O Governo do Japão doou cerca de oito milhões de dólares para reforçar o sistema da formação profissional de recursos humanos, bem como reabilitar e apetrechar três centros de formação profissional em Moçambique.
Em relação a este último, trata-se dos centros da Machava, província de Maputo, de Quelimane, província central da Zambézia, e de Nacala, província de Nampula, norte do país, cuja implementação inicia neste ano e deverá alongar-se até 2020.
Concretamente, a doação destina-se a montagem de equipamentos de tecnologia de ponta nos três centros, que visam, sobretudo, acompanhar a instalação de empresas nacionais e estrangeiras nas zonas económicas especiais e nas zonas francas industriais, recentemente criadas no país.
Para a efectivaçao deste objectico, o ministro dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, José Pacheco, o Embaixador do Japão em Moçambique, Toshio Ikeda, e o representante da Agência Japonesa para Cooperação Internacional (JICA) em Moçambique, Hiroaki Endo, assinaram nesta segunda-feira, em Maputo, o acordo de doação.
Na esteira deste evento, Pacheco disse que o desenvolvimento dos recursos humanos concorre para a propagação da consciência de criação de empreendedores que potenciam as medidas de redução dos índices de desemprego e da pobreza no país.
Continuando, Pacheco acrescentou que o acordo constitui uma prioridade do Governo, porque deverá remover barreiras, bem como habilitar a mão-de-obra moçambicana, para que seja competitiva e que produza técnicos gestores de negócios.
“Este donativo representa uma valiosa contribuição aos esforços do Governo de Moçambique na prossecução dos objectivos de desenvolvimento económico e social”, vincou, sublinhando que a oferta é parte de um conjunto de projectos de cooperação que o país tem vindo a efectuar com o Japão.
Sobre os projectos, o ministro apontou como exemplo a construção da primeira, no país e na região austral de África, central térmica de ciclo combinado a gás, no bairro Luís Cabral, cidade de Maputo, que deverá, a partir deste ano, produzir 106 megawatts de energia eléctrica a partir do gás natural extraído em Pande e Temane, província meridional de Inhambane.
A infra-estrutura tem um custo estimado em 180 milhões de dólares, dos quais 167 milhões foram desembolsados pelo governo do Japão, através da JICA, e os restantes 13 milhões de dólares pelo governo moçambicano.
Intervindo na ocasião, o diplomata nipónico disse que a assinatura do acordo materializa a declaração conjunta do Presidente da República, Filipe Nyusi,e do Primeiro-Ministro Sinzo Abe, emitida durante a visita que Nyusi efectuou ao Japão, em Março de 2017.
Toshio Ikeda disse também que que o Japão decidiu conceder a doação para apetrechar os recursos humanos do país em várias habilidades e especialidades.
“O governo do Japão entende, pois, a importância da formação de capital humano, principalmente da formação da mão-de-obra qualificada neste país”, disse.