O País – A verdade como notícia

O presidente do Chade, Mahamat Idriss Deby, anunciou, na quinta-feira, que seu país suspenderá a emissão de vistos para cidadãos dos EUA, em resposta à decisão do Governo Trump de proibir os chadianos de visitar os EUA.

O presidente Donald Trump ressuscitou, na quarta-feira, uma política marcante de seu primeiro mandato ao anunciar a proibição de vistos para 12 países, incluindo o Chade, acusando-os de terem triagem e verificação “deficientes” e de historicamente se recusarem a receber de volta seus próprios cidadãos, que permanecerem além do limite de sua capacidade nos Estados Unidos.

A nova proibição tem como alvo Afeganistão, Mianmar, Chade, República do Congo, Guiné Equatorial, Eritreia, Haiti, Irã, Líbia, Somália, Sudão e Iêmen.

Também haverá restrições mais rígidas para visitantes de outros sete países na nova política de viagens que entra em vigor na segunda-feira às 12h01.

Em uma publicação no Facebook, o presidente do Chade disse que está a instruir seu Governo a suspender vistos para cidadãos americanos “de acordo com os princípios de reciprocidade”.

“O Chade não tem aviões para oferecer, nem bilhões de dólares para dar, mas o Chade tem sua dignidade e orgulho”, disse Deby, citado por African News.

Na República do Congo, o porta-voz do governo Thierry Moungalla disse acreditar que o país estava entre os afectados por causa de um “mal-entendido” sobre um ataque armado nos EUA, cujos perpetradores foram “confundidos” com pessoas da República do Congo.

“Obviamente, o Congo não é um país terrorista, não abriga nenhum terrorista e não é conhecido por ter vocação terrorista. Portanto, achamos que isso é um mal-entendido e acredito que, nas próximas horas, os serviços diplomáticos competentes do governo entrarão em contato com as autoridades americanas aqui”, disse ele na capital, Brazzaville.

Em Serra Leoa, um dos países com restrições de viagem mais rígidas, o Ministro da Informação, Chernor Bah, disse que o país está comprometido em abordar as preocupações que motivaram a proibição.

 

Um ataque russo com ‘drones’ e mísseis balísticos matou, pelo menos, quatro pessoas em Kyiv, informaram esta sexta-feira as autoridades da capital ucraniana, com várias outras regiões do país a reportarem bombardeamentos pesados.

Os serviços de emergência indicaram que Kyiv foi alvo de um ataque envolvendo drones e mísseis balísticos que causou explosões e queda de destroços em vários bairros da capital, incluindo um incêndio num edifício de habitação.

De acordo com as autoridades civis e militares da cidade, os carris do metropolitano foram danificados pelo bombardeamento russo. A companhia ferroviária nacional reportou danos nos carris na região, afectando o serviço de comboio que serve a periferia sul de Kiev.

O balanço inicial feito pelas autoridades de Kyiv apontava para, pelo menos, três feridos, para além da confirmação de quatro pessoas mortas, depois de ataques que causaram 20 feridos, incluindo 16 que tiveram de ser hospitalizados.

Fora da capital, várias regiões reportaram bombardeamentos pesados russos. Em Lutsk, no oeste, não muito longe da fronteira com a Polónia, o chefe da administração militar regional mencionou um ataque maciço com mísseis e ‘drones’.

O ataque destruiu parcialmente um edifício residencial de vários andares, ferindo cinco pessoas.

Na Rússia, as autoridades informaram esta sexta-feira que a capital foi alvo de dez drones ucranianos durante a noite. Três aeroportos que servem a cidade foram temporariamente encerrados, de acordo com a agência de transporte aéreo russa, que levantou posteriormente as restrições.

O país celebra, no dia 16 de Junho, o seu Dia Nacional na Expo 2025 Osaka, evento que decorre em Kansai, no Japão, desde 13 de Abril.

Na ocasião, o país estará em destaque por assinalar a efeméride que tem como principal objectivo fortalecer as relações de cooperação bilateral entre os governos de Moçambique e do Japão, bem como estreitar os laços com outros países e organizações que participam na Expo.

A escolha de 16 de Junho surge pelo facto de ser uma data histórica, por assinalar, desta vez, 65 anos do Massacre de Mueda em Moçambique e o Dia da Criança Africana.

O momento solene das celebrações irá acontecer no espaço designado National Day Hall – Ray Garden, e será precedido por visitas aos pavilhões de Moçambique e do Japão e um Fórum de Negócios organizado por Moçambique, no Expo Salon, onde se prevê a participação de cerca de duzentas pessoas, entre empresários moçambicanos, japoneses e de outros países presentes na Expo 2025.

