O País – A verdade como notícia

Pelo menos 80 pessoas morreram em menos de duas semanas e mais de 47 mil foram forçadas a fugir das suas casas, no nordeste da Colômbia, devido à violência que está a ser protagonizada por dois grupos rebeldes.

As autoridades colombianas anunciaram que mais de 47 mil pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na região de Catatumbo, no nordeste da Colômbia, no contexto de fortes confrontos entre dois grupos armados rivais na fronteira com a Venezuela.

À medida que o conflito entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional se intensifica, o número de vítimas mortais também aumenta. São 80 óbitos registados, até ao momento, depois do conflito ter iniciado a 16 de Janeiro. 

Devido a situação, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou na sexta-feira estado de emergência na região de Catatumbo.

O ministério da Defesa colombiano informou que mais de 18 mil pessoas foram acolhidas em abrigos. 

A violência na região começou quando o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional entrou em confronto com uma facção dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Na semana passada, Petro reativou as ordens de detenção contra 31 dos principais comandantes do grupo de esquerda radical ELN, que tinham sido suspensas como parte de um esforço para um acordo de paz e colocar um fim à sua guerra de 60 anos contra o Estado colombiano.

Pelo menos 27 soldados nigerianos morreram, no nordeste do país, em ataques suicidas protagonizados na sexta-feira. A informação foi avançada, este domingo, pela Agência France Press. 

É, para já, considerado um dos mais mortíferos atentados suicidas no país nos últimos anos, segundo fontes militares, que explicam que o ataque foi protagonizado por um bombista suicida que conduziu um veículo carregado de explosivos, em direcção  a um comboio das tropas. 

Entre as vítimas mortais, está o comandante, e há registo de soldados que foram gravemente feridos. 

O número de vítimas pode aumentar, uma vez que alguns dos feridos estão em estado crítico.

O Departamento de Estado dos Estados Unidos da América congelou quase toda a assistência estrangeira em todo o mundo, com efeito imediato, incluindo para Moçambique. A medida não se aplica aos programas humanitários

Uma decisão de grande impacto global e com efeitos que poderão ser sentidos também em Moçambique. Estão em causa biliões de dólares destinados a programas económicos e de segurança em todo o mundo, com excepção dos recursos destinados a Israel e ao Egipto.

Em Moçambique, poderão ser afectados mais de 400 milhões de dólares que anualmente são destinados ao sector da Saúde, dos quais 250 para o programa de combate ao HIV. Isto significa que, com a suspensão da ajuda externa, o país poderá enfrentar grandes dificuldades para a compra de antirretrovirais.

Em Abril de 2022, Moçambique e os EUA assinaram um acordo de Cooperação para o Desenvolvimento de 1.5 mil milhões de dólares para cinco anos, ou seja, até 2027.

A medida do secretário de Estado cumpre esta ordem do Presidente Donald Trump, que determina que: “Todos os chefes de departamentos e agências com responsabilidade pelos programas de assistência ao desenvolvimento estrangeiro dos Estados Unidos devem parar imediatamente novas obrigações e desembolsos de fundos de assistência ao desenvolvimento para países estrangeiros e organizações não-governamentais implementadoras, organizações internacionais e contratantes, aguardando revisões de tais programas para eficiência programática e consistência com a política externa dos Estados Unidos, a serem conduzidas dentro de 90 dias desta ordem”.

A administração Trump avisa, também, que “é política dos Estados Unidos que nenhuma outra assistência estrangeira dos Estados Unidos seja desembolsada de uma maneira que não esteja totalmente alinhada com a política externa do Presidente dos Estados Unidos”.

Os programas afectados incluem iniciativas de combate à fome, apoio a refugiados e esforços para promover a segurança regional. 

O período de revisão deve durar até 85 dias e deixará o destino de centenas de contratos de ajuda externa dos Estados Unidos, estimados em mais de 70 biliões de dólares suspensos por três meses. 

 

Um ataque ao Hospital Saudita em El Fasher, no Sudão, resultou em 19 feridos e 70 mortes, entre pacientes e acompanhantes. No momento do ataque, o hospital estava lotado de pacientes, avança o Notícias ao Minuto, citando uma publicação do Director da OMS,  Tedros Adhanom Ghebreyesus, na rede social X.

