O País – A verdade como notícia

O Papa Francisco, que continua hospitalizado, afirmou, este domingo, estar a “atravessar um momento de provação”, no Angelus transmitido em texto.

“Partilho convosco estes pensamentos, porque estou a atravessar um momento de provação, e junto-me a tantos irmãos e irmãs doentes: frágeis, neste momento, como eu.  Os nossos corpos são fracos mas, mesmo assim, nada nos impede de amar, de rezar, de nos entregarmos, de sermos uns para os outros, na fé, sinais luminosos de esperança”, disse o sumo pontífice, segundo revelou o Vaticano. 

No texto, o líder da Igreja Católica reconheceu o trabalho de quem presta assistência aos doentes e aproveitou para agradecer a todos os profissionais de saúde, àqueles que o ajudam “com tanta dedicação”, mas também por todas as “orações”. 

“Quanta luz brilha, neste sentido, nos hospitais e nos lugares de assistência! Quanto carinho ilumina os quartos, os corredores, as clínicas, os lugares onde se realizam os serviços mais humildes! Por isso, gostaria de vos convidar, hoje, a juntarem-se a mim para louvar o Senhor, que nunca nos abandona e que, nos momentos de dor, coloca ao nosso lado pessoas que refletem um raio do seu amor”, frisou. 

“Agradeço a todos as vossas orações e agradeço àqueles que me ajudam com tanta dedicação. Sei que muitas crianças estão a rezar por mim; algumas delas vieram hoje aqui ao Gemelli como sinal de proximidade. Obrigado, queridos filhos! O Papa ama-vos e está sempre à espera de vos encontrar”, completou. 

Hoje, cerca de 300 crianças, de escolas, associações e várias instituições concentraram-se à porta do hospital, em frente à estátua de João Paulo II, com balões, desenhos e cartas para entregar a Francisco, e gritavam pelo seu nome. A iniciativa foi do Comité Pontifício para Jornada Mundial da Criança, criado em novembro por Francisco.

De realçar que, segundo a última atualização, partilhada pelo Vaticano no sábado, Francisco mantém-se estável e está a melhorar gradualmente, mas ainda terá de permanecer no hospital por um período indeterminado.

O presidente angolano, João Lourenço, actualmente presidente da União Africana, apelou a um cessar-fogo imediato no leste da República Democrática do Congo (RDC).

Lourenço pediu que todas as partes interrompam as hostilidades a partir da meia-noite, horário local, no domingo, em um esforço para criar uma atmosfera pacífica para as próximas negociações de paz.

De acordo com uma declaração da presidência angolana, o cessar-fogo deve incluir todas as acções hostis contra civis e interromper quaisquer tentativas de ganhar novas posições na zona de conflito. As negociações estão programadas para ocorrer em Luanda, Angola, em 18 de março, onde o governo da RDC e os rebeldes do M23 se vão encontrar pela primeira vez em três anos.

O Governo da RDC ainda não confirmou oficialmente sua participação. O M23, no entanto, expressou apoio à iniciativa de paz de Angola, pedindo ao presidente Felix Tshisekedi que se comprometa publicamente com negociações directas.

O conflito aumentou recentemente. Os rebeldes do M23 capturaram cidades-chave nas províncias de Kivu do Norte e do Sul, causando a deslocação de milhares de pessoas e piorando a crise humanitária. Apesar dos esforços diplomáticos, a violência entre a RDC e o M23 continua. 

Oito trabalhadores humanitários, incluindo voluntários e jornalistas, morreram, este sábado, durante um ataque israelita no norte da Faixa de Gaza. A informação foi avançada, hoje, pela Fundação al-Khair, registada no Reino Unido.

Segundo os serviços de emergência palestinianos, a equipa de jornalistas que foi vítima do ataque era composta por, pelo menos, três fotógrafos, um deles especializado em fotografia com ‘drones’, e um motorista.

