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Relatados confrontos na cidade de Uvira na RDC

No leste da República Democrática do Congo, as esperanças de paz voltam a enfraquecer. Novos confrontos foram relatados na cidade de Uvira, apesar dos recentes

Relatados confrontos na cidade de Uvira na RDC

No leste da República Democrática do Congo, as esperanças de paz voltam a enfraquecer. Novos confrontos foram relatados na cidade de Uvira, apesar dos recentes

O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, afirmou, esta quarta-feira, que teve uma “conversa produtiva”, com o chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Marco Rubio, sobre a “necessidade de garantir um cessar-fogo” na República Democrática do Congo (RDC).

Através de uma publicação feita na rede social X (antigo Twitter) Paul Kagame avançou que durante uma conversa com Marco Rubio, sublinhou a importância “de abordar de uma vez por todas as causas profundas do conflito” na RDC.

O Presidente do Ruanda afirmou ainda que enfatizou a importância de aprofundar os laços bilaterais com os EUA.

“Estou ansioso para trabalhar com a Administração Trump para criar a prosperidade e a segurança que o povo de nossa região merece”, escreveu o Chefe de Estado do Ruanda. 

Num comunicado, o Departamento de Estado norte-americano disse que Rubio “pediu um cessar-fogo imediato na região e que todas as partes respeitem a integridade territorial soberana” da RDC.

Os Estados Unidos estão “profundamente preocupados com a escalada do conflito em curso no leste da RDC, particularmente com a queda de Goma para o grupo armado M23, apoiado pelo Ruanda”, lê-se no comunicado, citado por Lusa.

Os Estados Unidos apelaram, na terça-feira, aos seus cidadãos a abandonarem a RDC, horas depois de a sua embaixada e várias outras representações estrangeiras em Kinshasa terem sido alvo de manifestantes.

Em Nova Iorque, as Nações Unidas divulgaram que o secretário-geral, António Guterres, falou, na terça-feira, com Paul Kagame, a quem pediu para retirar as suas tropas da RDC e cessar o apoio que presta aos rebeldes do M23. Guterres falou igualmente com o Presidente da RDC, Felix Tshisekedi.

Um incêndio no bairro de Booysens, em Johannesburg, destruiu 1500 habitações improvisadas, deixando centenas de pessoas sem casa. A tragédia deveu-se à explosão de um fogão à parafina.

O incidente ocorreu, esta segunda-feira, depois da explosão de um fogão à parafina, deixando centenas de pessoas sem casas. Muitas das casas, construídas com base em materiais inflamáveis, arderam rapidamente. Alguns dos residentes conseguiram salvar os seus pertences, mas a maioria dos habitantes perdeu todas as posses. 

“Como vês, foi tudo destruído, nossos pertences, nossa comida, é o que se vê. Estamos a tentar o nosso melhor para reconstruir tudo”, disse uma moradora de Booysens, à televisão local SABC News. 

A Organização Gift of the Givers tem assistido as vítimas e prestado apoio. Os bombeiros, auxiliados pelos residentes locais, acabaram por controlar o incêndio, mas os trabalhos de socorro ainda prosseguem no local. 

O presidente do Quénia e presidente da Comunidade da África Oriental, William Ruto, convocou, esta segunda-feira, uma cimeira extraordinária, para abordar a crescente crise de segurança no leste da República Democrática do Congo (RDC). Isso depois que os rebeldes do M23 tomaram o controle de Goma, a capital da província de Kivu do Norte. 

Mais de um milhão de pessoas já se deslocaram, no leste da República Democrática do Congo, das quais 400 mil na cidade de Goma, após a invasão, no domingo passado, pelo grupo dos rebeldes 23, apoiados pelos soldados ruandeses.

O avanço das tropas, que, pela segunda vez, tomaram o controlo da cidade, depois do episódio de 2012, está a provocar agitação, com Kinshasa a acusar o Ruanda de estar a declarar uma guerra. 17 pessoas já perderam a vida na região.

Com objectivo de evitar o alastramento das hostilidades, o Presidente do Quénia, William Ruto, convocou uma reunião de emergência da Comunidade dos Estados da áfrica de Leste, para as próximas 24 horas.

“Como actual presidente da Comunidade da África Oriental, o Quénia está ciente da responsabilidade crítica da região em reduzir a violência e facilitar o diálogo entre as partes envolvidas. Confirmamos e acreditamos firmemente que uma solução sustentável só pode ser alcançada por meio do engajamento, do diálogo construtivo e de um verdadeiro compromisso com a paz”, disse Ruto.

Os Presidentes Félix Tshisekedi, da República Democrática do Congo, e Paul Kagame, do Ruanda, são intimados para o referido encontro. 

