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O secretário-geral da ONU, António Guterres, lamentou “profundamente” a saída dos Estados Unidos da Unesco, mas garante que a decisão não vai impedir a organização de continuar com as suas actividades e a sua missão.

“O secretário-geral lamenta profundamente a decisão dos Estados Unidos de se retirarem mais uma vez da Unesco”, afirmou o porta-voz de Guterres, Stéphane Dujarric, na sua conferência de imprensa diária, citada pela RTP.

Dujarric sublinhou que Guterres apoia o comunicado de Paris divulgado anteriormente pela diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, no qual recordava que a Unesco  duplicou os seus esforços “para actuar onde a missão do organismo possa contribuir para a paz”.

O Governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou, ontem, em comunicado, a saída do seu país da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), que se tornará efectiva a 31 de Dezembro de 2026, por considerar que a adesão à agência não contribui para os seus interesses nacionais.

A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, insistiu que a Unesco trabalha “para promover causas sociais e culturais divisivas” e o seu “enfoque desproporcionado” na “agenda globalista”, proposta pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, contradiz a política externa dos “EUA, em primeiro lugar”, promovida por Trump.

Os Estados Unidos anunciaram, esta terça-feira, que irão abandonar novamente a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), justificando a decisão com o que consideram ser uma tendência ideológica da instituição, especialmente no que diz respeito a Israel.

Segundo a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Tammy Bruce, a UNESCO tem seguido uma linha de atuação “facciosa” em causas culturais e sociais, mantendo uma atenção excessiva aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Na sua opinião, trata-se de uma “agenda globalista e ideológica” que já não corresponde aos interesses de política externa dos Estados Unidos.

A directora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, lamentou profundamente a decisão, embora tenha reconhecido que o anúncio já era esperado. A saída dos EUA será formalizada até ao final de dezembro de 2026, segundo noticiou a agência Associated Press (AP).

Esta será a terceira vez que os Estados Unidos se afastam da UNESCO. A mais recente ocorreu em 2017, durante o primeiro mandato de Donald Trump, também sob a alegação de um viés anti-Israel. O país só regressou à organização em 2023, após o pedido de reintegração feito pela administração do então presidente Joe Biden.

Em Fevereiro deste ano, o ex-presidente Donald Trump ordenou uma revisão da presença dos EUA na UNESCO, com foco especial em sinais de “antissemitismo ou sentimento anti-Israel” dentro da entidade. Fontes da Casa Branca, citadas pela imprensa norte-americana, revelaram que a decisão levou em conta a avaliação das políticas da organização ligadas à diversidade, equidade e inclusão, além do seu alegado alinhamento com a Palestina e a China.

Entre os pontos criticados pela atual administração está a classificação de determinados sítios como “Património Mundial da Palestina”, que, segundo Trump, são de origem judaica, além da utilização do termo “ocupação” para se referir aos territórios palestinianos sob controlo israelita, conforme definido por resoluções da ONU.

A Casa Branca também manifestou oposição à iniciativa da UNESCO intitulada “Transforming MEN’talities”, que tem como objetivo abordar questões de género, promover a inclusão e desconstruir normas sociais que sustentam discriminação e preconceito.

Vinte e sete pessoas morreram, esta segunda-feira, após a queda de um jato de treinamento militar numa escola na capital do Bangladesh. As vítimas incluem alunos, um professor e o piloto.

O acidente aéreo é descrito  como o mais mortal na capital do Bangladesh nos últimos tempos. O caça F-7 BGI, de fabricação chinesa, apresentou uma falha técnica logo após a decolagem e caiu no campus da escola, causando um grande incêndio. 

O piloto teria tentado desviar o jato para uma área menos populosa, mas sem sucesso. Era seu primeiro voo de treinamento sem um supervisor.

Mais de 170 pessoas foram resgatadas, muitas com queimaduras graves  e 78 permanecem hospitalizadas, a maioria estudantes. Algumas vítimas ficaram carbonizadas e irreconhecíveis. 

O governo declarou luto nacional devido à tragédia.

Investigações estão em andamento, enquanto mensagens de condolências chegam de alguns cantos do mundo.

A próxima rodada de negociações de paz entre Rússia e Ucrânia está prevista para quarta-feira, na Turquia, segundo afirmou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, citando o chefe do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, na segunda-feira.

“Hoje conversei com Rustem Umerov sobre a preparação para uma troca de prisioneiros e outro encontro com o lado russo na Turquia”, disse o líder ucraniano em seu pronunciamento em vídeo noturno, citado pela CNN.

Umerov, atualmente secretário do Conselho de Segurança e Defesa Nacional da Ucrânia, liderou as duas primeiras rondas de negociações com a Rússia.

Mais de mil pessoas morreram, durante a semana passada, marcada por conflitos locais e ataques israelitas na Síria. O balanço é do Observatório Sírio para os Direitos Humanos. 

Os confrontos intensos entre as comunidades beduínas e drusas, no sul da Síria, provocaram 1100 mortos, em apenas uma semana, segundo o Observatório sírio dos Direitos do Homem.

Entre as vítimas, há combatentes e civis drusos de um lado, minoria religiosa derivada no século 11 do islamismo xiita, mas que não se identifica como muçulmana,  do outro, agentes de segurança do governo sírio e beduínos sunitas.

Neste momento, há uma trégua desde domingo, mas a região enfrenta destruição.