Em declarações à BBC, Qasim Ahmad, fundador e presidente da instituição de solidariedade, garantiu que a equipa estava na área para montar tendas e documentá-las para os esforços de promoção da própria instituição.

O responsável explicou que os seus cinegrafistas voltaram para o carro e foram atingidos, enquanto outros membros da equipa que correram para o local foram atingidos por um ‘drone’ israelita que os seguiu quando foram para o segundo carro da instituição de caridade. 

Por sua vez, o Sindicato dos Jornalistas Palestinos acusou Israel de realizar “ataques sistemáticos a jornalistas palestinos, que arriscam suas vidas para relatar a verdade e expor os crimes israelitas ao mundo”.

De acordo com uma contagem de fevereiro do Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), pelo menos 83 jornalistas palestinianos foram mortos em Gaza em 2024 pelos militares israelitas.

Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe e Guiné Equatorial são alguns dos 43 países, cujos cidadãos podem vir a enfrentar restrições à entrada nos Estados Unidos.

Um projecto de lista com 43 países está, segundo o jornal New York Times (NYT), a circular no seio da administração de Donald Trump e enumera três níveis de países, cujos cidadãos podem enfrentar proibições ou restrições nas viagens para os Estados Unidos.

Citando “funcionários familiarizados com o tema”, o NYT avança que a administração norte-americana está a considerar visar os cidadãos de até 43 países, como parte de uma nova proibição de viajar para os Estados Unidos mais ampla do que as restrições impostas durante o primeiro mandato do Presidente Trump.

Citados pelo Notícias ao Minuto, os funcionários, que falaram sob condição de anonimato, advertiram que a lista tinha sido desenvolvida pelo Departamento de Estado há várias semanas e que era provável que sofresse alterações quando chegasse à Casa Branca.

Desenvolvido por funcionários diplomáticos e de segurança, o projecto de lista sugere uma lista “vermelha” de 11 países, cujos cidadãos seriam categoricamente proibidos de entrar nos Estados Unidos: Afeganistão, Butão, Cuba, Irão, Líbia, Coreia do Norte, Somália, Sudão, Síria, Venezuela e Iémen.

O projecto inclui também uma lista “laranja” de 10 países para os quais as viagens seriam restringidas, mas não cortadas. Nesses casos, os viajantes de negócios abastados poderiam ser autorizados a entrar, mas não as pessoas que viajam com vistos de imigrante ou de turista.

Os cidadãos incluídos nessa lista seriam também sujeitos a entrevistas presenciais obrigatórias para obterem um visto. A lista incluía a Bielorrússia, Eritreia, Haiti, Laos, Myanmar, Paquistão, Rússia, Serra Leoa, Sudão do Sul e Turquemenistão.

 

Os ataques norte-americanos contra os Huthis no Iémen fizeram 31 mortos e 101 feridos, segundo anunciou, este domingo, o Ministério da Saúde dos rebeldes Al-Massirah. Os ataques tiveram como alvo a capital Saná, as províncias de Saada (noroeste) e Al-Bayda (centro), além da cidade de Radaa (centro), escreveu o porta-voz do ministério Anis Al-Asbahi, na rede social X, referindo a existência de crianças entre as vítimas mortais.

A estação de televisão dos rebeldes Al-Massirah anunciou, no sábado à noite, que um “ataque americano-britânico” atingiu a área de Shououb, no norte da capital Saná, bem como Saada, um reduto rebelde no norte do Iémen. Londres não anunciou qualquer ataque.

Já o Presidente dos Estados Unidos anunciou uma “acção militar decisiva e poderosa” contra os Huthis, no Iémen.

Estes são os primeiros ataques dos Estados Unidos contra os Huthis, desde que Donald Trump tomou posse, a 20 de Janeiro.

Os Huthis já reagiram, avisando que a “agressão não vai ficar sem resposta”.

“As nossas forças armadas estão prontas para responder à escalada com escalada”, reagiu o gabinete político dos rebeldes, numa declaração transmitida pela Al-Massirah, citada pela Agência de Comunicação Lusa.

