O País – A verdade como notícia

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, disse que os Estados Unidos desviaram 20 mil mísseis prometidos à Ucrânia pelo governo anterior de Joe Biden, transferindo-os para a região do Médio Oriente.

“O governo anterior tinha um secretário de Defesa, [Lloyd] Austin, e decidimos sobre um projeto; contávamos com este projeto de 20 mil mísseis para combater os [drones iranianos] Shaheed”, disse Zelensky numa entrevista à televisão norte-americana ABC, citado por Notícias ao Minuto. 

O Presidente da Ucrânia acrescentou ainda: “Por isso, contávamos com esses 20 mil mísseis, mas esta manhã, o meu ministro da Defesa disse-me que os Estados Unidos enviaram-nos para o Médio Oriente”, lamentou.

De acordo com a agência espanhola Europa Press, esta não é a primeira informação sobre o envio de tecnologia de defesa essencial para a Ucrânia para o Médio Oriente por decisão do Governo do actual presidente dos EUA, Donald Trump.

Na entrevista, o presidente ucraniano abordou também a questão da troca de prisioneiros acordada com a Rússia, queixando-se que Moscovo ainda não forneceu a lista completa de ‘mil por mil’.

A Rússia transportou em camiões frigoríficos para a fronteira com a Ucrânia os restos mortais de cerca de 1 200 militares ucranianos mortos, com a intenção de os entregar, mas fontes ucranianas indicam que a entrega estava prevista para a próxima semana.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a mobilização de 2000 militares da Guarda Nacional para conter os protestos que eclodiram em Los Angeles na sequência de uma série de operações de detenção a supostos imigrantes irregulares. Ainda hoje, o Chefe de Estado dos norte-americano, anunciou algumas regras para os protestos, como a proibição do uso de máscaras. 

O anúncio de mobilização de militares da Guarda Nacional dos Estados Unidos da América, ocorre após eclosão de protestos em Los Angeles contra operações para deportar imigrantes ilegais. 

A Casa Branca afirmou, em comunicado, que o envio da força militar da reserva é necessário para lidar com actos  ilegais, apesar da medida, não contar com o apoio do governo do estado.

Além disso, o chefe de Estado norte-americano disse, neste domingo,  que irá proibir o uso de máscaras durante os protestos que já acontecem há pouco mais de dois dias, como uma das regras para a realização dos protestos.

Sobre a prestação das autoridades, Trump  criticou o governador da Califórnia, Gavin Newson, e a prefeita Karen Bass, de Los Angeles, os chamando de “incompetentes” por “não conseguir lidar com a tarefa”.

As autoridades da Califórnia foram orientadas a se preparar para 30 dias de operações do Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos Estados Unidos  na região de Los Angeles. 

A ordem  de mobilização de 2 mil militares da Guarda Nacional norte- americana foi dada na noite de sábado, pelo Chefe de Estado dos EUA. 

Neste domingo, o Papa Leão XIV fez um apelo à paz e ao diálogo durante a oração do “Regina Coeli”, diante de mais de 80 mil fieis reunidos na Praça de São Pedro, no Vaticano, por ocasião do Jubileu dos Movimentos, Associações e Novas Comunidades.

Dirigindo-se aos governantes de todo o mundo, o Papa pediu coragem para abrir caminhos de diálogo, especialmente em regiões marcadas pela guerra. Ele destacou que apenas um “coração pacífico” é capaz de espalhar a paz — seja na família, na sociedade ou nas relações internacionais.

Em sua homilia, o Papa reafirmou a importância do amor como instrumento para superar divisões e preconceitos. “Onde há amor, não há espaço para muros ou distâncias que nos afastem uns dos outros. As guerras que assolam o mundo são um reflexo trágico da ausência desse amor”, afirmou, defendendo a construção de um mundo mais unido e pacífico.

No sábado, durante a Vigília de Pentecostes, Leão XIV também reforçou sua mensagem de paz. Ele disse que a paz poderá voltar se a humanidade abandonar comportamentos egoístas e predatórios. “Num mundo dividido, o Espírito Santo nos chama a caminhar juntos. Quando deixarmos de agir como predadores e passarmos a viver como peregrinos, a terra encontrará descanso, a justiça prevalecerá e os pobres se alegrarão”, declarou.