O posicionamento do estadista queniano, acontece dias depois da confirmação da falha de um cessar-fogo mediada por Angola. 13 soldados da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a Monusco, já terão perdido a vida nos últimos dias em Goma.

O governo da Guiné-Bissau vai propor ao Presidente Umaro Sissoco Embaló a realização de eleições gerais e legislativas entre 23 de Outubro e 25 de Novembro.

De acordo com a DW, o anúncio foi feito pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Carlos Pinto Pereira, num encontro com o corpo diplomático creditado na Guiné-Bissau.

O encontro, no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Bissau, serviu para transmitir a posição do Governo sobre as eleições presidenciais, numa altura em que está a terminar o mandato do Presidente, e das legislativas convocadas e adiadas depois da dissolução da assembleia em dezembro de 2023.

As legislativas antecipadas estavam marcadas para 24 de Novembro de 2024, mas foram adiadas porque o Governo concluiu não haver condições, depois de ouvidos os partidos e a sociedade civil.

Várias embaixadas, incluindo a do Ruanda, foram atacadas em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, num momento em que a ONU alerta para o risco de mortes por fome em Goma, palco de violentos confrontos.

Segundo escreve a DW, os ataques às embaixadas do Ruanda, França, Bélgica, Estados Unidos, Uganda e Quénia foram realizados por manifestantes, quando os rebeldes avançam no leste do país, segundo fontes diplomáticas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Jean-Noël Barrot, qualificou de “inaceitáveis”. O chefe da diplomacia francesa escreveu na rede social X que tudo está a ser feito para assegurar a segurança do pessoal. 

Por sua vez, a ONU alertou, através do Programa Alimentar Mundial, para a falta de alimentos na cidade de Goma, precisamente onde se verificam, há seis dias, violentos combates em áreas residenciais entre o grupo rebelde M23 e as forças armadas congolesas.

A situação só pode piorar nas próximas horas com o encerramento do aeroporto de Goma e o bloqueio das principais vias de acesso, afirmou a porta-voz da agência, Shelley Thakral, a partir de Kinshasa, escreve a DW.

Estima-se que pelo menos uma em cada quatro pessoas em Goma corre o risco evidente de morrer de fome se a situação não for desbloqueada.

Pelo menos 18 morreram e outras 10 ficaram feridas, após explosão de camião cisterna que  transportava gasolina, na Nigéria. O veículo despistou-se e embateu contra 17 viaturas.

A informação foi confirmada pelo Corpo Federal de Segurança Rodoviária da Nigéria, em comunicado de imprensa, no qual escreve que o camião perdeu o controlo e embateu em 17 veículos, o que terá provocado um incêndio.

Todas as 18 pessoas morreram queimadas. A equipa de resgate não conseguiu identificar as vítimas, pois os corpos foram reduzidos a cinzas.

Acidentes fatais de camião são comuns na maioria das principais estradas da Nigéria. Por exemplo, no início deste mês, um outro acidente semelhante matou 98 pessoas no estado de Níger, depois que indivíduos tentaram transferir gasolina de um camião cisterna acidentado para outro caminhão usando um gerador. Alguns espectadores estavam no local para roubar gasolina. 

O governador do estado de Enugu, onde o acidente ocorreu, Peter Mbah, pediu à Comissão Nigeriana de Segurança Rodoviária para garantir que os camiões que transportam gasolina e produtos inflamáveis sejam equipados com um dispositivo anti-derramamento em caso de acidente ou avaria.

 

O novo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para banir o “extremismo de género” nas forças armadas do país, o que poderá proibir as pessoas transgénero de servir.

O republicano disse, na segunda-feira, no avião de regresso a Washington, depois de um encontro com legisladores republicanos, reunidos na Flórida, que tinha já assinado o decreto.

Na ordem executiva, Trump afirmou que as tropas que se identificam com um género diferente do biológico “entram em conflito com o compromisso de um soldado com um estilo de vida honrado, verdadeiro e disciplinado, mesmo na vida pessoal”.

Disse ainda que isso era prejudicial para a prontidão militar e, por isso, exigia uma política revista para abordar o assunto.

“Para garantir que temos a força de combate mais letal do mundo, vamos livrar as nossas forças armadas da ideologia transgénero”, disse o chefe de Estado, no encontro com os legisladores republicanos.

O número de pessoas transgénero nas forças armadas dos EUA está estimado em cerca de 15 mil, num total de cerca de dois milhões de militares.

Trump tentou impor uma proibição às tropas transgénero durante o seu primeiro mandato, entre 2017 e 2021, mas a decisão foi suspensa por uma batalha judicial.