A agressão surge depois de os Huthis terem anunciado, a 11 de Março, a intenção de retomar os ataques que têm vindo a realizar há mais de um ano, ao largo da costa do Iémen, contra navios mercantes, que acreditam estar ligados a Israel.

Os rebeldes, que apoiam o movimento islamita palestiniano Hamas em Gaza, sublinharam que a decisão foi tomada depois de Israel ter recusado a entrega de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, devastada por 15 meses de guerra.

O Presidente norte-americano também deixou uma mensagem ao Irão: “Não ameacem o povo norte-americano, o seu Presidente (…) ou as rotas marítimas do mundo. E se o fizerem, tenham cuidado, porque a América vai atribuir-vos toda a responsabilidade e não vos faremos nenhum favor”, cita Lusa.

Os Huthis fazem parte do que o Irão chama de “eixo de resistência” a Israel, que inclui ainda o movimento islamita palestiniano Hamas e o Hezbollah libanês.

Saudando “o apoio” dado pelos Huthis ao povo palestiniano na Faixa de Gaza, o Hamas emitiu uma declaração, no sábado, a condenar a “agressão aérea americano-britânica” e descrevendo-a como uma “violação flagrante do direito internacional”.

Refira-se que os Huthis levaram a cabo, desde Novembro de 2023, ataques ao largo da costa do Iémen contra navios, que acreditam estar ligados a Israel, mas também aos Estados Unidos e ao Reino Unido.

No início de Março, os Estados Unidos classificaram os Huthis como uma “organização terrorista estrangeira”, depois de Donald Trump ter assinado uma ordem executiva nesse sentido.

A África do Sul expressou descontentamento com a decisão dos Estados Unidos de declarar o seu embaixador, Ebrahim Rasool, como ‘persona non grata’. O governo sul-africano pediu respeito pelas normas diplomáticas e reafirmou seu compromisso com uma relação construtiva com Washington.

Em um comunicado oficial, Pretória lamentou a expulsão do diplomata e enfatizou a necessidade de manter o decoro nas interações diplomáticas. O governo sul-africano reiterou seu desejo de preservar laços positivos com os EUA, apesar das tensões recentes.

A decisão norte-americana foi anunciada pelo secretário de Estado, Marco Rubio, através da plataforma X. Rubio acusou Rasool de ser racista e de nutrir hostilidade em relação aos Estados Unidos e ao presidente Donald Trump. A postagem foi acompanhada por um link para um artigo do portal Breitbart News, que relatou declarações feitas por Rasool durante um seminário sobre política externa. Segundo o site, o diplomata teria afirmado que Trump lidera um movimento de supremacia branca dentro e fora dos EUA.

Esse incidente ocorre em meio a uma crise diplomática desencadeada após a decisão de Trump de suspender indefinidamente toda a ajuda financeira à África do Sul. O governo norte-americano justificou a medida citando uma nova legislação sul-africana que, segundo Trump, facilitaria a expropriação de terras privadas, afetando diretamente a população africâner, descendente de colonos holandeses.

O tema ganhou ainda mais visibilidade após declarações de Elon Musk, atual chefe do Departamento de Eficiência Governamental dos EUA (DOGE). Musk, que nasceu na África do Sul e se mudou para o Canadá após concluir o ensino médio, utilizou suas redes sociais para criticar a lei sul-africana, alegando que ela representa uma ameaça à minoria branca do país.

A tensão entre os dois países continua a crescer, enquanto observadores internacionais acompanham os desdobramentos desse impasse diplomático.

Mais de 400 crianças no leste da República Democrática do Congo (RDC) foram recrutadas por grupos armados, em Janeiro e Fevereiro deste ano, algumas com apenas 14 anos de idade, segundo anunciou hoje a Save the Children.

Os parceiros locais da Save the Children, que trabalham na proteção de crianças no Kivu do Norte e do Sul documentaram mais de 400 casos de crianças associadas a grupos armados entre Janeiro e Fevereiro de 2025, quando a violência aumentou na região oriental do país”, declarou a organização em comunicado.

