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O Irão assegurou, esta quinta-feira, que está a cooperar com a China e a Rússia, para travar possíveis sanções europeias ligadas ao programa nuclear iraniano.

A Alemanha, o Reino Unido e a França (grupo conhecido como E3), indicaram estar prontos para accionar sanções, se não for encontrada nenhuma solução negociável para o programa nuclear iraniano até ao final de Agosto, numa carta enviada na terça-feira, ao secretário-geral da ONU, António Guterres.

O Irão avisou que se as sanções europeias avançarem, Teerão “tem as ferramentas para reagir”. 

Nesta altura, Teerão garante que está a trabalhar com a China e a Rússia para evitar possíveis sanções dos 3 países europeus, no contexto do programa iraniano. 

Refira-se que os  três países europeus, juntamente com China, Rússia e Estados Unidos, estiveram nas negociações do acordo nuclear de 2015 com as autoridades iranianas, para controlo das actividades nucleares do Irão  iranianas em troca do levantamento das sanções internacionais.

A guerra, desencadeada por um ataque israelita ao Irão, em Junho, atrasou o programa iraniano, mas também interrompeu as negociações entre Teerão e Washington.

 

Na véspera da aguardada cimeira entre Vladimir Putin e Donald Trump, a Rússia e a Ucrânia realizaram hoje uma troca de 84 prisioneiros de guerra, informou o Ministério da Defesa russo.

Segundo o comunicado, 84 militares russos regressaram de áreas controladas pelo governo de Kyiv, enquanto 84 soldados das forças armadas ucranianas foram devolvidos a Ucrânia. Não foram fornecidos detalhes sobre o procedimento adotado para a operação.

A troca de prisioneiros e de corpos de soldados mortos continua a ser uma das poucas áreas de cooperação entre Moscovo e Kyiv, mais de três anos após o início da ofensiva russa contra a Ucrânia.

Ao longo deste ano, milhares de prisioneiros foram libertados por ambas as partes, no âmbito de três rondas de negociações diretas realizadas em Istambul, entre maio e julho. Estes intercâmbios representam o único avanço concreto dessas reuniões.

No encontro mais recente, em julho, as delegações apenas reconheceram o aumento da distância entre as respetivas posições para alcançar o fim do conflito.

A troca desta quinta-feira acontece um dia antes da reunião no Alasca, que deverá focar-se principalmente nas possibilidades de paz na Ucrânia. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, não deverá participar no encontro.

Cinco medidas foram tomadas pela África do Sul, depois da  imposição de tarifas unilaterais de 30% pelos Estados Unidos, que entrou em vigor a 7 de Agosto. 

Diante da tarifa de 30% nas exportações da África do Sul para os Estados Unidos, a terra do rand decidiu tomar medidas para reduzir seu impacto na economia. São elas: 

  • Engajamento contínuo com EUA para garantir um acordo e reduzir as tarifas;
  • Diversificação das exportações para mercados alternativos;
  • Pacote de respostas económicas para trabalhadores e empresas vulneráveis;
  • Defesa comercial contra aumento repentino de importações e;
  • Intervenções do lado da demanda.

Por outro lado, a África do Sul pretende acelerar o desenvolvimento do Acordo da Zona de Comércio Livre Continental Africana, bem como reforçar a sua presença nos mercados da Europa, Ásia, Médio Oriente e outras regiões.

É ainda intenção da África do Sul melhorar  a certificação de exportação e as normas de biossegurança, bem como reforçar a resiliência económica.

Consequentemente, o USA-Africa Trade Desk informou que irá enviar contentores de aves e carne de porco de vários estados para a África do Sul dentro de duas semanas.

O governo sul-africano declarou que fará o máximo para proteger o mercado americano, ao mesmo tempo que acelera o ritmo de diversificação do seu mercado local para garantir o emprego e a estabilidade industrial.

