O País – A verdade como notícia

Já são impressas cartas de condução provisórias em Maputo e Matola

Foto: O País

Retomou, hoje, a impressão das cartas de condução provisórias nas cidades de Maputo e Matola após duas semanas de suspensão devido a problemas no sistema. Os utentes estão satisfeitos com a retoma do serviço, mas queixam-se do crónico problema de demora no atendimento por parte do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (INATRO).

Voltaram longas filas para impressão das cartas de condução provisórias nos edifícios do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários nas cidades de Maputo e Matola. A porta abre-se. Uma voz chama as pessoas que, há muito tempo, aguardavam pelas suas cartas e, agora, têm-nas em suas mãos.

“Finalmente consegui. Eu tentava renovar a minha carta de condução desde quinta-feira da semana passada”, disse Jossias Cossa, num tom de alívio por a sua situação estar resolvida.

Foram duas semanas sem o serviço de impressão das cartas de condução e a vida dos condutores tornou-se complicada. “Quase que não se pode circular em Moçambique com uma carta caducada. É claro que temos aquele período de um mês. Há sempre uma complicação da Polícia quando se circula com a carta fora do prazo”, referiu Jossias Cossa.

Utentes mexem o celular. Ajeitam-se onde podem. Um exercício de paciência. É que a impressão das cartas de condução provisórias retomou, mas os crónicos problemas de morosidade no atendimento continuam no Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários.

“Fiquei quase uma hora e passaram mais de seis grupos que lavaram suas cartas de condução e eu parado. São pessoas que vieram comigo e foram-se embora. Foram atendidas primeiro e deixaram-me aqui”, queixou-se Luís Armando, secundado por um outro utente que não quis revelar o seu nome, ao afirmar que “sofro mesmo com dinheiro. Todos os que chegaram comigo às 06h30 foram atendidos primeiro. Para conseguir a minha carta, tive que mostrar o crachá do serviço e queixei-me de não estar a ser atendido. Passei por quatro balcões. É quando uma senhora levou o meu BI e viu que o meu documento já tinha saído”.

E as cartas biométricas não estão a ser impressas desde Janeiro deste ano, porque o INATRO ainda não pagou à Brithol Michcoma a dívida de 40 milhões de Meticais referentes à impressão de mais de cem mil cartas entre Julho e Novembro de 2021.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos