O País – A verdade como notícia

Papa Francisco foi internado, esta sexta-feira, no hospital Policlínica Agostino Gemelli, em Roma, para ser submetido a exames de diagnóstico e continuar o tratamento a uma bronquite.

“Esta manhã, após as audiências, o Papa Francisco será internado na Policlínica Agostino Gemelli para efetuar os exames de diagnóstico necessários e prosseguir o tratamento hospitalar da bronquite que o afeta”, lê-se num comunicado do Vaticano.

No domingo, durante a audiência geral, o Papa pediu a um assistente que lesse a catequese, dizendo que estava com uma “forte constipação” que lhe dificultava a fala.

Já na quarta-feira, ainda por recuperar da bronquite, foi substituído por outra figura religiosa na leitura da catequese. “Agora, permito-me pedir ao padre para ler. Com a minha bronquite, ainda não posso. Espero poder da próxima vez”, disse, depois de ler algumas linhas da sua catequese.

O sumo pontífice argentino, eleito papa em 2013, tem tido vários problemas de saúde nos últimos anos: dores nos joelhos e nas ancas, inflamação do cólon, cirurgia da hérnia.

Francisco, a quem foi removida parte do pulmão quando era jovem, esteve hospitalizado durante três noites em 2023 com uma bronquite, que tratou com antibióticos.

Os restos mortais de 14 soldados da paz sul-africanos, que tragicamente perderam suas vidas na República Democrática do Congo (RDC), foram repatriados para a África do Sul, na quinta-feira. Os soldados foram homenageados com uma cerimónia na Base da Força Aérea em Pretória.

O presidente Cyril Ramaphosa, discursando na cerimônia, prestou homenagem à bravura e ao sacrifício dos soldados. 

“Eles foram chamados para servir em missões em nosso continente, bem como em missões internacionais e responderam a esse chamado com coragem. Como nação, estamos incrivelmente orgulhosos de nossos bravos soldados caídos. Honramos nosso dever ao trazê-los para casa.”

Os soldados foram mortos no mês passado, durante confrontos violentos entre o exército da RDC e os rebeldes do M23. O evento destacou as condições perigosas que os soldados da paz frequentemente enfrentam enquanto trabalham para estabilizar regiões afectadas por conflitos.

O presidente Ramaphosa enfatizou ainda a importância da missão dos soldados na RDC. 

“E nós, como sul-africanos, consideramo-los heróis da nossa nação. O trabalho deles na RDC não era apenas sobre manter a ordem. Era sobre construir pontes, construir a paz, promover o entendimento e criar caminhos para uma paz duradoura em nossa região e em nosso continente”, disse ele.

Os caixões dos soldados, envoltos em bandeiras sul-africanas, foram carregados com reverência por membros da Força Aérea. Os restos mortais foram então entregues às famílias enlutadas, que estavam presentes para homenagear seus entes queridos.

Cyril Ramaphosa diz que o governo de Unidade Nacional está cada vez mais empenhado em garantir que a África do Sul seja um país onde todos tenham as oportunidades, sem distinções raciais, separações geográficas ou níveis sociais.  Por isso, o Governo promete trabalhar com todos parceiros para desenvolver a economia e criar mais postos de empregos. 

O presidente sul africano proferiu, nesta quinta-feira, um discurso sobre o Estado da Nação, onde entre vários aspectos avaliou alguns progressos assinalados nos últimos tempos naquele país vizinho.  

Cyril Ramaphosa destacou os progressos alcançados pelo Governo da Unidade Nacional onde uma prioridade tem sido criar inclusão e oportunidades para todos.  

“Trabalhamos muito e arduamente para construir uma nação unida em sua diversidade. Estamos firmemente comprometidos com o princípio fundamental de que a África do Sul pertence a todos os que vivem nela. Estamos firmemente comprometidos com uma sociedade que não seja racial nem sexista. Queremos viver juntos, em paz, harmonia e igualdade. Queremos ver o nosso país ter sucesso e crescer. Não devemos permitir que outros nos definam ou nos dividam”, disse o presidente sul africano.

