O País – A verdade como notícia

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça  tomar medidas contra advogados e equipas jurídicas, que apresentem acções judiciais contra as medidas migratórias, adoptadas pelo Governo, numa nova tentativa de ampliar o poder do executivo.

Num memorando tornado público pela Casa Branca, Donald Trump disse que os advogados estão a alimentar a fraude desenfreada e as reclamações sem mérito, no sistema de imigração, pelo que ordenou ao Departamento de Justiça, que sancione aqueles que se envolvem no que considera ser uma má conduta profissional.

O documento também dá instruções aos responsáveis pelos Departamentos de Justiça e de Segurança Interna para “imporem sanções aos advogados e às empresas, que intentem acções judiciais frívolas, irrazoáveis e vexatórias contra os Estados Unidos”.

Neste sentido, instou a Procuradora-Geral, Pam Bondi, a encaminhar estas empresas para a Casa Branca para que lhes sejam retiradas determinadas credenciais e rescindidos quaisquer contratos que possam ter com o governo federal.

O Papa Francisco vai ter alta hospitalar este domingo, regressando ao Vaticano cinco semanas após ser hospitalizado, devido a pneumonia dupla.

Falando numa conferência de imprensa, um dos médicos que assiste o Sumo Pontífice revelou que o estado de saúde melhorou. 

Na mesma conferência, os especialistas que têm cuidado do Papa, desde 14 de Fevereiro, quando este foi hospitalizado, dão conta de que o Santo Padre precisará de dois meses de repouso.

O director geral do Centro Africano de Controle de Doenças (CDC África), Jean Kaseya, confirmou que a produção local da vacina Mpox, no continente africano, vai iniciar este ano. Entretanto, não há ainda cronograma específico. 

Segundo publicado pela Agência de Comunicação de Moçambique (AIM), em 2024, o Africa CDC fez uma parceria com a Bavarian Nordic, para aprimorar as capacidades de fabricação de vacinas em África, numa iniciativa que visa fortalecer a segurança da saúde em todo o continente.

“No momento, estamos finalizando algumas questões técnicas. Enquanto falamos, minha equipe, a equipe nórdica da Baviera e os fabricantes africanos estão a reunir-se, para finalizar essas poucas questões técnicas, de maneira que África possa começar a fabricar vacinas em 2025”, assegurou Jean Kaseya, em conferência de imprensa no sábado, citado pela AIM.

Kaseya acrescentou que o processo de licitação e selecção de fabricantes foi altamente competitivo, os licitantes capazes foram identificados para empreender o ambicioso projecto.

“Desde o primeiro dia, dissemos que a fabricação local é nossa principal prioridade na África. Gostaria de poder dizer que começará no mês que vem, mas não direi isso porque estamos a lidar com um problema sério, que pode levar algumas semanas adicionais. No entanto, tenham certeza de que temos compromissos e acordos claros em vigor”, disse ele.

Segundo a AIM, até o momento, um total de oito países receberam vacinas, e cinco já a estão a administrar. Mais de 544 mil pessoas foram vacinadas. Doze países concederam Autorização de Uso Emergencial para a vacina MVA-BN. Uganda recebeu mais de 62 mil doses adicionais, e os arranjos de remessa para o Quénia, República Democrática do Congo (RDC), Nigéria e África do Sul já estão em andamento.

A organização também notou alta aceitação da vacina dentro das comunidades, com mais de 525 mil pessoas na RDC, tendo recebido pelo menos uma dose. Crianças de um a 17 anos, representam 39% da população total vacinada, enquanto a cobertura de vacinação em Kinshasa é de 70% da população-alvo.

De acordo com dados do África CDC, 30 041 casos de Mpox foram relatados em 2025, dos quais 7 049 foram confirmados, com 306 mortes entre casos suspeitos e 44 mortes entre casos confirmados em 16 países.

Dezasseis dos 23 países afectados permanecem na fase activa do surto, enquanto sete estão na fase de controlo.