Outra unidade de saúde em Al Malha também foi atacada no sábado, acrescentou.

“Continuamos a apelar à cessação de todos os ataques aos serviços de saúde no Sudão e a um acesso total para a rápida recuperação das instalações que foram danificadas. Acima de tudo, o povo do Sudão precisa de paz. O melhor medicamento é a paz”, escreveu.

O ataque com drones a um hospital saudita na cidade de Al-Fasher, capital do estado de Darfur do Norte, no oeste do Sudão, foi atribuído pelo governador de Darfur, Minni Arko Minawi, ao grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), segundo se lê no Notícias ao Minuto.

Minawi disse no sábado que o hospital saudita era o único que ainda prestava serviços aos pacientes na região após a destruição de outros hospitais no conflito que começou em meados de Abril de 2023.

Desde Abril de 2023, o Sudão é palco de uma guerra entre as forças paramilitares, lideradas pelo general Mohamed Hamdan Daglo, e o exército liderado pelo general Abdel Fattah al-Burhan, o líder de facto do país, um dos mais pobres do mundo.

A guerra causou já dezenas de milhares de mortos, com estimativas entre 20.000 e 150.000.

As RSF controlam quase toda a vasta região ocidental de Darfur e têm bloqueado El-Fasher, uma região de dois milhões de habitantes e capital do estado de Darfur do Norte, desde Maio.

Mas as milícias aliadas ao exército conseguiram até agora responder aos ataques.

Ataques a infraestruturas de saúde são comuns em El-Fasher.

Em todo o país, até 80% das unidades de saúde foram colocadas fora de serviço, de acordo com dados oficiais.

Sete pessoas morreram, nas últimas 24 horas, devido ao surto de cólera em Angola. Assim, o país conta com 42 óbitos vítimas da doença que eclodiu a menos de três semanas. 

O surto de cólera em Angola continua a alastrar-se no país, afectando já cinco províncias e causando mais óbitos.  Só nas últimas 24 horas, os casos dispararam, de acordo com o boletim diário.

O Ministério da Saúde notificou mais sete mortes, totalizando quarenta e duas, desde a eclosão do surto a 7 de Janeiro, isto é, a menos de 3 semanas.  Há 169 novos casos  registrados, totalizando 952 casos cumulativos. 

O bairro do Paraíso, no distrito de Luanda é o epicentro do surto e concentra mais de 100 casos dos novos casos confirmados e 30 óbitos.

112 pessoas infectadas encontram-se internadas nas unidades sanitárias. Crianças dos dois aos nove anos de idade são o grupo etário mais afectado. 

Em resposta ao aumento de casos, as autoridades sanitárias continuam com actividades de vigilância epidemiológica e de sensibilização sobre as medidas de combate à doença.

Pelo menos 38 pessoas ficaram feridas, seis das quais com gravidade, numa aterragem de emergência de um avião da United Airlines, em Lagos, a capital comercial da Nigéria, segundo o anúncio da Autoridade Federal de Aeroportos (FAAN) daquele país.

O avião, um Boeing 787-800, descolou do Aeroporto Internacional Murtala Muhammed, em Lagos, às 23h59 locais de quinta-feira, com destino a Washington, informou a FAAN num comunicado divulgado ao final da noite de sexta-feira.

No entanto, o avião foi obrigado a “regressar de emergência” à cidade nigeriana e aterrou “em segurança” às 03h22 locais, de sexta-feira.

A bordo estavam 245 adultos e 11 membros da tripulação, segundo informou o regulador.

“Quatro passageiros e dois membros da tripulação sofreram ferimentos graves, e 27 passageiros e cinco membros da tripulação sofreram ferimentos ligeiros”, disse, acrescentando que ‘o avião em si não sofreu danos significativos’.

A porta-voz da United Airlines, Leslie Scott, disse à CNN que seis dos feridos já tiveram alta hospitalar e que o motivo do regresso do avião não foi uma turbulência grave, estando “a trabalhar com as autoridades de aviação dos EUA e da Nigéria para compreender a causa” do incidente.