Para o alcance destes objectivos, Ramaphosa diz que o país vai trabalhar com todos os parceiros dispostos a cooperar com a África do sul com vista a mobilizar quaisquer recursos humanos, financeiros e outros que forem necessários.

“Aproveitaremos as consideráveis ​​vantagens competitivas do nosso país para impulsionar o crescimento e a criação de empregos. Além de recursos naturais abundantes, como em nossa indústria de mineração, a África do Sul tem capacidade de fabricação avançada. Temos habilidades, experiência e know-how que precisamos de aproveitar, não apenas para desenvolver indústrias existentes, mas também para estabelecer novas indústrias”, acrescentou.

Durante o seu discurso, o presidente sul africano garantiu igualmente que África do Sul nunca mais vai tolerar ou permitir privações arbitrárias de terras. 

O Ministro sul-africano da polícia, Senzo Mchunu, diz que a maior parte dos casos de rapto, que se registam na terra do rand, envolve sindicatos estrangeiros e até polícias locais, avança a Rádio Moçambique.

Senzo Mchunu alerta que a imigração é a maior ameaça à estabilidade interna da África do Sul. Segundo a Rádio Moçambique, o ministro considera que os moçambicanos, zimbabweanos e paquistaneses emergem como líderes dos sindicatos envolvidos nos casos de rapto.

Mchunu disse ainda que os criminosos estrangeiros estão a tirar proveito das fraquezas do sistema e apela para um controlo rigoroso nas fronteiras:

“Geralmente tudo aponta para os estrangeiros, porque muitos destes raptos, inevitavelmente, envolvem um ou mais estrangeiros. Por isso é correcto dizer que na África do Sul uma das grandes ameaças à estabilidade interna é a imigração. Precisamos de encarrar esta questão da imigração e depois lidaremos com o resto. Questionamo-nos de ondem vêm estes paquistaneses criminosos, como eles chegaram até aqui? Os paquistaneses emergem como líderes disto, mas também há moçambicanos que aparecem como líderes disto e zimbabweanos, incluindo nossos oficiais da polícia”, disse.

Os comentários do Ministro sul-africano da polícia acontecem depois de as autoridades terem resgatado uma menor de nove anos, raptada numa escola na cidade de East London, avança a Rádio Moçambique.

Em 2023/2024 os casos de rapto na África do Sul ultrapassaram os 17 mil. Gauteng é a província que mais casos registou, seguida de Kwazulu-Natal.

 

O chefe do departamento de Eficiência Governamental dos Estados Unidos da América, Elon Musk, revelou que se confundiu ao criticar o envio de 50 milhões de dólares em preservativos para a Faixa de Gaza, quando, na verdade, foram enviados para a província de Gaza, em Moçambique.

Durante uma conferência de imprensa realizada na sala oval da Casa Branca, Elon Musk, que actualmente lidera o departamento de Eficiência Governamental nos Estados Unidos da América, admitiu que cometeu um erro quando criticou o envio de 50 milhões de dólares de preservativos para  a faixa de Gaza, no médio Oriente.

Os preservativos foram enviados para a província de Gaza, em Moçambique, país que tem mais de dois milhões de pessoas a viverem com HIV/SIDA, de acordo com o Instituto Nacional de Saúde.

A confusão sobre o destino dos contraceptivos, que evitam também a infecção pelo SIDA, ocorreu quando Elon Musk e a Casa Branca denunciaram gastos da Agência norte-americana para o Desenvolvimento Internacional, USAID, dando como exemplo o envio de preservativos para o que se pensava ser a Faixa de Gaza. Entretanto, uma investigação da CNN revelou que a agência não gastou o valor em preservativos no médio oriente.  

A notícia, que já havia sido divulgada pela imprensa israelita, gerou polémica.

Ao ser confrontado pela imprensa, Musk explicou que os preservativos foram enviados à província de Gaza, para um programa de prevenção do HIV, mas garantiu que a sua  equipa fará de tudo para corrigir informações imprecisas rapidamente.