O Jubileu reuniu católicos de mais de 100 países, como Espanha, México, Brasil, Argentina, Peru e Colômbia. Com bandeiras, cantos e cartazes, os participantes criaram um ambiente vibrante e esperançoso na Praça de São Pedro.

Kigali anunciou sua saída da Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC) no sábado.

“Ruanda lamenta a instrumentalização da Comunidade Económica dos Estados da África Central pela RDC”, começou a declaração publicada pelo governo ruandês.

“Esse desvio veio à tona mais uma vez hoje no contexto da 26ª Cúpula em Malabo, onde o direito de Ruanda à presidência rotativa, conforme estabelecido no artigo 6 do tratado, foi deliberadamente ignorado para impor o diktat da RDC”, diz a declaração.

Embora Ruanda estivesse prestes a assumir a presidência rotativa da organização no próximo ano, durante a cúpula no sábado, autoridades da RDC alegaram que não poderiam comparecer à cúpula que aconteceria em Ruanda.

À luz das tensões entre a RDC e Ruanda, a presidência acabou sendo conferida à Guiné Equatorial, que já presidia a organização no ano passado.

As tensões entre Ruanda e sua vizinha República Democrática do Congo (RDC) ainda estão altas após meses de confrontos militares entre as forças da RDC e a milícia M23 apoiada por Ruanda no leste do Congo.

Até agora, a CEEAC era composta por 11 Estados-membros, incluindo Angola, Burundi, Camarões, República Centro-Africana, Congo, Gabão, Guiné Equatorial, República Democrática do Congo, Ruanda, São Tomé e Príncipe e Chade.

A cólera está a alastrar-se rapidamente em várias regiões do Sudão, país já fragilizado pelo conflito armado e pelo colapso do sistema de saúde. Segundo as autoridades locais, citadas pela imprensa internacional, agora são registados mais de mil casos só num dia.

A situação da cólera no Sudão é mais crítica nos estados de Kassala, Gedaref, Rio Nilo, Al Jazirah e na capital Cartum e é causada pela falta de água potável e de saneamento básico.

As equipas dos Médicos Sem Fronteiras alertam que, sem uma resposta coordenada e urgente, a situação pode tornar-se incontrolável. As unidades de tratamento estão superlotadas, e em algumas zonas, os doentes são atendidos em tendas ou mesmo ao ar livre.

Segundo o Ministério da Saúde sudanês, desde Agosto de 2024, foram registados mais de 49 mil casos e pelo menos 1.300 mortes. A situação, descrita como catastrófica, exige não apenas uma resposta médica, mas também humanitária e diplomática.

A comunidade internacional está a ser chamada a intervir. Enquanto isso, milhares de famílias estão em risco de contrair uma doença evitável, num país marcado por guerra, fome e desespero.

O governo congolês proibiu os meios de comunicação social de noticiar todas as actividades do ex-presidente Joseph Kabila, e de entrevistar membros do seu partido. A decisão foi tomada após o regresso de Kabila à RDC, no meio de tensões crescentes entre ele e o governo, liderado pelo seu sucessor, o presidente Félix Tshisekedi.

Nem mais! Estão proibidas as coberturas da imprensa aos eventos que envolvam o ex-presidente da  República Democrática do Congo, Joseph Kabilá e o seu partido.

E a violação a esta proibição pode resultar em suspensão do órgão de comunicação social, disse o chefe do órgão regulador dos media da RDC, Christian Bosembe, citado pela imprensa internacional. 

Em resposta ao anúncio do organismo regulador, conhecido como Conselho Supremo do Audiovisual e da Comunicação, um porta-voz do Movimento rebelde 23 de Março, que se supõe ter ligação com Kabila, afirmou que os meios de comunicação social que estão em áreas controladas por este grupo não se vão submeter a esta proibição.

Sobre a decisão do governo congolês, não houve ainda nenhuma reacção pública de Kabila, no entanto, o secretário do seu partido rejeitou a proibição, descrevendo-a como arbitrária.

Kabila foi visto na semana passada na cidade de Goma, no leste da RDC, uma das cidades sob controlo do M23. Na ocasião, criticou duramente o governo depois de o senado ter votado pelo levantamento da sua imunidade pelo seu alegado apoio ao grupo M23. 

