O País – A verdade como notícia

O tenente-general Tadesse Werede foi nomeado Presidente interino da região de Tigray, esta terça-feira, substituindo Getachew Reda. Antes de sua nomeação, Tedese ocupou o cargo de vice-presidente da administração interina de Tigry e chefe do secretariado do gabinete para paz e segurança. 

A ele foi incumbida a missão de garantir o retorno total das Pessoas Deslocadas Internamente (PDIs) às suas casas originais e o rápido desarmamento e a reintegração de ex-combatentes, em conformidade com o Acordo de Pretória. 

A cerimónia de posse contou com a presença de importantes autoridades do governo e do recém-eleito presidente da União Africana (UA), Mahmoud Ali Youssouf. 

Havia preocupações na região de que a crescente divisão política dentro da Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF) pudesse levar a uma guerra civil completa, como a que terminou em 2022 com a assinatura de um acordo de paz. 

O partido vem pedindo a demissão de Reda e outros desde o ano passado, tentando nomear um novo grupo de candidatos apoiados por ele e removendo-o, junto com alguns membros do gabinete, da filiação partidária. 

Em Março, soldados armados leais ao partido assumiram a administração de cidades importantes, incluindo a segunda maior cidade da região, Adigrat, no que Reda chamou de “golpe” e, com o conflito se intensificando, ele fugiu para a capital, Adis Abeba. 

A Argélia proibiu voos de e para Mali, após repetidas violações de seu espaço aéreo, de acordo com a televisão estatal do país. A medida ocorre em meio a tensões crescentes entre os dois países.

A decisão, anunciada no domingo, segue uma série de incidentes em que a aeronave do Mali supostamente violou o espaço aéreo da Argélia. Em resposta, o Governo tomou medidas para garantir sua soberania e segurança na região, segundo escreveu o portal de notícias African News.

Mali, que tem enfrentado desafios de segurança contínuos nos últimos anos, ainda não respondeu formalmente à última acção da Argélia. 

À medida que a situação se desenrola, analistas sugerem que a proibição do espaço aéreo pode impactar as viagens e o comércio regionais. As duas nações são actores-chave na África Ocidental, e suas tensões serão observadas de perto por outros governos da região.

A organização Defesa Civil da Faixa de Gaza anunciou, hoje, a morte de 19 pessoas em ataques israelitas no enclave palestiniano, entre a noite de segunda-feira e a madrugada de hoje. Nove pessoas, incluindo cinco crianças, foram mortas na noite de segunda-feira, num ataque a uma casa em Deir el-Balah (centro).

Na madrugada desta terça-feira, segundo Lusa, dez pessoas foram mortas em dois ataques, um na cidade de Gaza e outro em Beit Lahia (norte), disse à agência France-Presse o porta-voz desta organização de primeiros socorros Mahmoud Bassal.

Líderes de seis agências da ONU apelaram, na segunda-feira, aos governantes mundiais para “agirem com firmeza, urgência e de forma decisiva” perante o “total desrespeito pela vida humana”, observado na guerra em curso na Faixa de Gaza.

Numa declaração conjunta, os líderes das seis agências, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Agência de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA), sublinharam que há mais de um mês que nenhum abastecimento comercial ou humanitário entra no enclave palestiniano.

Em consequência, declararam, mais de 2,1 milhões de pessoas estão encurraladas, enquanto estão a ser bombardeadas e sujeitas novamente à fome.

As autoridades de Gaza elevaram para mais de 50 700 o número de pessoas mortas na guerra que Israel trava no enclave palestiniano contra o Hamas, iniciada horas depois do ataque de dimensões sem precedentes cometido pelo grupo extremista palestiniano em território israelita a 07 de Outubro de 2023, que fez cerca de 1 200 mortos, na maioria civis, e 251 sequestrados.

Cerca de 1 400 mortes ocorreram desde 18 de Março, quando o exército israelita quebrou o cessar-fogo assinado em Janeiro com o Hamas e retomou os bombardeamentos e a ofensiva terrestre.

Pelo menos 33 pessoas morreram devido a inundações provocadas por chuvas torrenciais, que atingiram Kinshasa, capital da República Democrática do Congo (RDC), no fim de semana, segundo um novo balanço divulgado na tarde de ontem pelo Governo congolês.

A notícia publicada pelo Notícias ao Minuto dá conta de que, através de um comunicado, o Ministério do Interior informou que 46 pessoas foram hospitalizadas na sequência da tempestade, que ocorreu na noite de sexta-feira para sábado e afectou diferentes zonas da capital, causando “danos materiais significativos”.

Já o Ministério da Saúde activou um destacamento médico de emergência para prestar assistência e conter outros potenciais efeitos das inundações.

O Ministro da Saúde da RDC, Samuel Roger Kamb, deslocou-se a algumas das zonas mais afectadas, incluindo as margens do rio Ndjili.

O governador de Kinshasa, Daniel Bumba, exortou a população a deixar de construir casas em zonas restritas e propensas a inundações.

