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Imposição de taxas à União Europeia pelos Estados Unidos da América a partir de Agosto inquieta as associações industriais e comerciais alemãs. O grupo de empresas exige soluções para o problema.

As decisões da administração Trump estão a incomodar as associações industriais e de comércio exterior da Alemanha, maior exportador de mercadorias para os Estados Unidos entre os países da União Europeia.

Neste sábado, o grupo alertou para uma nova escalada do conflito comercial e pediu soluções rápidas por meio de negociações práticas, após Donald Trump ter anunciado a imposição de tarifas de 30% à União Europeia.

Por exemplo, a Associação Alemã da Indústria Automotiva afirmou que os custos extras para montadoras alemãs já somam biliões, e o número está a crescer, enquanto se aproxima a nova vaga de conflito comercial com os EUA.

Por seu turno, a Federação das Indústrias Alemãs afirmou em um comunicado que o último anúncio de tarifas de Trump é “um alerta para a indústria de ambos os lados do Atlântico”, instando o governo alemão, a Comissão Europeia e o governo dos EUA a encontrarem soluções rápidas e a evitarem uma escalada.

A Europa não deve se intimidar com a ameaça tarifária dos Estados Unidos e deve buscar soluções sobriamente por meio de negociações em pé de igualdade, afirmou a Associação Alemã de Atacado, Comércio Exterior e Serviços.

As autoridades judiciais da Nigéria condenaram 44 indivíduos por envolvimento no financiamento do grupo extremista Boko Haram, com penas que variam entre 10 e 30 anos de prisão com trabalhos forçados.

De acordo com a imprensa internacional, os condenados faziam parte de um grupo de 54 suspeitos julgados em tribunais civis especiais na cidade de Kainji, no leste do país, no âmbito da retoma dos julgamentos de casos relacionados com o terrorismo, suspensos há sete anos.

A ofensiva militar contra o Boko Haram, iniciada em 2009, já provocou mais de 40 mil mortos e dois milhões de deslocados internos, segundo dados das Nações Unidas. A violência do grupo, que visa instaurar um califado islâmico, também afecta países vizinhos como o Chade, Níger e Camarões.

Desde o relançamento dos julgamentos em massa em 2017, centenas de membros do Boko Haram foram condenados por crimes que incluem ataques a civis, raptos, destruição de locais religiosos e assassinatos, com penas que vão da prisão prolongada à pena de morte.

O relatório preliminar sobre o trágico acidente de avião na índia que matou mais de 240 pessoas em Junho revela que dois motores da aeronave deixaram de receber combustível, três segundos após a decolagem.

O Boeing 787 da Air India partiu da cidade indiana de Ahmedabad rumo a Londres. Pouco depois da decolagem, perdeu impulso e caiu sobre um edifício residencial ligado a um hospital local.
O relatório afirma que os dois pilotos tinham ampla experiência, juntos, acumulavam mais de 19 mil horas de voo, sendo mais de 9 mil especificamente em aeronaves do modelo 787.

Os interruptores que cortam o combustível dos motores normalmente só são usados ao final do voo ou em emergências graves, como incêndios. Mas no caso do voo da Air India, não havia qualquer falha que justificasse o corte, porém dois motores da aeronave deixaram de receber combustível.

Apesar da tragédia, o relatório preliminar afirma que, por enquanto, não há recomendações para mudanças nos procedimentos do modelo Boeing 787 nem dos motores utilizados.

Mas até aqui, o mistério permanece: os interruptores foram accionados pelos pilotos ou por uma falha no sistema?
A resposta só será conhecida no relatório final, que pode demorar meses.

Os Estados Unidos sancionaram  o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel, pela primeira vez, pelo envolvimento em graves violações de direitos humanos no âmbito dos protestos antigovernamentais de 11 de Julho de 2021, anunciou o Departamento de Estado.

A 11 de Julho de 2021, Cuba foi palco de protestos nos quais  mais de 1 400 pessoas foram presas, algumas delas estão ainda detidas.   Quatro anos depois, os EUA afirmam que líderes-chave do regime estão envolvidos em graves violações dos direitos humanos, o que significa que estão impedidos de entrar naquele país.

“O regime cubano respondeu aos protestos com violência e repressão, detendo injustamente milhares de pessoas, incluindo mais de 700 que permanecem presas e sujeitas a tortura ou abuso”, acusa a administração Trump.

Outras medidas da administração Trump incluem restrições de vistos a numerosos funcionários judiciais e prisionais, que são alegadamente cúmplices ou responsáveis pela detenção injusta e tortura de manifestantes.

A decisão proíbe também transações financeiras directas ou indirectas com entidades controladas pelas forças armadas cubanas, como a GAESA e as suas filiais. Além disso, a Casa Branca acrescentou 11 hotéis à sua lista de propriedades restritas e alojamentos proibidos em Cuba, que inclui empresas e propriedades ligadas ao regime.

Esta é a primeira vez que o presidente cubano é alvo de sanções por parte de Trump, que apresentou um memorando a 30 de Junho que pretendia acabar com “práticas económicas que beneficiam desproporcionalmente o governo cubano, as forças armadas, os serviços secretos ou as agências de segurança à custa do povo”.

Pelo menos 38 pessoas foram mortas após os protestos violentos da última segunda-feira no Quénia, segundo novo balanço divulgado ontem  pela Comissão Nacional dos Direitos Humanos do Quénia.

