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O Presidente norte-americano, Donald Trump, está desapontado com a falta de correspondência da Rússia e Ucrânia, no seu plano de estabelecer a paz entre as partes. Washington ameaça impor tarifas adicionais à Rússia, caso não estabeleça cessar-fogo até fim de Abril.  

Resolver as diferenças entre Rússia e Ucrânia fazia parte dos objetivos da política externa da administração Trump, para os primeiros dias após a retoma da Casa Branca, mas tal, parece ser um objectivo ainda longe de ser alcançado.

Esta sexta-feira, a porta-voz de Washington disse que Donald Trump está frustrado devido à falta de  consenso entre Putin e Zelenski.

“Como estas negociações estão em curso, obviamente não me vou adiantar ao presidente ou à sua equipa, mas penso que o presidente deixou bem claro que está continuamente frustrado com ambos lados deste conflito e quer ver esta luta terminar. Ele quer que a guerra acabe. Acreditamos que temos influência na negociação de um acordo, um acordo de paz, e vamos usar essa influência, e o presidente está determinado a levá-lo até ao fim”, disse o porta-voz.

A China decidiu aplicar tarifa de 125% sobre os produtos norte-americanos como resposta à guerra económica com os EUA, entretanto, a porta-voz da Casa Branca promete que tal não vai mexer com os americanos.

“Se a China continuar a retaliar, não será bom para si. Os Estados Unidos da América são a economia mais forte e melhor do mundo, como evidenciado pelos mais de 75 países, que pediram imediatamente à administração que fechasse bons acordos. Então, o presidente quer fazer o que é certo para o povo americano”.

Sobre o contexto Rússia e Ucrânia, Washington ameaça impor tarifas adicionais à Rússia caso não abra espaço para um cessar-fogo até o fim de Abril corrente.

A Ucrânia e os Estados Unidos vão iniciar, na sexta-feira, em Washington, “consultas técnicas” sobre o acordo relativo aos minerais, segundo anunciou, hoje, em Bruxelas, a vice-primeira-ministra ucraniana para a Integração Europeia e Euro-Atlântica, Olga Stefanishyna.

A Notícia foi publicada pelo Notícias ao Minuto. A delegação ucraniana é constituída por membros dos ministérios da Justiça e da Economia, referiu a vice-primeira-ministra durante uma conferência de imprensa, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse anteriormente que pretendia recuperar o dinheiro gasto por Washington para ajudar a Ucrânia a resistir à invasão russa através dos lucros gerados pela exploração dos recursos naturais ucranianos.

A vice-primeira-ministra disse que “nada (…) pode ser negociado com a Ucrânia de forma a prejudicar os compromissos e obrigações existentes” ao ser questionada sobre a possibilidade de o futuro acordo incluir disposições contrárias aos interesses europeus.

“O acordo final terá de ser ajustado posteriormente”, acrescentou.

As negociações diretas surgem depois de os Estados Unidos terem entregado à Ucrânia, em 28 de março, uma nova proposta de acordo com condições adicionais ao que tinha sido acordado entre as duas partes.

Uma primeira versão do acordo deveria ter sido assinada durante a visita falhada do Presidente Volodymyr Zelensky à Casa Branca, em 28 de fevereiro.

O projeto de acordo consensual previa a criação de um fundo de investimento conjunto, dominado pelos Estados Unidos, a ser alimentado pelas receitas da futura exploração dos recursos naturais ucranianos.

O fundo deveria servir para atrair investimentos norte-americanos para a Ucrânia.

A nova proposta de Washington, que foi divulgada a meios de comunicação ucranianos como o Ukrainska Pravda, obriga a Ucrânia a reconhecer como dívida o dinheiro gasto por Washington para apoiar Kiev na guerra.

Também dá prioridade às empresas norte-americanas em concursos para projetos de extração de recursos minerais na Ucrânia.

Zelensky deixou claro que não reconhecerá quaisquer dívidas por ajudas recebidas como donativos no passado, nem aceitará condições que possam pôr em risco as hipóteses de adesão do país à União Europeia.

A notícia é avançada por Lusa. A moeda chinesa, o yuan, desvalorizou para os níveis mais baixos desde 2007, face ao dólar norte-americano, numa altura de agravamento das tensões comerciais entre Pequim e Washington.

O yuan negociado no mercado chinês enfraqueceu no início da sessão de hoje para 7,351 por cada unidade de dólar, o valor mais baixo em quase 18 anos.

O Banco Popular da China, que gere a moeda através da fixação da taxa diária em torno da qual esta pode ser transacionada, estabeleceu essa taxa em 7,209 yuan por dólar.

O yuan negociado nos mercados internacionais (‘offshore’), que é transacionado livremente, caiu para 7,429 por cada dólar norte-americano, durante as negociações de quarta-feira.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, advertiu no mesmo dia a China contra uma desvalorização da moeda.