A Autoridade Nigeriana da Aviação Civil (NCAA) confirmou que está a investigar o caso, que ocorreu sobre o espaço aéreo da Costa do Marfim.

“Estamos a investigar o incidente. Recebemos o registo dos dados de voo para determinar exatamente o que aconteceu”, disse o diretor de Assuntos Públicos e Proteção do Consumidor da NCAA, Michael Achimugu, em comunicado.

Vídeos captados por passageiros e publicados nas redes sociais mostram o caos gerado a bordo do Boeing 787-800 pelo incidente, com bandejas, comida e outros objetos espalhados pelo corredor do avião.

Vinte e cinco famílias das vítimas e sobreviventes de crimes políticos da era do apartheid entraram com uma acção judicial contra o presidente sul-africano Cyril Ramaphosa e seu governo, alegando falha em investigar adequadamente esses crimes e garantir justiça.

O grupo composto por vítimas e sobreviventes do maior crime político cometido por um regime na história da África do Sul, durante os anos 40 a 90, acusa Ramaphosa e seu governo de estarem a fazer vista grossa perante sequelas e danos causados pelo regime de apartheid.

Para o efeito, o grupo exige, mediante um caso submetido ao Tribunal Superior em Pretória, o pagamento de aproximadamente 167 milhões de rands, para além de exigir que Ramaphosa e o seu executivo, estabeleceram uma comissão de inquérito sobre a interferência política que levou à supressão de vários crimes graves contra os sul africanos.

O grupo tem apoio e suporte da Fundação para os Direitos Humanos, uma Organização não governamental que apoia as famílias naquele país. 

Ramaphosa está fora do país, mas uma fonte do governo assegurou a África News, que uma equipa indicada esta atenta no processo, e que o presidente nunca interferiu em operações de aplicação da lei ou os instruiu a não processar crimes da era do apartheid.

O pânico espalhou-se em Goma, com os rebeldes do M23 a aproximarem-se da principal cidade do leste da República Democrática do Congo (RDC), após tomarem o controlo de uma cidade vizinha.

As explosões de artilharia pesada foram ouvidas na quinta-feira nos arredores distantes de Goma, capital da província de Kivu do Norte, e centenas de civis feridos foram trazidos para o hospital principal na área dos combates.

O grupo rebelde avançou significativamente nas últimas semanas, aproximando-se de Goma, que tem cerca de dois milhões de habitantes e é um centro regional de segurança e prestação de cuidados humanitários.

Os rebeldes tomaram Saque na quinta-feira, uma cidade a apenas 27 quilômetros de Goma e uma das últimas na rota principal para a capital de Kivu do Norte, ainda sob controlo das forças do Governo congolês.

À medida que as notícias dos combates se iam espalhando na quinta-feira de manhã, as escolas de Goma mandaram os alunos para casa.

Muitos residentes de Sake juntaram-se às mais de 178 mil pessoas que fugiram ao avanço do M23 nas últimas duas semanas.

O Hospital CBCA Ndosho, em Goma, está a funcionar no limite das suas capacidades, com centenas de feridos na quinta-feira.

O Gabão realizará uma eleição presidencial no dia 12 de Abril, disse o Conselho de Ministros. Os militares actualmente governam o país da África Ocidental após um golpe em Agosto de 2023.

“Sob este decreto, o colégio eleitoral será convocado no sábado, 12 de Abril de 2025”, disse um comunicado do Governo, emitido na quarta-feira à noite após uma reunião do gabinete ministerial.

O anúncio ocorre após a adopção, no último domingo, pelo parlamento do Gabão de um novo código eleitoral, que define as regras e condições para a organização de eleições no país.

A legislação, que exige aprovação do Tribunal Constitucional, é polêmica, pois autoriza militares a serem candidatos em todas as eleições políticas do país, o que não era possível no passado.

Isso poderia permitir que o general Brice Clotaire Oligui Nguema, que liderou o golpe de 2023 que derrubou o ex-presidente Ali Bongo Ondimba, concorresse ao seu primeiro mandato presidencial.

A constituição do Gabão, adoptada por referendo em Novembro, estabelece o mandato presidencial em 7 anos, renovável uma vez.

+ LIDAS

Siga nos