“Os casos suspeitos estabilizaram nas últimas sete semanas. Os casos confirmados estão diminuindo devido à baixa cobertura de testes. As altas taxas de mortalidade entre os casos confirmados são principalmente de Uganda”, acrescentou Kaseya.

Enquanto isso, os países da região continuam registrando novos casos de Mpox, com a Tanzânia relatando 20 novos casos desde a última actualização em 13 de Março de 2025, na semana epidemiológica Kaseya também alertou sobre a disseminação de uma variante mutada, Clade Ia APOBEC3, relatada em Kinshasa, República Democrática do Congo.

A Aliança do Rio Congo, que inclui o grupo rebelde Movimento 23 de Março, anunciou  a retirada das suas forças da cidade de Walikale, na República Democrática do Congo.

Em conformidade com o cessar-fogo unilateral declarado a 22 de Fevereiro de 2025, e para apoiar as iniciativas de paz no leste da República Democrática do Congo, o AFC-M23 decidiu deslocar as suas forças da cidade de Walikale, na província de Kivu do Norte e arredores.

O porta-voz do grupo rebelde, Lawrence Kanyuka, apelou aos habitantes de Walikale e aos seus líderes comunitários para que tomem as medidas necessárias para garantir a segurança e a protecção da população civil e dos seus bens durante esta transição.

O M23 assumiu o controle de Walikale, o centro administrativo do território de Walikale e uma região rica em minerais, especialmente ouro, na quarta-feira à noite.

Walikale, que tem cerca de 15.000 habitantes, está situada a pouco mais de 120 quilómetros a noroeste de Goma, a capital do Kivu do Norte, que foi capturada pelo M23 em Janeiro.

O Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, disse, em entrevista à Lusa, que não tem medo do povo, nem o povo tem de ter medo dele, apesar do aparato militar que o acompanha.

Embaló disse acreditar que o povo está com ele, assegurou que interage com as pessoas, que faz questão de estar junto delas, e justificou a segurança que o rodeia com a cultura de golpes de Estado e de violência política na Guiné-Bissau.

“Houve duas vezes golpe de Estado no meu mandato. Aqui na Guiné, não fazem golpe, matam. Infelizmente, nós herdámos uma cultura de violência, o que é uma vergonha. Esquartejaram aqui o Presidente ‘Nino’ [Vieira], mataram o Amílcar Cabral”, disse, citado pela DW.

Nos cinco anos de mandato, a primeira das duas alegadas tentativas de golpe de Estado ocorreu em Fevereiro de 2020 e a segunda na madrugada de 01 de dezembro de 2023. Na entrevista, Embaló garantiu que, antes disso, andava de bicicleta, a pé, nas ruas, com três pessoas, mas que agora tem de andar rodeado de uma força de dezenas de militares armados.

“Eu tenho direito à vida, tenho que andar assim. Tentaram matar-me, mas o dia que eu vou sair daqui é porque Deus quis”, escreve a DW.

O Presidente reconheceu as dificuldades da população guineense e mostrou-se preocupado, mas salientou que não pode fazer milagres.

O primeiro-ministro libanês, Nawaf Salam, alertou hoje para o risco de uma nova guerra com consequências desastrosas para o Líbano, pouco depois de Israel ter denunciado o lançamento de ‘rockets’ contra o seu território.

Nawaf Salam advertiu contra o risco de recomeço das operações militares na fronteira sul, segundo um comunicado do gabinete do primeiro-ministro citado pela agência francesa AFP.

Salam, citado pelo Notícias ao Minuto, disse que um novo conflito com Israel “poderá conduzir o país a uma nova guerra, com consequências desastrosas para o Líbano”.

O primeiro-ministro contactou o ministro da Defesa “para garantir que só o Estado tem o poder de decidir sobre a guerra e a paz”, acrescentou, numa alusão ao poderoso grupo libanês pró-iraniano Hezbollah.

