O País – A verdade como notícia

O presidente angolano exonerou José João Manuel do cargo de embaixador de Angola em Moçambique e nomeou para o seu lugar Jovelina Alfredo Imperial da Costa, após ser exonerada do cargo de embaixadora de Angola na Namíbia.

João Lourenço, em decreto presidencial, citado por Lusa,  nomeou também Pedro Mutinde, ex-ministro da Hotelaria e Turismo e antigo governador do Cuando-Cubango, para o cargo de embaixador extraordinário e plenipotenciário de Angola na Namíbia.

Maria Isabel Gomes Encoge, até então embaixadora de Angola no Reino Unido e nos Países Baixos, foi nomeada como embaixadora extraordinária e plenipotenciária na Alemanha.

Mais um golpe para a missão multinacional de apoio à segurança liderada pelo Quénia, que foi enviada ao Haiti, para combater a violência de gangues.

O MSS diz que um agente da Polícia queniana foi morto, na terça-feira, em um ataque de supostos membros de gangue.

O agente em causa fazia parte de um grupo que foi enviado, para recuperar um veículo da polícia haitiana que havia ficado preso em uma vala, suspeito de ter sido escavado por gangues.

As forças do MSS foram atacadas durante a operação de recuperação.

Segundo o African News, após ser inicialmente dado como desaparecido, o MSS confirmou que um oficial chamado Bénédict Kabiru morreu no incidente.

O Conselho Presidencial de Transição do Haiti elogiou o que descreveu como o “máximo sacrifício” de Kabiru.

Bénédict Kabiru é o segundo oficial queniano a ser morto no Haiti, desde que a força começou a ser mobilizada em Junho do ano passado.

O presidente William Ruto, no entanto, reafirmou o comprometimento de seu país com a missão.

 

O presidente do Zimbabwe, Emmerson Mnangagwa, nomeou um novo chefe do exército, antes dos protestos planejados para segunda-feira, convocados por um grupo de veteranos de guerra, que querem forçar o presidente a renunciar.

O ex-major-general, Emmanuel Matutu, assume com efeito imediato, segundo escreve a BBC África. 

O presidente Mnangagwa recebeu apelos de seus antigos apoiadores para renunciar, alegando má gestão e corrupção. No início desta semana, Mnangagwa aposentou abruptamente seu chefe do exército, o tenente-general Anselem Sanyatwe, nomeando-o ministro dos esportes, artes e cultura. 

Emmerson Mnangagwa tornou-se presidente em 2017, após um golpe contra o líder de longa data Robert Mugabe, e actualmente está a cumprir seu segundo e último mandato, que expira em 2028.

Os problemas começaram a surgir durante os comícios do partido governista Zanu-PF, no ano passado, após relatos de que Mnangagwa quer  permanecer no cargo. Apesar de uma garantia recente de Mnangagwa de que ele pretendia renunciar em três anos, muitos continuam não convencidos.

As críticas sobre sua liderança vindas de dentro do partido e as acusações de que ele pretende se agarrar ao poder evocaram memórias dos acontecimentos que antecederam o golpe que derrubou Mugabe.

Embora não esteja claro quanto apoio público os veteranos têm para os protestos planejados, o ministro da segurança alertou os zimbabuanos contra a participação nas manifestações.

A polícia anunciou uma proibição de quatro dias ao porte de armas ou quaisquer instrumentos que possam ser usados ​​para causar violência na capital.

Há preocupações de que o Sudão do Sul esteja à beira de uma nova guerra civil após a prisão do principal líder do partido de oposição, Riek Machar. O seu partido disse, na quinta-feira, que sua detenção “desmoronou” um acordo de paz de 2018, que encerrou cinco anos de conflitos, que deixaram centenas de milhares de mortos, segundo escreveu a African News.

Seu vice-presidente, Oyet Nathaniel Pierino, disse que o acordo “foi revogado” e que a prisão de Machar mostra falta de boa vontade política, para alcançar paz e estabilidade. Sob o frágil acordo de partilha de poder, o presidente Salva Kiir lidera um governo de unidade com Machar, um antigo líder rebelde, como primeiro vice-presidente.

Há outros quatro vice-presidentes no país. Um membro do partido de Machar, o Movimento/Exército de Libertação do Povo do Sudão – Na Oposição (SPLM-IO), disse que um comboio de veículos armados entrou em sua residência, na quarta-feira, e o prendeu.

Machar é acusado de apoiar a milícia do Exército Branco, que entrou em confronto com os militares no estado do Alto Nilo, no início deste mês.