No Fórum de Negócios, Moçambique terá a oportunidade de apresentar potencialidades económicas com destaque para áreas de investimento e negócios, turismo, para além doutros sectores que concorrem para o desenvolvimento socioeconómico do País. O Fórum de Negócios contempla encontros empresariais direccionados (B to B).

No mesmo dia, haverá, igualmente, actividades culturais multidisciplinares com artistas nacionais que irão acompanhar a delegação moçambicana que se deslocará a Japão.

Espera-se que, com a celebração desta efeméride, Moçambique projecte a sua imagem a vários níveis para o mundo.

Por outro lado, e para dar maior visibilidade à participação da República de Moçambique na Expo 2025, o Comissariado-Geral acaba de lançar, numa plataforma digital, a exposição virtual com conteúdos patentes no Pavilhão de Moçambique.

A exposição virtual vai permitir que os moçambicanos e outros interessados, a nível internacional, possam visitar o pavilhão online a qualquer momento e em qualquer lugar, bastando, para o efeito, aceder às páginas oficiais do COGEMO.

Importa referir que, até 13 de Outubro, o País expõe, no seu pavilhão, na Expo 2025, potencialidades diversas que ilustram a riqueza nacional nas áreas ambiental, social, económica, cultural e também 14 iniciativas que sugerem uma série de soluções tecnológicas para resolver problemas locais a vários níveis, respondendo ao tema de Moçambique na EXPO: “Educação e trabalho, utilizando a inteligência artificial e robótica”, no contexto dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Cinco detentos numa prisão da Costa do Marfim foram mortos quando uma busca de rotina se transformou em um confronto violento, segundo disseram autoridades, na quarta-feira.

Prisioneiros em Bouaké , a segunda maior cidade do país, reagiram com “hostilidade” a uma busca de rotina por contrabando, na terça-feira, disse o promotor Abel Nangbelé Yeo em um comunicado, citado por African News. Cinco prisioneiros foram mortos e 29 pessoas, incluindo seis agentes penitenciários e 23 presos, ficaram feridas.

Quando os agentes de segurança chegaram ao prédio, foram atacados por prisioneiros armados com cassetetes , facões e outros objectos contundentes, segundo o comunicado. Os agentes dispararam tiros de advertência “para encobrir a retirada”.

Durante a busca, os policiais apreenderam blocos de maconha, comprimidos de Tramadol, celulares e três granadas.

Refira-se que a Costa do Marfim tem sido criticada por grupos de direitos humanos e pelas Nações Unidas por suas condições prisionais.

No ano passado, o Comitê das Nações Unidas contra a Tortura expressou preocupação com a “altíssima taxa” de superlotação prisional na Costa do Marfim e criticou as condições de detenção, incluindo higiene precária, ventilação precária e alimentação inadequadas. Também expressou preocupação com “a extensão da violência nas prisões “.

Donald Trump, proibiu a entrada nos Estados Unidos de cidadãos de 12 países, com destaque para a Guiné Equatorial. Segundo uma proclamação publicada pela Casa Branca, esta quarta-feira, a medida visa proteger o país de terroristas estrangeiros.

Cidadão do Afeganistão, Birmânia, Chade, República Democrática do Congo, Eritreia, Haiti, Irão, Líbia, Somália, Sudão, Iémen e Guiné Equatorial, esta última membro da CPLP, estão proibidos de entrar nos Estados Unidos a partir do dia 09 de Junho.

A medida foi decretada pelo Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, que diz que vai proteger o país do terrorismo estrangeiro.

“É por isso que, no meu primeiro dia de volta ao cargo, ordenei ao Secretário de Estado que realizasse uma revisão de segurança das regiões de alto risco, e fizesse recomendações sobre onde as restrições deveriam ser impostas. Simplificando, não podemos ter migração aberta de nenhum país onde não possamos examinar e rastrear com segurança e confiabilidade aqueles que buscam entrar nos Estados Unidos”, disse Trump.

Sete outros países estão sujeitos a restrições, designadamente, Burundi, Cuba, Laos, Serra Leoa, Togo, Turquemenistão e Venezuela.

“A intensidade das restrições que estamos a aplicar depende da gravidade da ameaça representada. A lista está sujeita a revisão com base na implementação de melhorias substanciais. Da mesma forma, novos países podem ser adicionados à medida que ameaças surgirem ao redor do mundo. Mas não permitiremos a entrada em nosso país de pessoas que desejam nos prejudicar e nada nos impedirá de manter a segurança dos Estados Unidos”, acrescentou.