Primeiramente, algumas das coisas que eu falo estarão incorretas e deverão ser corrigidas, quer dizer, vamos errar, mas vamos agir rapidamente para corrigir qualquer erro”, afirmou.

Contudo, o responsável pela eficiência governamental dos EUA diz que o número de preservativos enviados é elevado. “Eu não tenho certeza se deveríamos enviar 50 milhões de dólares em preservativos para qualquer lugar, francamente, não tenho certeza se é algo que deixaria os americanos realmente entusiasmados”.

Esse é realmente um número enorme de preservativos. Se é para Moçambique em vez de Gaza (Faixa de Gaza), está tudo bem, não é tão mau. Mas, ainda assim, porque é que estamos a fazer isso?

A província de Gaza é a que tem maior índice de prevalência do HIV/SIDA em Moçambique, com 20,9% de pessoas a viverem com a doença. A STV contactou os Serviços Provinciais de Saúde em Gaza, que dizem que a província não recebeu preservativos correspondentes a 50 milhões de dólares dos EUA e que a entrega de preservativos à província não é feita directamente pela USAID.

O Tribunal de Contas do Senegal detectou anomalias e insuficiências na gestão das finanças públicas do país entre 2019 e 2024, durante o mandato do antigo Presidente Macky Sall.

“O total da dívida pendente da administração orçamental central a 31 de Dezembro de 2023 representava 99,67% do PIB”, uma taxa superior ao montante anunciado anteriormente pelo governo, refere o relatório citado pela agência francesa de notícias, a France-Presse (AFP).

Segundo escreve a Lusa, o relatório dos juízes vai determinar as futuras relações financeiras entre o Senegal e vários parceiros financeiros internacionais, incluindo o Fundo Monetário Internacional (FMI), e foi pedido pelo primeiro-ministro, Ousmane Sonko, que acusou o antigo Presidente senegalês de ter falsificado as contas públicas, particularmente os dados relativos ao défice orçamental e à dívida, junto dos parceiros internacionais.

O défice orçamental anunciado pelo anterior governo “é inferior ao reconstruído pelo Tribunal”, acrescenta-se noutra passagem do relatório, que aponta que os juízes chegaram a um défice de 12,3% em 2023, quando o que estava inscrito nos números oficiais era 4,9%.

No final de Dezembro, Sonko tinha descrito o estado das finanças públicas como “catastrófico”, apontando para um défice orçamental de 10,4% do PIB e uma dívida pública que representa 76,3% do PIB.

O Tribunal afirma ter constatado “discrepâncias no saldo da dívida pública, anomalias no sobrefinanciamento de projectos realizados pelo Estado e deficiências na gestão dos seus depósitos bancários”, e aponta ainda “dívidas bancárias significativas contraídas fora do circuito orçamental” e “não registadas nas contas do Estado”, bem como “levantamentos de recursos externos superiores aos declarados” pelo anterior governo.

Líderes mundiais defendem que a regulamentação excessiva contra a inteligência excessiva pode minar o desenvolvimento global e advertem a inclusão dos países em vias de desenvolvimento para que as invenções não configurem desigualdades.

Paris voltou a chamar atenção  do mundo esta semana, e foi também destino de líderes mundiais que escalaram França para a cimeira sobre Inteligência Artificial.

Reservada a debates e explanações sobre as principais invenções da época, com destaque para o ChatGPT e o recente  modelo chinês DeepSeek, os mais de mil e quinhentos convidados, inundaram a sala para assistir o fecho do evento promovido pela União Europeia em coordenação com os Emirados árabes unidos.

No seu discurso, o Vice-presidente Norte Americano de JD Vance, alertou contra a regulamentação excessiva da Inteligência Artificial.

“A tecnologia de IA americana continua a ser o padrão de ouro em todo o mundo, e somos o parceiro escolhido por outros países estrangeiros e, certamente, empresas, à medida que expandem a sua própria utilização da IA. Número dois, acreditamos que a regulamentação excessiva do sector da IA ​​pode matar uma indústria transformadora que está a arrancar, e faremos todos os esforços para incentivar políticas de IA pró-crescimento, e gosto de ver este toque desregulador a aparecer em muitas das conversas desta conferência”, disse o Vice-presidente Norte Americano.