Os dois lutaram lado a lado durante a guerra civil, mas o SPLM-IO negou qualquer ligação com o grupo.

Machar e sua esposa estão detidos em sua casa na capital, Juba. Houve ampla condenação internacional à sua prisão.

A missão de paz das Nações Unidas no país (UNMISS) alerta que um novo conflito vai devastar não apenas o Sudão do Sul, mas toda a região.

O chefe da UNMISS, Nicholas Haysom, disse que depois dos relatos da detenção de Machar todas as partes deveriam “exercer contenção e defender o Acordo de Paz revitalizado”.

O presidente da Comissão da União Africana, Mahmoud Ali Youssouf, disse que enviaria uma equipe para Juba “como parte dos esforços para acalmar a situação”. Em uma declaração no X, o departamento de assuntos africanos do Departamento de Estado dos EUA pediu que Kiir revertesse a prisão domiciliar e “impedisse uma maior escalada da situação”.

As tensões aumentaram entre os partidos de Kiir e Machar e pioraram desde o ataque de Março à base militar.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, sugeriu a possibilidade de a Ucrânia ser colocada sob uma administração temporária, para permitir novas eleições e a assinatura de acordos-chave, com o objetivo de chegar a uma resolução do conflito. 

Segundo a agência de notícias Lusa, a informação foi avançada, esta quinta-feira, por agências noticiosas russas. 

A sugestão da administração temporária da Ucrânia foi feita durante uma visita ao porto de Murmansk, no norte do país, durante a qual Putin também afirmou que a Rússia estava a avançar gradualmente, mas com confiança, para a realização dos seus objetivos no conflito com a Ucrânia. 

Além disso, o presidente russo disse acreditar que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tem procurado melhorar os laços com Moscovo e deseja a paz na Ucrânia, destaca a Reuters.

Na mesma visita, Vladimir Putin apontou que a Rússia está disposta a cooperar com a Coreia do Norte, para encontrar uma solução para a guerra. 

A guerra em curso, recorde-se, foi desencadeada pela invasão russa da Ucrânia a 24 de Fevereiro de 2022, para, segundo Vladimir Putin, “desmilitarizar e desnazificar” o país.

Seis pessoas morreram e nove ficaram feridas quando um submarino turístico transportando 45 passageiros afundou na costa egípcia, esta quinta-feira.

Equipas de emergência resgataram 29 pessoas do naufrágio numa das praias da área de passeio turístico no resort de Hurghada, no Mar Vermelho.

Além dos tripulantes, havia 45 passageiros a bordo, todos russos e alguns menores de idade, de acordo com as autoridades consulares russas em Hurghada.

O submarino, que pertencia ao Sindbad Hotel em Hurghada, estava em um passeio regular para ver recifes de corais. Ele partiu por volta das 10 da manhã de quinta-feira e afundou quando estava a cerca de 1 quilômetro (aproximadamente meia milha) da costa.

Os resgatados foram levados para hospitais e estão em condição estável, de acordo com o consulado russo. Ainda não se sabe o que causou o naufrágio.

O navio, que era operado por uma empresa sediada em Hurghada chamada Sindbad Submarines, tem 44 assentos para passageiros, dois assentos para piloto e uma janela de visualização redonda para cada passageiro, de acordo com o site da empresa.

Em Novembro, um iate turístico afundou no Mar Vermelho após alertas de águas agitadas, disseram autoridades egípcias. Pelo menos quatro pessoas se afogaram, enquanto 33 foram resgatadas.

A França anunciou, esta quarta-feira, um reforço de dois mil milhões de euros, em apoio militar à Ucrânia. Os líderes dos dois países tiveram um encontro na capital francesa

Emmanuel Macron recebeu o seu homólogo ucariano, Volodymyr Zelensky, em Paris. Após o encontro, realçou o seu apoio a Ucrânia, anunciando ajuda financeira de dois mil milhões de euros, em apoio militar a Kiev.

“Estes dois mil milhões de euros de apoio extra fazem parte de uma primeira tranche com vista a mobilizar também amanhã todos os parceiros para continuarmos este apoio imediato a Ucrânia”, explicou o presidente francês, referindo-se à cimeira que decorre esta quinta-feira em Paris.

Referindo-se às negociações para a paz, lideradas pelos Estados Unidos da América, Emmanuel Macron afirmou que a Rússia mostra nas suas acções o desejo de continuar com a guerra, e foi optimista em declarar que as conversações estão numa fase decisiva para pôr término à guerra.