As autoridades deste país de áfrica querem processar o ex-Estadista através de acusações de traição e alegadas ligações aos rebeldes do M23, que combatem o exército congolês, algo que ele nega. 

O ex-ministro das Finanças de Gana, Kenneth Ofori-Atta, foi colocado na lista vermelha de alertas da Interpol, acusado de usar cargo público para obter lucro, segundo escreve a African News.

Em 12 de Fevereiro, o Gabinete do Promotor Especial de Gana (OSP) declarou Ofori-Atta uma pessoa procurada e fugitiva da justiça depois que deixou o país e “não indicou um prazo razoável para seu retorno à jurisdição”.

O OSP afirmou ter informado Ofori-Atta de que ele era suspeito em diversas investigações de corrupção e o instruído a comparecer a uma reunião no OSP em uma data específica. Seis dias depois, o OSP anunciou que Ofori-Atta havia entrado em contacto para reagendar uma nova reunião em Maio e, portanto, não estava mais na lista de procurados.

Mas sua ausência no horário marcado levou as autoridades ganesas a colocá-lo na lista vermelha de alertas da Interpol, alertando as autoridades internacionais para o deter até à extradição.

As acusações contra o ex-ministro das finanças do Gana incluem violação de procedimentos de aquisição relacionados a ambulâncias e a um projeto de catedral nacional, que permanece inacabado apesar do desembolso governamental de cerca de 58 milhões de dólares.

Ofori-Atta, que se acredita estar a receber tratamento médico fora do país, contestou as acusações, e alegou que foi tratado de forma injusta.

Ofori-Atta foi Ministro das Finanças e Planejamento Económico do presidente Nana Okufo-Addo, do Novo Partido Patriótico, de Janeiro de 2017 a Fevereiro de 2024.

Em Novembro de 2022, Ofori-Atta sobreviveu a uma tentativa parlamentar de destituição por má gestão económica, quando a economia de Gana declinou e sua moeda foi classificada como uma das piores do mundo. No mês seguinte, Gana deixou de pagar a maior parte de sua dívida externa e Ofori-Atta supervisionou a reestruturação da dívida do país.

O Presidente do Sudão do Sul declarou esta semana o estado de emergência em diversas regiões do país, na sequência de intensos confrontos étnicos que resultaram em dezenas de mortos e milhares de deslocados. A medida visa conter a escalada da violência e restaurar a ordem pública.

O anúncio foi feito pelo Presidente Salva Kiir, depois de dias marcados por violentos confrontos entre comunidades rivais nos estados de Warrap e Unity. Os combates, que terão começado por disputas territoriais e de gado, deixaram um rasto de destruição e aumentaram o clima de insegurança.

O Governo sul-sudanês prometeu mobilizar forças de segurança para as zonas afectadas, ao mesmo tempo que apela ao diálogo entre as comunidades em conflito. 

Organizações humanitárias alertam para o agravamento da situação, com milhares de civis obrigados a fugir das suas casas.


O Sudão do Sul enfrenta uma instabilidade crónica desde a sua independência, em 2011. Apesar dos acordos de paz assinados nos últimos anos, a violência intercomunitária continua a ser uma das principais ameaças à paz e ao desenvolvimento do país mais jovem do mundo.

Durante conversações em Telavive, hoje, o Hamas garantiu que os islamistas estão dispostos a entregar imediatamente o controle do governo em Gaza a um actor palestiniano consensual, se Israel puser fim à ofensiva.

Num discurso no Eid al-Adha, o líder do Hamas reiterou que o grupo está pronto para entregar o governo de Gaza a uma entidade palestina consensual.

Segundo a DW, ele acusou o governo de Israel de travar as negociações por interesses pessoais e ideológicos.

Al-Hayya afirmou ainda que o Hamas aceitou uma proposta de trégua apresentada pelos EUA há duas semanas, mas que Israel rejeitou, levando Washington a recuar.

O líder também defendeu novas negociações para um cessar-fogo permanente.

Por fim, criticou o controle israelense sobre a ajuda humanitária através da Gaza Humanitarian Foundation (GHF), alegando violações de princípios humanitários.

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