O yuan caiu desde que Donald Trump garantiu um segundo mandato como Presidente dos Estados Unidos, em Novembro passado, revertendo os ganhos anteriores, na sequência das medidas de estímulo adotadas por Pequim, no final de setembro.

A desvalorização da moeda chinesa serve para amortecer o impacto das taxas alfandegárias impostas por Trump sobre bens oriundos da China. Durante o seu primeiro mandato (2017-2021), também marcado por uma guerra tarifária com a China, o yuan enfraqueceu mais de 12%, em relação ao dólar norte-americano.

O líder republicano aumentou, na quarta-feira, as tarifas sobre produtos oriundos da China para 125%.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, esta quarta-feira, a suspensão das tarifas por 90 dias  aos países que não tenham retaliado aos EUA. A decisão não abrange a China, país que terá de enfrentar taxas de 125%.

“Com base na falta de respeito que a China tem demonstrado para com os mercados mundiais, aumentei a tarifa cobrada à China pelos Estados Unidos para 125%, com efeitos imediatos. A dada altura, esperemos que num futuro próximo, a China perceberá que os dias de roubo aos Estados Unidos e a outros países já não são sustentáveis ou aceitáveis”, escreveu Trump, na sua rede social, Truth Social.

Trump elencou “mais de 75 países que chamaram representantes dos Estados Unidos, incluindo os Departamentos do Comércio, do Tesouro e o Escritório do Representante de Comércio, para negociar uma solução para os assuntos que estão a ser discutidos em relação ao comércio, barreiras comerciais, tarifas, manipulação de moeda, e tarifas não monetárias”.

A China anunciou também que aumentaria as suas taxas de retaliação sobre os produtos americanos para 84%, em vez dos 34% inicialmente previstos, numa nova escalada da guerra comercial entre Pequim e Washington.

Pequim deu também conta de que voltou a remeter à Organização Mundial do Comércio (OMC) a questão das tarifas, depois de Donald Trump ter imposto um novo aumento, que chegava aos 104%.

As taxas sobre os produtos do gigante asiático aumentaram de 34% para 84%, valores a que juntavam os 20% impostos desde Janeiro.

Depois das suas sentenças de morte, por um tribunal militar em Setembro de 2024, os três americanos condenados por tentativa de golpe contra o Governo de Félix Tshisekedi estão agora de volta à custódia dos EUA, onde vão cumprir as suas sentenças.

Entre os três americanos estava Marcel Malanga, de 21 anos, filho do líder da oposição Christian Malanga, que liderou a tentativa frustrada de golpe, que teve como alvo o palácio presidencial em Kinshasa.

O velho Malanga, que transmitiu ao vivo do palácio durante o atentado, foi morto posteriormente enquanto resistia à prisão, segundo as autoridades congolesas. Marcel Malanga disse que seu pai o forçou a participar.

Também foram repatriados Tyler Thompson Jr., 21, amigo do jovem Malanga que voou de Utah para a África para o que sua família acreditava serem férias gratuitas, e Benjamin Reuben Zalman-Polun, 36, que teria conhecido Christian Malanga por meio de uma empresa de mineração de ouro.

O perdão e a repatriação ocorreram em meio a esforços das autoridades congolesas para assinar um acordo de minerais com os EUA em troca de apoio de segurança na luta contra rebeldes no leste da RDC.

Desde Janeiro, as forças armadas congolesas têm lutado para conter uma rápida ofensiva do grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, nas províncias do Kivu do Norte e do Sul.

As tarifas, que o presidente dos EUA chama de “recíprocas”, entram hoje em vigor, tratando-se de uma taxa que se soma à tarifa mínima global de 10% que se começou a aplicar em 5 de Abril.

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou na passada quarta-feira, num dia que apelidou de “dia da libertação”, uma tarifa de 10% sobre 184 países e territórios, incluindo a União Europeia (UE), bem como a imposição de uma tarifa adicional para aqueles que considera serem os “piores infratores”.

Está em causa uma tarifa “recíproca”, que corresponde a cerca de metade da taxa aplicada pelos outros países aos EUA, disse Trump, tendo exibido uma tabela com o nível das barreiras comerciais e não comerciais sobre produtos norte-americanos em vários países.

Segundo escreveu Lusa, as tarifas contemplam uma taxa de 20% sobre as importações da União Europeia e de 34% sobre os produtos chineses, enquanto os produtos da Índia passam a pagar 26%, de Taiwan 32% e do Vietname 46%.

Encontram-se na lista ainda outros países, que podem no entanto entrar em negociações com os EUA para impedir a aplicação imediata das tarifas.