Segundo as informações recolhidas pelos parceiros locais, algumas das crianças terão sido recrutadas nas suas comunidades e levadas para o mato para serem treinadas a manusear armas contra a sua vontade ou, no caso das meninas, muitas vezes vítimas de violência sexual.

O recrutamento, utilização e rapto de crianças em conflitos armados é uma grave violação do direito humanitário internacional e pode constituir um crime de guerra, lembra a Save the Children. 

“As crianças são frequentemente alvo de recrutamento porque são baratas, mais fáceis de controlar e manipular e porque esperam que os adultos as protejam”, lamentou.

A Organização Não-Governamental (ONG) frisou também que tem programas que apoiam crianças que foram resgatadas de grupos armados e que em 2024 prestou assistência a pelo menos 220 crianças libertadas “de grupos armados em Ituri, Kivu do Norte e Kivu do Sul”.

“Estas crianças [libertadas] recebem apoio psicossocial e económico para as ajudar a reintegrarem-se nas suas comunidades”, contextualizou.

Segundo a ONG, dependendo da idade, algumas crianças podem regressar à escola, enquanto outras podem receber formação profissional “em competências práticas como alfaiataria, carpintaria ou mecânica”.

Para a ONG, nos últimos anos, a RDC, país vizinho de Angola, fez progressos na abordagem da questão do recrutamento de crianças, incluindo a adoção de um plano de ação em 2012 e a criação de um grupo de trabalho técnico conjunto para coordenar a sua aplicação. No entanto, “há ainda muito trabalho a fazer para garantir a proteção das crianças contra todas as formas de violência”, indicou.

O presidente Portugues, Marcelo Rebelo de Sousa, marcou eleições legislativas para 18 de Maio e pediu um debate “digno e esclarecedor”.  Será a terceira vez que os portugueses elegem novo parlamento em três anos.

Portugal vai a eleições legislativas, no dia 18 de Maio, para contornar uma crise política “inesperada”, que surgiu depois do Primeiro-Ministro ser acusado pela oposição de usar o cargo para beneficiar uma empresa de consultoria, fundada por ele e, agora, administrada pelos filhos.

Depois de dissolver o parlamento, que recusou um voto de confiança a Luís Montenegro, Marcelo Rebelo de Sousa disse que não há meio caminho, se não a marcação de eleições antecipadas, que terão lugar em dois meses.

Rebelo de Sousa pediu que nos próximos dois meses se faça um “debate eleitoral frontal, claro e esclarecedor, mas sereno, digno, elevado, tolerante, respeitador da diferença e do pluralismo”, que “fortaleça e não enfraqueça a democracia”. 

Os portugueses vão às urnas pela terceira vez em pouco mais de três anos, devido a situações de instabilidade política do país.

A Ucrânia lançou um ataque de drones na capital da Rússia, Moscovo, depois de Volodymyr Zelensky ter acusado Vladimir Putin de tentar impossibilitar o pedido do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para o cessar-fogo, avançou o Daily Mail.

O jornal britânico dá ainda conta de que uma grande refinaria de petróleo, a cerca de 88 quilómetros de Putin, no Mar Negro, foi também atingida, o que desencadeou dez explosões seguidas. 

Também o aeroporto Vnukovo, que seria usado pelo enviado especial de Donald Trump à Rússia para regressar aos Estados Unidos, foi encerrado devido aos ataques de drone. 

Refira-se que este é o segundo ataque de drones por parte da Ucrânia à Rússia no espaço de três dias e, de acordo com o Daily Mail, esta é uma resposta ao presidente russo, devido às várias condições que quer impor para o cessar-fogo. 

“Depois da explosão, os alarmes de vários carros dispararam”, disse uma testemunha, citada pelo Daily Mail.

Vários pontos da região de Moscovo foram atingidos pelos ataques, causando incêndios em alguns dos locais. 

+ LIDAS

Siga nos