A maioria das mortes foi causada pelo desabamento de muros e estruturas, que levou as autoridades a questionarem a má qualidade das construções, que são incapazes de resistir a uma tempestade desta dimensão.

As inundações cortaram o acesso ao principal aeroporto do pais, danificando a estrada principal, mas já foi reaberta ao tráfego ligeiro, prevendo-se que nas próximas horas seja aberta a todo o tráfego, referiu Daniel Bumba.

A estrada liga também Kinshasa a várias regiões do país e as autoridades estão preocupadas com o impacto na circulação e abastecimentos de outras localidades.

Em 2022, pelo menos cem pessoas morreram durante uma inundação semelhante em Kinshasa.

A Rússia acusa os Estados Unidos da América de estarem a tornar a economia global extremamente instável. A colocação é do porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que voltou a condenar as tarifas aplicadas por Donald Trump aos países do mundo. 

Os Estados Unidos decidiram aplicar tarifas nas importações de produtos para quase todos os países do mundo, e o facto já começa a sufocar o mercado internacional. Esta segunda-feira, a Rússia, através do seu porta-voz, acusou Washington de estar a tornar a economia global instável. 

“Estamos a monitorizar de perto a situação, que é actualmente extremamente instável, tensa e emocionalmente carregada, após a decisão dos EUA de impor tarifas à maioria dos países”, disse.

O Kremlim admite estar a sofrer os efeitos das medidas da administração  Trump e promete acções para minimizar os efeitos. “A situação actual não está apenas bastante tensa, mas também ficou refém de expectativas negativas que as autoridades russas estão a fazer e farão tudo o que for necessário para minimizar as consequências desta tempestade económica internacional”.

Apesar destes pronunciamentos, a Rússia e os Estados Unidos continuam próximos desde que Trump chegou à Casa Branca.  Pela primeira vez desde 2022, uma alta autoridade russa deslocou-se a Washington para reforçar o diálogo directo bilateral.

O Ministério da Defesa da Rússia diz que suas forças atacaram a base de artilharia da Ucrânia, no domingo, enquanto o lado ucraniano alega ter repelido várias ofensivas russas em várias direcções no mesmo dia.

Durante sua comunicação diária, o Ministério da Defesa russo relatou que seus militares atacaram a base de artilharia ucraniana e a fábrica de drones e veículos aéreos não tripulados nas primeiras horas da manhã do último domingo.

Nas últimas 24 horas, a Ucrânia lançou sete ataques à infra-estrutura de energia russa, danificando unidades de fornecimento de energia, o que deixou vários lugares sem electricidade.

No mesmo dia, o Estado-Maior das Forças Armadas da Ucrânia disse que 75 combates ocorreram nas áreas da linha de frente, com vários assentamentos na região de Sumy sendo atacados por artilharia russa.

Além disso, as forças ucranianas repeliram dezenas de ataques russos em Lyman, Pokrovsk e outras direcções.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky disse que tropas russas dispararam mísseis do Mar Negro contra a Ucrânia e apelou à comunidade internacional para continuar pressionando a Rússia para encerrar o conflito.

A notícia é avançada pela  Associated Press. Grandes enchentes na capital congolesa, Kinshasa, mataram, pelo menos, 22 pessoas e cortaram o acesso a algumas regiões da cidade e também ao principal aeroporto do país, disseram autoridades no domingo.

A maioria das mortes de sexta-feira foi causada pelo desabamento de muros, disse o ministro provincial da saúde, Patricien Ngongo, citado pela Associated Press.

Várias estradas foram danificadas, o que impediu o trânsito normal. “Estamos aqui desde o anoitecer, mas não fizemos nenhum progresso, porque nos disseram que a estrada está cortada em duas partes e temos mercadorias que vamos buscar”, disse Blaise Ndendo, um motorista de caminhão.

Em 2022, pelo menos 100 pessoas morreram durante enchentes semelhantes em Kinshasa.

Após a inundação, vários membros proeminentes da sociedade civil em Kinshasa pediram a renúncia do prefeito, enquanto o governo local alegou que as casas inundadas “não foram construídas de acordo com os padrões de planejamento urbano”.

Segundo a  Associated Press além das 22 mortes, 46 pessoas foram hospitalizadas e outras 75 famílias serão abrigadas temporariamente em um estádio próximo.

O presidente da África do Sul disse, no domingo, que o seu Governo não vai responder por despeito ou guiado por emoções às tarifas de 31%, que o Presidente dos Estados Unidos impôs às exportações sul-africanas.

“Estas são questões que vamos continuar a tratar de forma muito responsável e muito apropriada. Não somos um Governo que age por despeito e não somos um Governo que age por emoção”, disse Cyril Ramaphosa à imprensa durante uma assembleia do seu partido, o Congresso Nacional Africano (ANC), citado pelo Notícias ao Minuto.