As restrições aplicam-se tanto à entrada de imigrantes como de não imigrantes, especifica a ordem executiva assinada por Trump, que é divulgada poucos dias depois do atentado no Colorado.

No domingo, um homem lançou engenhos incendiários contra os participantes numa marcha semanal, no Colorado, em apoio aos reféns israelitas detidos na Faixa de Gaza. Segundo a Casa Branca, o presumível autor do ataque encontrava-se em território norte-americano ilegalmente.

O Papa instou o Presidente russo, Vladimir Putin, a realizar “um gesto que favoreça a paz” na Ucrânia, na primeira conversa telefónica entre os dois líderes desde a eleição de Leão XIV, segundo revelou o Vaticano.

A Santa Sé confirmou uma conversa telefónica entre o Papa Leão XIV e Putin, na tarde de ontem, após o anúncio do diálogo pela presidência russa (Kremlin).

O Vaticano sublinhou que “além de discutir questões de interesse mútuo, foi dada especial atenção à situação na Ucrânia e à paz”.

O pedido do sumo pontífice norte-americano surge depois de Putin ter rejeitado um possível cessar-fogo na Ucrânia, bem como uma cimeira com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky.

“O Papa apelou à Rússia para que faça um gesto que favoreça a paz e destacou a importância do diálogo para estabelecer contactos positivos entre as partes e procurar soluções para o conflito”, adiantou o gabinete de imprensa do Vaticano, em comunicado, citado por Notícias ao Minuto.

Os dois líderes “discutiram a situação humanitária, a necessidade de facilitar a ajuda quando necessário, os esforços em curso para a troca de prisioneiros e o valor do trabalho realizado nesse sentido pelo cardeal (Matteo) Zuppi”, nomeado pelo falecido Francisco como seu enviado ao conflito.

Além disso, o primeiro sumo pontífice norte-americano da história “referiu-se ao Patriarca Kirill, agradecendo-lhe as calorosas saudações recebidas no início do seu pontificado, e enfatizou como os valores cristãos partilhados podem ser uma luz que nos ajuda a procurar a paz, a defender a vida e a procurar a autêntica liberdade religiosa”, concluiu a nota do Vaticano.

Um total de 188 Estados-membros das Nações Unidas votaram para eleger Bahrein, Colômbia, República Democrática do Congo, Letônia e Libéria na terça-feira para servirem como membros não-permanentes do Conselho de Segurança da ONU.

A votação exigiu apenas uma rodada de votação. Representantes das cinco nações começarão a servir no órgão da ONU responsável por manter a paz e a segurança internacionais em Janeiro de 2026 e continuarão seu trabalho até o final de 2027.

No grupo África e Ásia-Pacífico, o Bahrein recebeu 186 votos, a República Democrática do Congo (RDC) obteve 183 votos e a Libéria recebeu 181 votos, com a abstenção de um país.

No grupo da Europa Oriental, a Letônia recebeu 178 votos, enquanto 10 países se abstiveram.

No grupo América Latina e Caribe, a Colômbia recebeu 180 votos, com abstenções de 8 países.

Com excepção da Letônia, que assumirá um assento no Conselho pela primeira vez em sua história, todos os países eleitos já serviram anteriormente: Colômbia sete vezes, República Democrática do Congo duas vezes e Bahrein e Libéria uma vez cada.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou o tiroteio perto de um centro de distribuição de ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza, que fez 27 mortos, uma situação que o seu porta-voz descreveu como inconcebível.

“É inaceitável que os civis arrisquem e, por vezes, percam a vida simplesmente à procura de comida”, disse Stéphane Dujarric aos jornalistas, citada por Notícias ao Minuto, reiterando o apelo para uma investigação independente e já exigida após incidentes semelhantes esta semana.

O Exército israelita anunciou que abriu uma investigação depois de a Cruz Vermelha ter confirmado a morte de 27 palestinianos após um tiroteio, ocorrido perto de um centro de distribuição de ajuda humanitária no sul da Faixa de Gaza.

Na manhã de ontem, os soldados israelitas “dispararam tiros de aviso (…) contra suspeitos que se aproximavam de uma forma que colocava a sua segurança em risco”, referiu Effie Defrin, porta-voz do Exército israelita.

“O incidente está sob investigação e vamos esclarecer completamente” o sucedido, acrescentou, indicando que o Exército “não estava a bloquear o acesso dos residentes de Gaza” aos pontos de distribuição de ajuda humanitária.