Segundo a DW, os moradores da região sul da Síria, relatam que, apesar da trégua, a região enfrenta falta de água, eletricidade e outros serviços básicos, como assistência médica.

Refira-se que no último sábado, foi anunciado um cessar-fogo permanente, após tentativas de acordos entre as partes beligerantes. 

O conflito evoluiu a ponto de envolver o governo liderado por islamistas, as forças armadas israelenses e tribos armadas de outras partes da Síria.

Ataques de drones e mísseis russos atingiram a capital da Ucrânia, Kiev, durante a madrugada desta segunda-feira, matando uma pessoa e deixando outras seis  pessoas feridas. 

Novos ataques noturnos levados a cabo pela Rússia atingiram a capital da Ucrânia, Kiev, matando uma pessoa e ferindo pelo menos seis, segundo relatam as autoridades.

O ataque em larga escala com drones e mísseis provocou vários incêndios por toda a cidade, incluindo em edifícios residenciais, numa creche, em quiosques ao ar livre e numa estação de metro, segundo as autoridades locais.

O chefe da administração militar da cidade de Kiev, Tymur Tkachenko, declarou que a entrada da estação de metro de Lukianivska ficou danificada, mas que não há registo de vítimas.

Já o presidente da Câmara de Kiev, Vitali Klitschko, anunciou que a creche se incendiou na sequência do ataque.

Esta segunda-feira, os membros do Grupo de Contacto para a Defesa da Ucrânia, presidido pelo Reino Unido e pela Alemanha, reúnem-se para discutir os planos do Presidente dos EUA, Donald Trump, para que os aliados da NATO forneçam armas à Ucrânia.

O encontro acontece uma semana depois de Trump ter anunciado um acordo com os aliados da NATO que conduziria ao fornecimento de armas em grande escala à Ucrânia.

A actriz e cantora brasileira Preta Gil morreu, este domingo, vítima de doença. A artista perdeu a vida nos EUA em mais uma batalha na luta contra um cancro que enfrentava há dois anos.

Conhecida em Moçambique pelo personagem “Helga”, que representou na novela Caminhos do Coração, Preta Gil também cantava, apresentava programas televisivos e era empresária.

A artista enfrenta uma luta aberta ao público contra um cancro há cerca de dois anos. O diagnóstico veio em 2023. Preta Gil chegou a dizer que a doença estava em remissão, mas, em Agosto de 2024, a cantora afirmou que o cancro havia regressado em diferentes partes do corpo. Foi internada e operada várias vezes, mas nunca perdeu a esperança.

Mas, este domingo, Preta não conseguiu sair. Após complicações, perdeu a vida nos EUA, onde seguia tratamento contra a doença.

Filha do cantor Gilberto Gil, Preta construiu uma carreira de sucesso iniciada em 2003 . No percurso lançou vários discos, criou uma empresa publicitária e escreveu  um livro.

Este domingo, Gilberto Gil disse que a família concentra-se em transladar o corpo da filha. Enquanto isso, vários artistas brasileiros usaram as redes sociais para se despedir da artista.

Uma brisa de esperança há muito aguardada está a surgir no leste da República Democrática do Congo. Após anos de violência e o deslocamento de inúmeros civis, um acordo de princípio foi assinado entre o governo congolês e o movimento rebelde M23.

Segundo o African News, o acordo, assinado em Doha sob a mediação do Catar, compromete ambas partes a proteger os civis, respeitando integralmente a soberania territorial da RDC. Em Goma, capital da província de Kivu do Norte, sob controle do M23 desde Janeiro, o anúncio gerou otimismo.

“Estamos muito felizes em saber que eles estão a tentar chegar a um acordo para acabar com a guerra. Seria óptimo ver o país unido novamente e as pessoas a poderem circular livremente sem fronteiras”, disse Fidèle Kasereka, um mototaxista local, em entrevista ao Africa News.

O acordo inclui um cessar-fogo permanente e proíbe explicitamente quaisquer ataques militares, bombardeios aéreos ou avanços territoriais. 

A comunidade internacional saudou o acordo como um “passo significativo”, mas pediu vigilância contínua. A França e a missão de paz das Nações Unidas, MONUSCO, enfatizaram a importância de uma implementação rápida, concreta e sincera.

O acordo entrou em vigor imediatamente. Um mecanismo de monitoramento será estabelecido para garantir que todas as partes cumpram seus compromissos. Negociações directas são esperadas nas próximas semanas, com o objetivo de chegar a um acordo de paz abrangente até o próximo verão, alinhado ao protocolo assinado em 27 de Junho entre Kinshasa e Kigali.

Pelo menos 38 pessoas morreram e cinco continuam desaparecidas na sequência do naufrágio de um barco turístico na baía de Halong, no norte do Vietname, de acordo com a imprensa vietnamita.

Um balanço anterior dava conta de pelo menos 28 mortos e 14 desaparecidos na sequência do naufrágio ocorrido sábado. Os esforços de busca continuam a ser dificultados pelo avanço do tufão Wipha, em direção à costa do país asiático.

A marinha vietnamita recuperou durante a noite os corpos de três membros da tripulação, depois de ter conseguido virar o barco, no qual seguiam 58 pessoas.

As três mortes elevam o número total de vítimas mortais para 38, enquanto cinco pessoas ainda estão desaparecidas e dez foram resgatadas com vida.

Os ventos trazidos pela tempestade Wipha atingiram até 101 km/h e rajadas de até 126 km/h quando passou ao sul de Taiwan.

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