Num momento em que os Estados lutam para desenvolver respostas para os desafios internos e  globais  com base na Inteligência Artificial, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen,  desmentiu o facto de que a Europa esteja atrasada. “Agora, ouço com demasiada frequência que a Europa está atrasada na corrida, enquanto os Estados Unidos ou a China já estão à frente.

Discordo, porque a corrida da IA ​​está longe de terminar. A verdade é que estamos apenas no início. A fronteira está em constante movimento, a liderança global ainda está em jogo e, por trás da fronteira, está todo o mundo da adopção da IA”, disse.

Entretanto, o Secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres chama atenção para o facto de a inteligência artificial não se transformar em arma para a divisão do Mundo. “Reúne todos em torno de uma visão partilhada, em que a tecnologia serve a humanidade, e não o contrário. A criação de um painel científico internacional independente sobre IA terá como objectivo transformar esta visão numa realidade”. 

O evento, que contou com a presença de chefes de Estado, músicos, investigadores e pesquisadores na área, terminou na terça-feira.

A África do Sul vai enviar mais tropas para a República Democrática do Congo (RDC), no fim deste mês, para reforçar a missão de paz da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral, SADC. 

O reforço do contingente militar sul-africano na missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral vem na sequência da morte de 14 soldados sul-africanos no conflito que assola o leste da RDC.

A missão da SADC está a mobilizar soldados da base militar de Lohatla, no norte da África do Sul, para reforçar as tropas que apoiam o exército democrático-congolês, na tentativa de travar o avanço do grupo rebelde Movimento 23 de Março, disse uma fonte militar sul-africana.

No entanto, a fonte confessou não estar esperançosa quanto ao impacto de mais tropas no desenrolar do conflito, pois confirmou que os soldados da Força de Defesa Nacional Sul-Africana estão actualmente encurralados pelo M23.

Entre 25 e 27 de Janeiro, 14 soldados sul-africanos foram mortos nos confrontos entre o exército democrático-congolês e o M23, quando os rebeldes tomaram a cidade estratégica de Goma, capital da província de Kivu  do Norte, deixando cerca de 3 mil mortos e centenas de milhares de deslocados, segundo a ONU.

A morte destes soldados colocou a missão da SADC sob os holofotes de vários partidos políticos na África do Sul e levou diferentes membros do parlamento a juntarem-se ao coro de apelos à retirada das tropas sul-africanas da RDC.

O Zimbabwe separou, no início deste ano, uma nova verba para compensar agricultores brancos de diferentes países europeus cujas terras foram expropriadas em 2000, na reforma agrária do ex-Presidente Robert Mugabe.

Citado pela agência de notícias EFE, o ministro das Finanças, Mthuli Ncube, afirma que a indemnização, que totaliza 145,9 milhões de dólares, destina-se a 94 explorações agrícolas e 56 agricultores estrangeiros abrangidos pelos Acordos Bilaterais de Promoção e Protecção do Investimento (BIPPAS, na sigla em inglês), ratificados antes de 2000.

O desembolso desta nova verba surge depois de o Governo já ter incorporado no orçamento nacional de 2024 um montante de 20 milhões de dólares especificamente destinado a compensar os agricultores afetados e protegidos pelos BIPPAS, escreve a Lusa.

Os agricultores seleccionados para compensação são da Dinamarca, Alemanha, Países Baixos, Suíça e outros países da Europa Oriental.

O Governo do Zimbabwe pretende pagar um total de 331 milhões de dólares a 439 agricultores brancos locais que também foram afectados pela expropriação das suas terras em 2000.

O pagamento da indemnização é importante na tentativa do Zimbabwe de ganhar a confiança dos credores para reestruturar a sua dívida de 21 mil milhões de dólares (13 mil milhões de dólares de dívida externa e oito mil milhões de dólares de dívida interna).

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