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Jaime Neto chora no velório de Machado  

O secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, discursou durante 10 minutos no elogio fúnebre do edil de Ribáuè, Aurélio Machado, e, desse tempo, interrompeu e chorou durante um minuto e trinta e nove segundos. De resto, o malogrado arrancava elogios da população pelo trabalho.

A urna nos ombros dos homens da guarda de honra, ao som da banda militar, envolvida com a bandeira nacional entra no campo municipal da vila de Ribáuè. A população que enche as bancadas levanta-se; mesmo gesto observam os convidados e familiares que se encontram na parte central do campo, onde a urna é depositada, com a fotografia à vista de todos – começava, assim, o velório de Aurélio Machado, que morreu vítima de acidente de viação na tarde do último domingo, no Hospital Central de Nampula.

O momento religioso esteve a cargo da Igreja Católica que confortou a família do malogrado, com mensagens de esperança numa vida melhor no reino dos céus, como apregoa a doutrina religiosa cristã.

De uma das filhas, Tunelga Machado, ouviu-se um elogio fúnebre que espelha o vazio pela perda irreparável. “Você partiu tão cedo que não tivemos tempo de dizer adeus, deixando os seus filhos de corações partidos. Mas nós vamos usar esta dor como força para tentar superar esta enorme perda”.

“É um adeus cheio de sentimentos mistos, porque é difícil assim o dizermos. Certamente, a sua marca jamais será apagada e jamais será esquecida, passe o tempo que passar”, disse no seu elogio fúnebre Manuel Rodrigues, governador de Nampula.

Aurélio Machado cumpria o primeiro mandato desde 2018 e era popular pelas obras com grande impacto na vida da população da vila, algo exaltado através de um poema declamado no velório.

“As lágrimas caíram no rosto daquelas crianças que hoje têm uma escola melhorada. As lágrimas caíram no rosto do povo do distrito de Ribáuè”, declamou uma dramaturga local, vestida totalmente de preto.

O momento mais emocionante foi quando o secretário de Estado na província de Nampula, Jaime Neto, se dirigiu ao púlpito para apresentar o seu elogio fúnebre. Durante o seu discurso de 10 minutos, Neto interrompeu por três vezes, desatou aos choros, durante um total de um minuto e trinta e nove segundos, tendo deixado o protocolo embaraçado.

“É continuando a trabalhar com os munícipes, de forma unida e articulada, solucionando os problemas da autarquia e dos seus munícipes, que acreditamos ser a única saída para honrarmos a única dedicação que o presidente Machado deu por esta vila”, sintetizou Jaime Neto.

O Presidente do Município da vila de Ribáuè morreu no Hospital Central de Nampula no domingo, depois de ter sofrido um acidente de viação do tipo atropelamento, na noite do dia 26 de Março findo. Deixa viúva e 8 filhos.

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