Pouco antes do comunicado de Beirute, Israel tinha denunciado um ataque com foguetes contra o norte do país a partir do sul do Líbano, escreve o Notícias ao Minuto.

As autoridades israelitas disseram que a força aérea interceptou os foguetes e prometeram responder ao ataque, que não foi reivindicado.

Netumbo Nandi-Ndaitwah tomou posse, esta sexta-feira, como presidente da Namíbia, uma raridade no continente e uma estreia na história do país da África Austral.

Netumbo Nandi-Ndaitwah foi empossada depois de a sua vitória nas conturbadas eleições do final de Novembro ter sido confirmada em tribunal. Mulher de 72 anos, do histórico partido no poder, foi empossada em Windhoek, durante uma cerimónia na presença dos Chefes de Estado de Moçambique, Angola, África do Sul e Tanzânia e outros países.

O presidente cessante, Nangolo Mbumba, de 83 anos, entregou o poder a Nandi-Ndaitwah durante a cerimónia que decorreu no dia em que a Namíbia celebra o seu 35.º aniversário da independência.

“Não fui eleita por ser mulher, mas pelas minhas capacidades”, afirmou a nova presidente durante a cerimónia.

Nandi-Ndaitwah manifestou durante o discurso o seu apoio ao direito à autodeterminação dos palestinianos e apelou ao levantamento das sanções internacionais contra Cuba, a Venezuela e o Zimbabwe.

O exército do Sudão disse que retomou o Palácio Republicano em Cartum, o último bastião na capital das forças paramilitares rivais, após quase dois anos de combates.

Khaled al-Aiser, ministro da Informação do Sudão, disse, em uma publicação na plataforma social X, que os militares retomaram o palácio. “Hoje a bandeira está hasteada, o palácio está de volta e a jornada continua até que a vitória seja completa”, escreveu.

A queda do Palácio Republicano, um complexo ao longo do Rio Nilo que era a sede do governo antes da guerra eclodir e está imortalizado em notas bancárias e selos postais sudaneses, marca outro ganho no campo de batalha para o exército do Sudão. Ele fez avanços constantes nos últimos meses sob o comando do chefe do exército, Gen. Abdel-Fattah Burhan.

Isso significa que as Forças de Apoio Rápido rivais, sob o comando do General Mohammed Hamdan Dagalo, foram expulsas da capital Cartum após o início da guerra no Sudão em Abril de 2023.

A guerra matou mais de 28.000 pessoas, forçou milhões a fugir de suas casas e deixou algumas famílias em situação difícil.

O Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados, Filippo Grandi, alertou, esta quinta-feira, que milhões de vidas estão em risco após os “cortes brutais” no financiamento das operações de ajuda internacional.

“As consequências para as pessoas que fogem do perigo serão imediatas e devastadoras”, avisou o Alto Comissário, no comunicado, explicando que, “com menos financiamento, menos funcionários e uma presença reduzida do ACNUR nos países que acolhem refugiados, a equação é simples: perder-se-ão vidas”.

Segundo o Notícias ao Minuto, Grandi enviou, também, uma comunicação interna aos seus funcionários a informá-los sobre a situação e a anunciar que a organização será forçada a cortar postos de trabalho.

“Apelamos aos estados-membros para que honrem os seus compromissos para com as pessoas deslocadas. Chegou a hora, não de retirada, mas de solidariedade”, defendeu Grandi, cuja organização contava com mais de 15 mil funcionários em setembro de 2024.

Os Estados Unidos são o maior doador de ajuda externa. Contudo, o Presidente Donald Trump assinou uma ordem executiva, imediatamente após ter tomado posse, a 20 de Janeiro, ordenando um congelamento de 90 dias da ajuda externa dos EUA.

Desde então, o Governo dos Estados Unidos empreendeu o quase desmantelamento da agência de desenvolvimento dos EUA, a USAID, que era responsável por 42% da ajuda humanitária em todo o mundo.

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