A República Democrática do Congo (RD Congo) foi atingida na quinta-feira, à noite, por inundações que causaram mais de 390 mortos em Kivu do Sul, no leste do país.
De acordo com um relatório oficial provisório divulgado este Domingo pelas autoridades locais, dos 390 corpos, 142 foram encontrados em Bushushu, 132 em Nyamukubi e 120 foram descobertos a flutuar no lago Kivu, ao nível da ilha de Idjwi.
Várias aldeias no território de Kalehe, a oeste do Lago Kivu, que marca a fronteira entre a RD Congo e o Ruanda, ficaram submersas e centenas de casas e vários campos devastados quando os rios transbordaram na última quinta-feira, devido à chuva torrencial.
“Desde quinta-feira, encontramos corpos a cada minuto e enterramo-los”, acrescentou a mesma fonte.
No final do conselho de ministros de sexta-feira foi anunciado o envio de uma “missão governamental para apoiar” as autoridades àquela província “na gestão desta calamidade”.
Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) também anunciaram o envio de uma equipa de emergência para o local, no sábado.
Este desastre ocorreu dois dias depois das fortes chuvas que provocaram pelo menos 131 mortos e destruíram milhares de casas no vizinho Ruanda.
O chefe da ONU, António Guterres, sublinhou no sábado durante uma visita ao Burundi que se trata de “uma nova ilustração de uma aceleração das alterações climáticas e das suas dramáticas consequências para os países que não estão envolvidos no aquecimento global” do planeta.