que a equipa principal de futebol vive momentos tumultuosos, em face dos maus resultados que tem registado no Moçambola.

É, aliás, pensando em reverter o actual quadro que a direcção liderada por Teodomiro Ângelo foi ao mercado buscar João Chissano, treinador com uma larga experiência e conhecedor do futebol moçambicano.

Falando no acto de apresentação do novo técnico, Teodomiro Ângelo referiu que o afastamento do belga Jean Losciuto foi amigável, na medida em que as duas partes entenderam que já não havia condições para manter vivo o vínculo contratual.

Esclareceu ainda que o ambiente que se vivia no clube era turvo, tendo em conta que a massa associativa e os sócios não estavam satisfeitos com a prestação da equipa na maior prova futebolística nacional.

“Nenhuma parte saiu prejudicada nessa rescisão, pois sentamos e conversamos. Jean Losciuto é um grande treinador, mas não estava a conseguir cumprir os objectivos traçados para esta época”, disse Teodomiro Ângelo, tendo depois acrescentado que o afastamento visa proteger a imagem do treinador, que, para ele, fez muito pelo clube durante o período em que esteve no comando técnico.

TAÇA DE MOÇAMBIQUE NA MIRA

O novo treinador do Ferroviário de Maputo, que, para a direcção deste emblema, é uma pessoa que muito bem conhece o futebol moçambicano, tem como missão devolver a alegria ao clube.

Para já, o objectivo imediato é colocar o Ferroviário numa posição aceitável na tabela classificativa do Moçambola, onde, neste momento, ocupa o quinto posto, com 24 pontos. A direcção “locomotiva” já se resignou em relação à conquista do Moçambola, na medida em que faltam apenas cinco jornadas para o término da prova.

Uma vez reconhecer que, matematicamente, já não é possível, Teodomiro Ângelo desafiou o novo treinador a conquistar a Taça de Moçambique, competição na qual os “locomotivas” da capital ainda têm possibilidade.

“Muita atenção para a Taça de Moçambique. Temos de vencer esta prova para, pelo menos, terminarmos a época de forma honrosa”, desafiou Teodomiro Ângelo, para quem a segunda maior prova do calendário futebolístico nacional pode servir de consolo na presente temporada.

Ângelo entende ainda que o Ferroviário de Maputo tem uma boa equipa, faltando apenas trabalhar os aspectos anímicos dos jogadores. Fazendo uma radiografia da equipa, considera que tem de melhorar o capítulo da finalização, deixando escapar que o facto de marcar golos terá precipitado, também, a queda o técnico belga.

Na sua primeira intervenção, como treinador do Ferroviário de Maputo, João Chissano agradeceu à direcção “locomotiva” pela oportunidade de voltar a fazer o que mais gosta, sobretudo num clube grande.

“Quem treina um clube grande tem a obrigação de sonhar alto. O Ferroviário de Maputo é um clube ganhador, pelo que é com esse espírito que iremos trabalhar”, disse João Chissano. O técnico assume o comando da equipa principal de futebol com a noção de que muita coisa deve mudar.

“Teremos de, naturalmente, reestruturar a equipa. Há muita coisa que deverá mudar, tanto dentro do campo como fora. Ora, há muitos aspectos positivos da anterior equipa técnica a que poderemos dar continuidade, pois o facto de ela já não fazer parte do clube não significa que tenha feito um mau trabalho”, explicou Chissano.

Com um contrato válido para uma época, João Chissano será auxiliado nas suas funções por Carlos Baúte e Manuel Valoi, que estavam já a trabalhar com Jean Loscuito.

João Chissano assume o comando técnico do Ferroviário de Maputo depois de um período sabático. O técnico, que já foi campeão nacional pelo Costa do Sol, em 2007, ano em que também ganhou a Taça de Moçambique, começou a sua carreira no Têxtil de Púnguè, tendo, a nível de clubes, tido passagem pelo Ferroviário da Beira.

O ponto mais alto de João Chissano foi a sua passagem pela selecção nacional, na qual permaneceu por quatro anos, dois como adjunto e outros dois como treinador principal. Em 2014, cometeu a proeza de qualificar, pela primeira vez, a selecção nacional para o CHAN, cuja fase final teve lugar na África do Sul.

Além de João Chissano, a direcção do Ferroviário de Maputo apresentou Horácio Martins como novo treinador da equipa sénior masculina de basquetebol do Ferroviário de Maputo, em substituição da dupla Carlos Aik e Rui Rafael que deixou o clube por motivos profissionais.

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