Para o Japão, estava prevista uma taxa de 24%, mas o país está em conversações com os Estados Unidos sobre as tarifas, sendo que o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, pediu que Washington revisse as medidas no âmbito das consultas entre as duas partes.

Entretanto, na terça-feira, a Casa Branca confirmou que os EUA passarão a taxar a 104% as importações chinesas a partir de hoje, cumprindo a ameaça de aumento das tarifas em 50 pontos percentuais (acima dos 54% previstos), após a China ter anunciado que vai impor uma tarifa de 34% sobre as importações de todos os produtos dos Estados Unidos a partir de 10 de Abril.

Já a UE espera apresentar a resposta às tarifas de 20% impostas pelos Estados Unidos no início da próxima semana.

Segundo a Casa Branca, estas tarifas adicionais “permanecerão em vigor até que o presidente Trump determine que a ameaça representada pelo défice comercial e pelo tratamento não recíproco subjacente seja satisfeita, resolvida ou mitigada”, cita Lusa. 

A ordem executiva que foi assinada “também contém autoridade de modificação, permitindo que o presidente Trump aumente a tarifa se os parceiros comerciais retaliarem, ou diminua as tarifas se os parceiros comerciais tomarem medidas significativas para remediar acordos comerciais não recíprocos e se alinharem com os Estados Unidos em questões económicas e de segurança nacional”.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaça aumentar para 50% as taxas de importação de produtos e bens oriundos da China. A promessa surge depois de Pequim ter subido as tarifas de 20% para 34%.

Donald Trump continua a interferir na economia mundial com suas medidas presidenciais. Esta semana, a guerra comercial, diga-se, entre os EUA e a China ganhou novo rumo, com Washington a ameaçar aumentar as tarifas de importação para 50% se Pequim mantiver a resposta à ofensiva tarifária.

Na última sexta-feira, a China anunciou intenção de retaliar contra as taxas alfandegárias anunciadas por Donald Trump na quarta-feira. Pequim quer taxar 34% produtos oriundos dos EUA, acima dos 20 por cento que já existiam anteriormente. 

A China está disposta a negociar, mas Trump declarou nas redes sociais que não responderia aos pedidos de reuniões com autoridades chinesas, mas revelou que negociações com outros países, que também pediram reuniões, estão para breve.

A China prometeu ainda sanções contra empresas norte-americanas, restrições de exportação e abertura de investigação antimonopólio. 

De acordo com a RTP África, o governo de Xi Jinping reconheceu que as medidas dos EUA terão impacto negativo sobre a economia do país, mas disse estar preparada para o momento.

 

O tenente-general Tadesse Werede foi nomeado Presidente interino da região de Tigray, esta terça-feira, substituindo Getachew Reda. Antes de sua nomeação, Tedese ocupou o cargo de vice-presidente da administração interina de Tigry e chefe do secretariado do gabinete para paz e segurança. 

A ele foi incumbida a missão de garantir o retorno total das Pessoas Deslocadas Internamente (PDIs) às suas casas originais e o rápido desarmamento e a reintegração de ex-combatentes, em conformidade com o Acordo de Pretória. 

A cerimónia de posse contou com a presença de importantes autoridades do governo e do recém-eleito presidente da União Africana (UA), Mahmoud Ali Youssouf. 

Havia preocupações na região de que a crescente divisão política dentro da Frente de Libertação do Povo Tigré (TPLF) pudesse levar a uma guerra civil completa, como a que terminou em 2022 com a assinatura de um acordo de paz. 

O partido vem pedindo a demissão de Reda e outros desde o ano passado, tentando nomear um novo grupo de candidatos apoiados por ele e removendo-o, junto com alguns membros do gabinete, da filiação partidária. 

Em Março, soldados armados leais ao partido assumiram a administração de cidades importantes, incluindo a segunda maior cidade da região, Adigrat, no que Reda chamou de “golpe” e, com o conflito se intensificando, ele fugiu para a capital, Adis Abeba. 

A Argélia proibiu voos de e para Mali, após repetidas violações de seu espaço aéreo, de acordo com a televisão estatal do país. A medida ocorre em meio a tensões crescentes entre os dois países.

A decisão, anunciada no domingo, segue uma série de incidentes em que a aeronave do Mali supostamente violou o espaço aéreo da Argélia. Em resposta, o Governo tomou medidas para garantir sua soberania e segurança na região, segundo escreveu o portal de notícias African News.

Mali, que tem enfrentado desafios de segurança contínuos nos últimos anos, ainda não respondeu formalmente à última acção da Argélia. 

À medida que a situação se desenrola, analistas sugerem que a proibição do espaço aéreo pode impactar as viagens e o comércio regionais. As duas nações são actores-chave na África Ocidental, e suas tensões serão observadas de perto por outros governos da região.

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