Volodymyr Zelensky também fala de momentos decisivos.

“Este é o momento decisivo para o mundo. A forma como hoje os líderes desenharem a segurança na Europa terá impacto em muitas gerações vindouras”, disse Zelensky.

O apoio financeiro foi anunciado um dia antes de uma cúpula com apoiantes da Ucrânia.

O Presidente brasileiro, Lula da Silva, criticou, hoje, o seu homólogo norte-americano, Donald Trump, dizendo que Trump “não é o xerife do mundo” e ameaçou reagir com “reciprocidade” às tarifas dos EUA sobre as importações de aço brasileiro.

Numa conferência de imprensa, esta quinta-feira, em Tóquio, durante a sua visita de Estado, Luiz Inácio Lula da Silva disse que o Brasil tem “duas decisões a tomar” em resposta às tarifas de 25%, que entraram em vigor este mês: a primeira é recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) e, se isso não funcionar, “recorrer a outras ferramentas”.

Lula mencionou especificamente a opção de “aumentar as tarifas sobre os produtos americanos” importados pelo Brasil, o que definiu como “pôr em prática a lei da reciprocidade”.

“Estou muito preocupado com a política do Governo americano, por causa dessas tarifas sobre todos os produtos de todos os países”, disse ainda Lula à imprensa em Tóquio, no final da sua visita, quando questionado sobre as novas tarifas de 25% sobre todos os automóveis importados pelos EUA a partir de 02 de abril, anunciadas na véspera por Trump.

“Estou preocupado porque o livre comércio é que está a ser prejudicado, porque o multilateralismo está a ser derrotado, e estou preocupado porque o Presidente americano não é o xerife do mundo, é apenas o Presidente dos Estados Unidos”, sublinhou o líder de esquerda.

Em vez de impor “medidas unilaterais”, Lula considera que seria mais adequado “conversar com outros líderes”, para chegar a um acordo sobre políticas de preços benéficas para todas as partes.

“Sinceramente, não sei qual é o benefício de aumentar em 25% as tarifas sobre os carros comprados no Japão”, disse o líder brasileiro sobre o país asiático, segundo cita Lusa. 

Lula chegou ao Japão na segunda-feira, para uma visita de Estado de quatro dias, que termina hoje, antes de seguir para o Vietname, onde deverá encontrar-se com o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh, e com o Presidente vietnamita, Luong Cuong, a partir de sexta-feira.

Numa cimeira realizada na véspera com o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, os dois líderes concordaram em lançar iniciativas conjuntas de descarbonização e reforçar os laços comerciais, com um futuro acordo de comércio livre entre o país asiático e o Mercosul no horizonte e no atual contexto de guerra comercial e negacionismo climático.

Durante a visita, o Presidente brasileiro sublinhou a mensagem de que a democracia, o comércio livre e o multilateralismo estão em perigo a nível mundial perante o aumento do protecionismo, do autoritarismo e da “nova guerra fria” entre os Estados Unidos e a China.

O Presidente do Burundi diz que o Ruanda está a planear atacar o seu país. Évariste Ndayishimiye também disse que Ruanda tentou lançar um golpe há uma década no Burundi, semelhante ao “que está a fazer na República Democrática do Congo” agora. 

Ruanda já reagiu, chamando os comentários do Presidente de “surpreendentes” e insistindo que os dois vizinhos estão cooperando em planos de segurança para sua fronteira compartilhada, que está fechada há mais de um ano. 

Apesar das extensas evidências da ONU, Ruanda sempre negou armar e apoiar o grupo rebelde M23, que recentemente tomou grandes partes do leste da RD do Congo junto com as tropas ruandesas. Ruanda também negou ligações com o ressurgente grupo rebelde Red Tabara, que o presidente Ndayishimiye diz ser uma força proxy semelhante ao M23 e está sendo apoiado por Ruanda para desestabilizar o Burundi. 

“Eles diriam que é um problema interno quando é Ruanda quem é o problema. Sabemos que ele [o presidente de Ruanda, Paul Kagame] tem um plano para atacar Burundi”, acrescentou Ndayishimiye, garantindo ter informações confiáveis da inteligência. 

Ndayishimiye acrescentou: “Estamos a pedir aos nossos vizinhos que respeitem os acordos de paz que fizemos. “Não há necessidade de entrarmos em guerra. Queremos o diálogo, mas não ficaremos parados se formos atacados”, disse o Presidente, em declarações à BBC. 

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