“Pelo contrário, estamos a permitir. É o Hamas que está a impedir esse acesso”, contrapôs, em referência ao grupo islamita palestiniano que governa o território desde 2007.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) confirmou a morte de 27 pessoas nos incidentes junto do centro de distribuição de ajuda humanitária, tal como já tinham informado anteriormente as organizações de socorro do território palestiniano.

“Ao início desta manhã, o hospital de campanha da Cruz Vermelha, com 60 camas, em Rafah (sul), recebeu um fluxo massivo de 184 doentes. Dezanove deles foram declarados mortos à chegada, e outros oito sucumbiram aos ferimentos pouco depois. A maioria dos doentes foi baleada”, descreveu o CICV em comunicado.

Os incidentes com tiros tornaram-se quase diários após uma fundação apoiada por Israel e pelos Estados Unidos ter estabelecido pontos de distribuição de ajuda humanitária dentro de zonas militares israelitas, um sistema que, segundo a organização, visa evitar o Hamas.

As Nações Unidas rejeitaram o novo sistema, alegando que não responde à crescente crise de fome no território e permite a Israel utilizar a ajuda humanitária como arma.

A organização em causa, a Fundação Humanitária de Gaza (GHF), nomeou entretanto um pastor evangélico de direita, o reverendo Johnnie Moore, para a sua liderança.

Em comunicado, a entidade privada encarregada desde a semana passada de entregar ajuda humanitária a um único local no sul da Faixa de Gaza anunciou que o reverendo, nomeado comissário para a Liberdade Religiosa Internacional pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, será o seu novo diretor-geral.

A Ucrânia classificou como ultimatos irrealistas os termos de paz apresentados pela Rússia, durante as negociações em Istambul, considerando que as propostas não vão pôr fim à guerra.

“Em vez de responder às nossas propostas construtivas em Istambul, a Rússia apresentou uma série de ultimatos que não contribuem para uma paz genuína”, frisou o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Andriy Sybiga, na rede social X, citado por Notícias ao Minuto.

Andriy Sybiga lamentou que “o formato de Istambul se tenha transformado em reuniões sobre trocas de prisioneiros de guerra”, sem “resultados tangíveis” para o fim da ofensiva russa lançada em Fevereiro de 2022.

A Rússia reconheceu que a resolução do conflito com a Ucrânia é “extremamente complexa”, um dia depois de novas conversações russo-ucranianas na Turquia terem terminado sem um acordo de cessar-fogo.

Os russos e os ucranianos reuniram-se em Istambul, na segunda-feira, para uma segunda ronda de negociações sob mediação turca, após uma primeira reunião em 16 de Maio.

No entanto, até agora, os esforços diplomáticos para encontrar uma saída para a ofensiva russa produziram poucos resultados, com Moscovo e Kiev a concordarem apenas com a troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos na frente de combate.

“A questão da resolução do conflito é extremamente complexa e envolve muitas ‘nuances'”, disse o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmitri Peskov, citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).

Moscovo pretende, acima de tudo, “eliminar as causas profundas do conflito” para alcançar a paz com Kiev, referiu.

Peskov elogiou, no entanto, os acordos importantes alcançados em Istambul, garantindo que “o trabalho vai continuar”.

Segundo o memorando, publicado pelas agências noticiosas russas TASS e Ria Novosti, Moscovo exige uma “retirada completa” do exército ucraniano das regiões parcialmente ocupadas de Donetsk e Lugansk (leste) e de Zaporijia e Kherson (sul).

Tal retirada deve ocorrer antes do “estabelecimento de um cessar-fogo de 30 dias”.

Outras exigências incluem o “reconhecimento legal internacional” das quatro regiões e da península da Crimeia, anexada em 2014, como territórios russos, bem como a neutralidade da Ucrânia, numa altura em que Kiev pretende aderir à NATO.

Todas estas exigências maximalistas já foram rejeitadas no passado pela Ucrânia, que, por sua vez, pede a retirada do exército russo do território ucraniano, cerca de 20% do qual está ocupado por tropas de Moscovo.

Peskov também considerou improvável, num “futuro próximo”, um encontro entre Putin e os homólogos ucraniano, Volodymyr Zelensky, e norte-americano, Donald Trump, sugerido pela Turquia na segunda-feira e pedido por Kiev.

A Casa Branca disse que Trump estava pronto para se deslocar à Turquia para participar em tal cimeira.

Refira-se que mais de três anos depois, a guerra causou dezenas de milhares de mortos civis e militares dos dois lados, e o fim não parece estar à vista, como reconheceu hoje o porta-voz de Putin.

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