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Um tribunal sul-africano suspendeu o sepultamento do ex-presidente da Zâmbia, Edgar Lungu, poucas horas antes da data marcada para sua realização em Joanesburgo. O Tribunal Superior de Pretória emitiu a ordem de emergência depois de um pedido judicial do governo zambiano, exigindo a devolução do corpo de Lungu para um funeral de Estado em Lusaka.

Lungu, que morreu no início deste mês na África do Sul, deveria ser enterrado em local privado, de acordo com o que sua família afirma ser seu desejo. No entanto, as autoridades da Zâmbia insistem que o ex-presidente da zambiano deve ser sepultado no Parque da Embaixada, local oficial de sepultamento de ex-chefes de Estado, com todas as honras nacionais.

Segundo o African News, o impasse gerou tensões políticas, já que Lungu e o actual presidente Hakainde Hichilema eram rivais de longa data. A família afirma querer evitar dramas políticos, enquanto a Zâmbia argumenta que o protocolo e a dignidade nacional devem prevalecer.

O tribunal agendou uma audiência completa sobre o assunto para 4 de Agosto. Até lá, o enterro permanece suspenso.

Ministro da Defesa israelita diz que foram detectados mísseis iranianos cerca de duas horas depois da entrada em vigor do cessar-fogo mediado pelos EUA.

O presidente norte-americano, Donald Trump, acusou tanto Israel como o Irão de violarem o cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, em declarações aos jornalistas na Casa Branca antes de partir para a cimeira da NATO em Haia, nos Países Baixos.

“Eles [Irão] violaram-no [o cessar-fogo], mas Israel também o violou”, reagiu, questionado sobre o lançamento de mísseis balísticos por parte do Irão. Segundo Trump, citado por Euronews, Telavive “descarregou” logo após ter aceitado o acordo.

“Não estou satisfeito com Israel”, adiantou, sublinhando também que, com os ataques norte-americanos, as capacidades nucleares do Irão desapareceram.

Logo após fazer declarações aos jornalistas a criticar a actuação do Irão e de Israel, Trump deixou um aviso a Telavive na rede social Truth Social.

Após a ligação, Trump recorreu novamente às redes sociais para garantir que Israel não vai atacar o Irão, menos de uma hora após acusar ambos os lados de violar o cessar-fogo americano.

“Israel não vai atacar o Irão,” escreveu na Truth Social. “Todos os aviões vão dar meia volta e voltar para casa, enquanto fazem um amigável ‘aceno de avião’ ao Irão. Ninguém será ferido, o cessar-fogo está em vigor!”

Segundo o EuroNews, durante a ligação, Netanyahu terá dito a Trump que Israel está mais inclinado a realizar o ataque, uma vez que é necessária uma resposta à violação do cessar-fogo pelo Irão, de acordo com a imprensa israelita.

O ministro israelita da Defesa, Israel Katz, declarou que o Irão “violou completamente” o cessar-fogo depois de lançar dois mísseis contra o norte de Israel, cerca de duas horas após a entrada em vigor do acordo mediado pelos Estados Unidos e pelo Catar.

“Dei ordens às Forças de Defesa de Israel para que respondam com força à violação do cessar-fogo pelo Irão, com ataques intensos contra alvos do regime no coração de Teerão”, afirmou Katz num comunicado, dando indicações para ataques contra alvos paramilitares e governamentais iranianos em Teerão.

 

Mais de 40 pessoas, incluindo crianças e profissionais de saúde, foram mortas em ataque a um hospital no Sudão, no fim de semana, segundo informações avançadas pelo Director-Geral da Organização Mundial da Saúde (OMS),  na terça-feira.

O ataque de sábado ao Hospital Al Mujlad ocorreu em Kordofan Ocidental, perto da linha de frente entre o exército sudanês e as Forças de Apoio Rápido paramilitares, que lutam entre si desde o início do conflito em Abril de 2023.

O Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, pediu o fim dos ataques à infraestrutura de saúde, sem dizer quem foi o responsável.

O escritório da OMS no Sudão disse que seis crianças e cinco médicos foram mortos no ataque, relatando grandes danos às instalações.