Os advogados dos soldados transgénero que contestaram a proibição nos tribunais durante o primeiro mandato de Trump já prometeram lutar contra a nova proibição.

O sucessor de Trump, o democrata Joe Biden, anulou a proibição de Trump pouco depois de ter assumido o cargo e autorizou as pessoas transgénero a servir nas forças armadas norte-americanas.

Durante a campanha para as eleições presidenciais de Novembro, Trump prometeu várias vezes acabar com a “ilusão dos transgénero”.

O político republicano considera que os Estados Unidos estão ameaçados pelo que descreve ser uma invasão de ideias progressistas.

Donald Trump tomou posse a 20 de Janeiro como 47.º Presidente dos Estados Unidos, regressando à Casa Branca depois de um primeiro mandato entre 2017 e 2021.

Pouco antes de tomar posse, o republicano disse que iria assinar uma ordem executiva que obriga a administração a reconhecer apenas “dois sexos: masculino e feminino”.

O grupo armado Movimento 23 de Março (M23) reclamou, hoje, o controlo da cidade de Goma, capital da província de Kivu do Norte, no nordeste da República Democrática do Congo (RDC).

Nos últimos dias ocorreram intensos combates entre o M23 e o Exército da RDC que provocaram milhares de deslocados. Em comunicado de imprensa, a Aliança do Rio Congo (AFC-M23, em francês), uma coligação político-militar da RDC, que integra o M23, anunciou um “dia glorioso que marca a libertação da cidade de Goma”.

“Apelamos a todos os habitantes de Goma que se mantenham a calma. A libertação da cidade foi efectuada com sucesso e a situação está sob controlo”, disse o grupo armado.

O M23 assinalou que “todos os militares das FARDC (Forças Armadas da RDC) devem entregar imediatamente as armas e o seu equipamento militar à Monusco (Missão de Manutenção da Paz da ONU no país), para que sejam guardados em segurança”.

Anteriormente, foram ouvidos fortes disparos de artilharia no centro de Goma. Jornalistas da Agência France Presse (AFP), que se encontram no local ouviram várias explosões.

Ao mesmo tempo, o estabelecimento prisional com cerca de três mil reclusos foi incendiado na sequência de uma evasão que causou mortes, disse à AFP uma fonte local, sem adiantar números.

Os presos em fuga foram vistos nas ruas da cidade, observou um jornalista da AFP. Entretanto, foram disponibilizados autocarros para retirar os funcionários da ONU de Goma.

O Ruanda e o M23 acusam o Exército da RDC de cooperação com o grupo rebelde Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), fundado em 2000 por líderes do genocídio de 1994 e outros ruandeses exilados.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, apelou no domingo às Forças de Defesa do Ruanda (Forças Armadas) para que se retirem do leste e deixem de apoiar o M23.

Nas últimas 48 horas, recordou António Guterres, três militares da Monusco, dois da África do Sul e um do Uruguai, foram mortos em combates enquanto onze ficaram feridos.

A atividade armada do M23 recomeçou em Novembro de 2021 com ataques contra o Exército congolês no Kivu Norte, sendo que em março de 2022 o grupo iniciou uma ofensiva armada de grande escala.

Desde essa altura, o M23 avançou em várias frentes até chegar a uma posição perto de Goma, onde vivem dois milhões de pessoas. Desde 1998, o leste da RDC enfrenta um conflito entre milícias armadas apesar da presença da Monusco. 

Pelo menos 80 pessoas morreram em menos de duas semanas e mais de 47 mil foram forçadas a fugir das suas casas, no nordeste da Colômbia, devido à violência que está a ser protagonizada por dois grupos rebeldes.

As autoridades colombianas anunciaram que mais de 47 mil pessoas foram forçadas a fugir das suas casas na região de Catatumbo, no nordeste da Colômbia, no contexto de fortes confrontos entre dois grupos armados rivais na fronteira com a Venezuela.

À medida que o conflito entre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia e o Exército de Libertação Nacional se intensifica, o número de vítimas mortais também aumenta. São 80 óbitos registados, até ao momento, depois do conflito ter iniciado a 16 de Janeiro. 

Devido a situação, o presidente da Colômbia, Gustavo Petro, decretou na sexta-feira estado de emergência na região de Catatumbo.

O ministério da Defesa colombiano informou que mais de 18 mil pessoas foram acolhidas em abrigos. 

A violência na região começou quando o grupo guerrilheiro Exército de Libertação Nacional entrou em confronto com uma facção dissidente das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Na semana passada, Petro reativou as ordens de detenção contra 31 dos principais comandantes do grupo de esquerda radical ELN, que tinham sido suspensas como parte de um esforço para um acordo de paz e colocar um fim à sua guerra de 60 anos contra o Estado colombiano.

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