Um relatório anterior, divulgado na terça-feira, indicava 31 mortes. Este é o maior número de mortos desde que os protestos contra o Presidente, William Ruto, começaram, há mais de um ano, e abalaram o país do leste de África.

Na segunda-feira, a polícia, mobilizada em grande número, cortou as principais vias de acesso a Nairobi, capital do país, cujas ruas estavam vazias. Confrontos entre a polícia e manifestantes ocorreram nos arredores da cidade.

Segundo a comissão de direitos humanos, as três cidades com mais vítimas são Kiambu, oito, Nairobi, seis, e Kaijado, seis. A ONU declarou, há dias, estar  muito perturbada com os primeiros números publicados, referindo-se a “assassínios”.

O Quénia vive uma vaga de manifestações, desencadeada em Junho de 2024, por um controverso projeto de lei orçamental, criticado em especial pelos jovens.

O movimento tem sido severamente reprimido pela polícia e, com este último número de mortos, já fez mais de uma centena de vítimas mortais.

O presidente brasileiro, Lula da Silva, exige que Donald Trump respeite o seu país e diz que vai recorrer à Lei de Reciprocidade, para também cobrar 50% de tarifas  às exportações dos Estados Unidos da América.  Da Silva diz que o Brasil sobrevive sem os EUA.

Lula da Silva subiu o tom e respondeu a carta de Donald Trump, na qual anuncia a aplicação de 50% de tarifas às exportações brasileiras e exige o fim do julgamanto de Jair Bolsonaro. Em entrevista a um jornal brasileiro, Da Silva acusou o presidente dos Estados Unidos da América de desrespeitar o seu país. 

O chefe da junta militar do Mali, general Assimi Goïta, promulgou uma nova lei que lhe concede um mandato de cinco anos, renovável indefinidamente, tornando-se assim Presidente de facto da República.

Na semana passada, o regime militar já havia atribuído a Goïta um mandato presidencial de cinco anos, renovável “tantas vezes quantas as necessárias”, sem necessidade de realização de eleições. Com a promulgação da nova legislação, o general permanecerá no poder pelo menos até 2030.

De acordo com a Carta de Transição agora oficializada, “o Presidente assegura o cumprimento da Constituição e da Carta de Transição. Exerce as funções de chefe de Estado por um período de cinco anos, renovável tantas vezes quantas as necessárias, até à pacificação do país, a contar da promulgação da presente Carta”.

O texto também prevê que o mandato poderá ser encurtado caso estejam reunidas as condições para a realização de eleições presidenciais transparentes e pacíficas. Além disso, tanto o Presidente da transição como os membros do governo e do órgão legislativo instalado pelos militares são considerados elegíveis para futuras eleições presidenciais e gerais.

A promulgação da lei representa mais um passo na consolidação do poder militar no Mali, num contexto marcado por severas restrições às liberdades. Os militares assumiram o poder após dois golpes de Estado consecutivos, em 2020 e 2021, e haviam prometido devolver o poder aos civis até março de 2024, compromisso que não foi cumprido.

O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que as tarifas de 50% sobre as importações de cobre entrarão em vigor a 01 de Agosto.

“Estou a anunciar uma tarifa de 50% sobre o cobre, a partir de 01 de Agosto de 2025, após ter passado por uma rigorosa revisão de segurança nacional”, disse na quarta-feira o republicano, na rede social que detém, a Truth Social, cita Lusa.

Na terça-feira, Trump tinha anunciado a imposição de uma tarifa de 50% sobre o cobre, depois de já ter aplicado taxas semelhantes ao aço e ao alumínio.

No mesmo dia, o Presidente norte-americano divulgou planos para uma taxa até 200% para os produtos farmacêuticos, caso os fabricantes não estabeleçam fábricas nos Estados Unidos.

Trump sublinhou que o cobre  é o “segundo mais utilizado” pelo Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

“O cobre é necessário para semicondutores, aviões, navios, munições, centros de dados, baterias de iões de lítio, sistemas de radar, sistemas de defesa antimíssil e até armas hipersónicas, das quais estamos a construir muitas”, acrescentou.

Em Fevereiro, Trump ordenou ao Departamento do Comércio que abrisse uma investigação sobre potenciais tarifas sobre o cobre e apresentasse um relatório no prazo de 270 dias.

Na altura, o Presidente norte-americano ameaçou impor uma taxa de até 25% sobre as importações de cobre, uma medida que poderia vir a perturbar o mercado global de um dos metais mais omnipresentes do mundo, usado em tubos e cabos elétricos.

A maior empresa de comércio de cobre do mundo, a Trafigura, estimou que o preço poderia subir de 10 mil dólares (9.270 euros) para 12 mil dólares (11.126 euros) por tonelada.

Em Maio, Trump impôs uma sobretaxa mínima de 10% sobre todas as importações, mas com isenções, nomeadamente para o ouro, cobre, petróleo e produtos farmacêuticos.

Em 2024, os Estados Unidos importaram quase metade do cobre que consumiram, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA, sendo que a maioria das remessas vieram do Chile e do Canadá.

O presidente do Quénia quebrou o silêncio sobre os recentes protestos antigovernamentais  no seu país. William Ruto disse que não permitiria “anarquia” no país disfarçada de manifestações pacíficas. 

Segundo o noticiário African News, Ruto ordenou que a Polícia “baleassem a perna” de qualquer pessoa que tentasse saquear ou vandalizar algum estabelecimento comercial. 

Este foi o primeiro pronunciamento do Presidente queniano após manifestações que resultaram, segundo a imprensa internacional, em 31 mortos. 

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