O grupo de direitos humanos Emergency Lawyers acusou um drone do exército de atingir o hospital no sábado, e em um comunicado no domingo estimou o número de mortos em nove.

Mali e Rússia assinaram acordos, na segunda-feira, para fortalecer suas relações económicas e comerciais, incluindo um acordo de cooperação sobre “o uso pacífico da energia nuclear”, disse o Kremlin, em um comunicado. 

O presidente interino do Mali, Assimi Goïta, encontrou-se com o presidente russo, Vladimir Putin, durante uma visita oficial de cinco dias a Moscovo, que começou no domingo.  

Os dois líderes também assinaram um acordo sobre a criação de “uma Comissão Intergovernamental Rússia-Mali para cooperação comercial, económica, científica e técnica”.

“Nossos números comerciais continuam modestos, mas, antes de tudo, estão mostrando uma tendência positiva” , disse Vladimir Putin, citado por African News.

A visita de Goïta a Moscovo ocorre logo após o grupo paramilitar russo Wagner deixar o Mali. O grupo estava destacado no país desde Dezembro de 2021 e vinha sendo repetidamente acusado de violações dos direitos humanos.

Foi substituído pelo Corpo Africano, uma organização administrada pelo governo russo. 

Os países da Aliança dos Estados do Sahel têm recorrido cada vez mais à Rússia em busca de ajuda para combater grupos jihadistas. 

Ataques contra instalações militares se intensificaram no Mali nas últimas semanas. O grupo jihadista Jama’at Nasr al-Islam wal-Muslimin (JNIM), ligado à Al-Qaeda, matou dezenas de soldados em um ataque a uma base militar neste mês.

No início de Junho, o Kremlin disse que planejava aumentar a cooperação económica e militar com os países africanos. 

O presidente dos EUA, Donald Trump, disse, nesta terça-feira, que um cessar-fogo entre Israel e o Irão, anunciado horas antes, já estava em vigor, encerrando a guerra de 12 dias. Em uma publicação em sua rede social Truth, Trump pediu que ambos países não violassem o cessar fogo.

O anúncio foi feito depois que o Irão lançou ondas de mísseis contra Israel, o que descreveu como seu último ataque, matando quatro pessoas na cidade de Beersheba, no sul do país.

Não se sabe quantas pessoas foram mortas ou feridas no Irão durante a noite.

“Partindo do princípio de que tudo funcionará como deveria, o que acontecerá (…) gostaria de parabenizar os dois  países por terem a resistência, a coragem e a inteligência para acabar com o que deveria ser chamado de A GUERRA DOS 12 DIAS”, escreveu o presidente norte americano em uma publicação citada pela African News.

Chamando o acordo de um avanço que “poderia ter salvado o Oriente Médio de anos de destruição”, Trump encerrou seu anúncio com uma mensagem abrangente de unidade: “Deus abençoe Israel, Deus abençoe o Irão, Deus abençoe o Oriente Médio, Deus abençoe os Estados Unidos da América e DEUS ABENÇOE O MUNDO!”

Embora os ataques mútuos tenham continuado até as primeiras horas da manhã, tanto o Irão quanto Israel concordaram com o cessar-fogo.

O Irão reivindicou um ataque, esta segunda-feira, contra a base de Al-Udeid no Qatar, uma das principais instalações militares norte-americanas no Médio Oriente.

O ataque aconteceu pouco depois de as autoridades de Doha terem encerrado o espaço aéreo do país, de acordo com a imprensa internacional.

O anúncio foi feito na televisão estatal iraniana ao som de música marcial, descreveu a agência de notícias Associated Press (AP), e acompanhado de uma legenda no ecrã: “uma resposta poderosa e bem-sucedida das forças armadas do Irão à agressão americana”.

As autoridades de Doha e de Washington ainda não se pronunciaram sobre o ataque iraniano.

Esta decisão vem no seguimento de ameaças de Teerão a bases militares dos Estados Unidos na região, em retaliação aos bombardeamentos da aviação norte-americana na madrugada de domingo contra instalações nucleares da República Islâmica.

Pouco antes do anúncio na televisão estatal, o Presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, escreveu na rede social X: “Não iniciámos a guerra nem a procurámos. Mas não deixaremos a invasão ao grande Irão sem resposta.”