O líder sul-africano defendeu que os EUA, “como país soberano, têm o direito de tomar as decisões que quiserem”. “Eles impuseram tarifas e estamos a examinar o impacto que terão sobre nós”, acrescentou.

Na sexta-feira, o ministro das Relações Internacionais e da Cooperação da África do Sul, Ronald Lamola, afirmou que as tarifas recíprocas acfetariam vários sectores da economia sul-africana, incluindo a indústria automóvel, a agricultura, os alimentos e bebidas processados, os metais, os produtos químicos e outros segmentos da indústria.

Embora alguns produtos, como o aço, os produtos farmacêuticos e certos minerais críticos e recursos energéticos, tenham beneficiado de isenções, Lamola advertiu que as tarifas terão “implicações para o emprego e o crescimento” no país.

Para contrariar o impacto, Lamola disse que Pretória já está a trabalhar para diversificar os destinos de exportação para novos mercados em África, na Ásia, na Europa, no Médio Oriente e nas Américas.

Na quarta-feira, durante um evento na Casa Branca, o Presidente norte-americano, Donald Trump, impôs uma tarifa universal de 10%, que entrou em vigor no sábado, e uma taxa adicional sobre o que Washington considera serem os “piores infractores” pelas suas barreiras aos produtos norte-americanos.

Trump também ordenou, a 07 de Fevereiro, o bloqueio de toda a ajuda à África do Sul, depois de acusar o Governo sul-africano de “confiscar” terras à minoria branca ‘afrikaner’ (descendentes de colonos holandeses) e de prejudicar Israel com a sua acusação de genocídio perante o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ).

Os países africanos para os quais foram anunciadas tarifas incluem também o Lesoto (50%), Madagáscar (47%), Angola (32%), África do Sul (31%), Namíbia (21%), Zâmbia (17%), Moçambique (16%), Nigéria (14%), Guiné-Equatorial (13%), República Democrática do Congo (11%) e Camarões (11%), além de vários Estados do continente terem sido abrangidos pelas tarifas de 10% que entraram em vigor no sábado.

O Alto Comissariado do Ruanda em Moçambique junta-se ao mundo em recordação e respeito às vítimas e sobreviventes do Genocídio de 1994 contra os Tutsi no Ruanda. Mais de um milhão de Tutsis morreram e o país foi reduzindo a níveis mínimos em todos os aspectos.

Segundo um comunicado do Alto Comissariado do Ruanda em Moçambique, 2025 marca a passagem de 31 anos do Genocídio que ocorreu durante cerca de 100 dias provocou a morte  brutal de mais de um milhão de Tutsis, incluindo crianças, mulheres grávidas 

A data é celebrada em referência à decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas (nº 72/550 de 26/01/2018) que designa o dia 07 de Abril como o Dia Internacional de Reflexão sobre o Genocídio de 1994 contra os Tutsi no Ruanda.

Kwibuka é um momento para reflectir sobre a jornada de reconstrução, resiliência e unidade do Ruanda, honrando e mantendo a memória daqueles que morreram durante cem dias de Genocídio Sendo um dia de reflexão, somos recordados sobre os factores que levaram a tais atrocidades em massa, para que renovemos os esforços colectivos para evitar que tal evento aconteça novamente, especialmente neste período, onde vemos crescentes expressões de extremismo e ódio em várias regiões de países vizinhos e além fronteiras. 

A recordação é um gesto que diz ao mundo para se unir e dizer “Nunca Mais”, buscar justiça aos perpetradores do Genocídio de 1994 contra os Tutsi e apoiar os sobreviventes desta catástrofe. Este deve ser um momento importante para rejeitar a negação, o revisionismo e a negação do Genocídio do Ruanda, seja por meio de legislação ou por meio de resoluções da Assembléia Parlamentar, porque os perpetradores do Genocídio de 1994 contra os Tutsi continuam soltos ao redor do mundo. 

É digno que o Governo da República de Moçambique ractificou e assinou os instrumentos legais do Tratado de Extradição e do Acordo de Assistência Jurídica Mútua em Matéria Penal com o Ruanda, o que evidencia um  esforço nobre por parte do Governo, que ajudará a levar à justiça os responsáveis ​​pelas atrocidades, bem como  erradicar a cultura de impunidade.

Durante a semana de luto que inicia a 7 de Abril corrente, e termina no dia 13 do mesmo mês, o Alto Comissariado do Ruanda terá a sua bandeira Nacional hasteada a meio mastro, sendo que no período da tarde, terá lugar na Chancelaria, uma exposição fotográfica e filme – documentários sobre o Genocídio de 1994 contra os Tutsi no Ruanda, explicando as causas e consequências do Genocídio, bem como partilhando a história de reconciliação e construção da Nação  Ruandesa,  cujos esforços tremendos ergueram o país das cinzas sob a liderança visionária do Presidente Paul Kagame.

No próximo domingo, dia 13 de abril, haverá uma caminhada de recordação, num percurso será de 1,5 quilómetros.

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