Já arrancaram as obras de construção do parque de espera de camiões na Província de Maputo, para resolver o problema de congestionamento na Estrada Nacional Número 4. A via chega a registar 1200 camiões, por dia, provenientes da África do Sul, carregados de vários minérios.
O parque de espera de camiões está a ser erguido numa área de 20 hectares em Pessene, no distrito da Moamba, Província de Maputo. Assim que a infra-estrutura começar a funcionar, espera-se que contribua na redução da circulação de camiões na EN4, o que tem causado problemas de mobilidade e segurança rodoviária nos últimos dias.
Aliás, o Governo determinou, recentemente, que os camiões de carga provenientes da África do Sul não devem circular nas primeiras horas, mas a medida não está a surtir os efeitos desejados, pois os camiões continuam nas estradas e buscam-se soluções para reverter o cenário.
“Como sabem, esta é uma orientação do Governo, através do Ministério dos Transportes e Comunicações, a partir da qual é preciso criar condições para melhorar as questões de segurança rodoviária no corredor de Maputo, mas também encontrar formas de reduzir a pressão dos camiões que têm estado a circular ao longo deste corredor de Maputo. Como tal, o Ministério orientou ao parceiro para construir um parque intermédio para os camiões a partir do qual podemos ter os camiões aqui parados e não nas vias públicas, como tem estado a acontecer nos últimos tempos”, avançou Amilton Alissone, vice-ministro dos Transportes e Comunicações.
O governante visitou, hoje, o empreendimento cujas obras vão custar três milhões de dólares, o correspondente a perto de 190 milhões de Meticais. Os trabalhos iniciaram a 3 de Julho em curso, com a previsão de duração de três meses.
Amilton Alissone interagiu com os trabalhadores, empreiteiro e o dono da obra, que é o concessionário do Porto de Maputo, MPDC.
O governante esclareceu que o parque em construção deverá servir para a gestão do tráfego rodoviário e não para simples estacionamento. E mais, o parque de espera de camiões não anula as funções do Porto Seco, construído em Ressano Garcia.
“O Porto Seco tem a sua vocação e não esqueçamos que temos o fluxo a aumentar a cada dia devido à eficiência que está a ser incrementada pelo Porto Seco, mas também por outras iniciativas que estão a ser tomadas pelo Governo”, explicou Amilton Alissone.
Os camiões com carga, ao chegar ao parque de estacionamento de Pessene, ficam estacionados à espera do sinal emitido pelo Porto de Maputo ou Matola para poderem avançar. E, nisto, o uso do parque de espera de camiões será mediante pagamento de um certo valor que ainda não foi revelado nem a modalidade de pagamento.
O vice-ministro dos Transportes e Comunicações fez saber que a ideia da gestão daquela infra-estrutura vai ser a nível provincial, com o envolvimento das comunidades, do MPDC e do Governo central.