A região do Sahel foi responsável por 51% das mortes relacionadas ao terrorismo no mundo em 2024, acima dos 48% em 2023, de acordo com o Índice Global de Terrorismo (GTI) de 2025, publicado pelo Instituto de Economia e Paz, sediado em Sydney.

Segundo o relatório, citado pelo Africanews, o Sahel também foi responsável por 19% de todos os ataques terroristas no mundo em 2024.

Burkina Faso continua sendo o país mais afectado da região. Mais de 700 mortes registradas em todo o país foram associadas a grupos como Jamaat Nusrat Al-Islam wal Muslimeen.

No Níger, mais de 400 vidas foram perdidas em ataques terroristas no ano passado. Insurgentes teriam atacado aldeias, postos militares e aglomerações públicas.

Na Nigéria, um ataque na vila de Mafa, no estado de Yobe, teria matado entre 100 e 150 pessoas e ferido várias outras no ano passado.

Outro ataque do Estado Islâmico da Província da África Ocidental (ISWAP) contra membros do Boko Haram nas áreas do nordeste do Lago Chade, no estado de Borno, ocorreu em 24 de abril do ano passado.

Segundo relatos, setenta membros do Boko Haram e dez do ISWAP foram mortos nos confrontos.

No Mali, um ataque descarado a uma escola da Gendarmaria na parte sul da capital, Bamako, deixou 60 soldados mortos no ano passado.

Jamaat Nusrat Al-Islam wal Muslimeen assumiu a responsabilidade pelo ataque.

De acordo com as Nações Unidas, os ataques terroristas continuaram ininterruptos em 2025, e o número de mortos continua aumentando.

Mais de 300 mil pessoas estão em risco de enfrentar a fome severa no campo de refugiados de Kakuma, norte do Quênia, após novos cortes de produtos alimentares através do Programa Mundial de Alimentos. A maioria dos refugiados vem do Sudão do Sul, Etiópia, Burundi e República Democrática do Congo.

O Programa Mundial de Alimentação reduziu as rações mensais dos refugiados para 3 quilos de arroz, 1 quilo de ervilha e meio litro de óleo de cozinha por pessoa. Antes, a recomendação das Nações Unidas era de pelo menos 9 quilos de cereais por mês.

Com a suspensão das transferências de dinheiro, usadas para comprar vegetais e proteínas, aumentaram os casos de desnutrição, especialmente em crianças, mulheres grávidas e lactantes. Só em abril, 15 crianças morreram de fome no hospital principal de Kakuma.

A revolta levou milhares às ruas do próprio campo, num protesto simbólico com panelas vazias. O protesto terminou em confronto com a polícia e pelo menos quatro pessoas ficaram feridas.

A crise deve-se, sobretudo, aos cortes de financiamento internacional, especialmente por parte dos Estados Unidos, que financiavam quase 70% das operações do PMA. Sem esses fundos, a ajuda humanitária foi drasticamente reduzida.

O Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky acusou, hoje, a Rússia de tentar salvar o programa de armamento nuclear iraniano, depois de Moscovo ter condenado os ataques israelitas às centrais nucleares iranianas.

Zelensky defendeu num discurso transmitido, hoje, pela televisão ucraniana, citada por Notícias ao Minuto, que não há outra forma de interpretar os sinais demonstrados pela Rússia e pela atividade que Moscovo “mantém nos bastidores”.

O presidente ucraniano acrescentou que a Rússia está a tentar intervir na crise do Médio Oriente porque “um dos cúmplices” está a perder a capacidade de exportar a guerra, referindo-se ao Irão.

O regime de Teerão forneceu à Rússia os aparelhos aéreos não tripulados (drones) Shahed – que Moscovo também já produz – para atacar a Ucrânia.

Volodimir Zelensky disse ainda que os drones de fabrico iraniano e os mísseis balísticos fornecidos pela Coreia do Norte estão a ser utilizados pela Rússia para matar cidadãos ucranianos.  

Neste sentido, o chefe de Estado ucraniano reiterou o pedido sobre o agravamento das sanções internacionais contra a Rússia.

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