O Banco Mundial aprovou um apoio de emergência de 10 milhões de dólares para reforçar a resposta aos danos provocados pelas cheias, que causaram oito mortos e três desaparecidos, anunciou o primeiro-ministro de Cabo Verde.

O apoio foi acionado ao abrigo de um programa de cooperação para ajudar os esforços do Governo numa recuperação económica resiliente e equitativa, com o Banco Mundial a permitir um desembolso imediato, adiantou Ulisses Correia e Silva, na página oficial do Facebook.

O governante agradeceu ao Grupo Banco Mundial pela “resposta célere” ao pedido efectuado por Cabo Verde “e pelo elevado sentido de solidariedade” perante a necessidade de emergência social e infraestrutural, para proteger as pessoas e reconstruir com maior resiliência”.

Segundo a RTP, a tempestade, na madrugada de segunda-feira, provocou oito mortos e três desaparecidos na ilha de São Vicente, onde casas e estradas foram destruídas, pontes colapsaram e alguns bairros ficaram inundados.

Também foram registados danos em Santo Antão e São Nicolau, com o Governo a declarar situação de calamidade por seis meses nos três municípios, para permitir a mobilização urgente de recursos.

Na terça-feira, um contingente de 30 militares e polícias, três viaturas e material para limpezas e transporte de água chegou para apoiar as operações de resposta e recuperação em São Vicente.

A defesa de Jair Bolsonaro pediu, na quarta-feira, ao Supremo Tribunal Federal a absolvição do ex-presidente brasileiro, julgado por alegada tentativa de golpe de Estado após as eleições presidenciais de 2022, vencidas por Lula da Silva.

Num documento de 197 páginas entregue ao tribunal, citado pela imprensa internacional, os advogados do ex-chefe de Estado (2019-2022), de 70 anos, sustentaram que Bolsonaro é “inocente de todas as acusações” que lhe são imputadas e que “a total ausência de provas” foi demonstrada.

O líder do campo conservador na maior economia da América Latina deverá conhecer em breve o desfecho do julgamento.

Juntamente com sete colaboradores, Bolsonaro é acusado de tentar garantir a sua “manutenção autoritária no poder” apesar da derrota frente a Lula da Silva (esquerda).

Em 08 de janeiro de 2023, uma semana após a posse de Lula, milhares de apoiantes de Bolsonaro invadiram as sedes dos três poderes em Brasília, denunciando uma alegada fraude eleitoral e apelando para uma intervenção militar.

Bolsonaro declarou-se inocente em Junho perante o Supremo Tribunal Federal, afirmando que “um golpe de Estado é algo abominável”. O ex-presidente poderá ser condenado a 40 anos de prisão.

No início de Agosto, antes mesmo da conclusão do julgamento, Bolsonaro foi colocado em prisão domiciliária, na sua casa em Brasília, por ter desrespeitado uma proibição de se expressar nas redes sociais.

Apesar de ter sido declarado inelegível até 2030 por ataques sem provas à fiabilidade das urnas eletrónicas, o ex-presidente mantém a esperança de concorrer às presidenciais de 2026.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, declarou hoje, em Berlim, que espera que a reunião marcada para sexta-feira, no Alasca, entre o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder russo, Vladimir Putin, resulte em um cessar-fogo na guerra entre Rússia e Ucrânia.

“Discutimos a reunião no Alasca e esperamos que haja um cessar-fogo”, afirmou Zelensky após uma videoconferência com o chanceler alemão, Friedrich Merz, e Donald Trump. O diálogo também contou com a participação de líderes europeus em reunião virtual.

Segundo anúncio da Casa Branca, a cimeira entre Trump e Putin acontecerá na base militar de Elmendorf-Richardson, localizada em Anchorage, no Alasca. Este local, no norte da cidade, é considerado o único no estado que atende aos requisitos de segurança necessários para uma reunião de grande porte como esta.

Este encontro será o primeiro entre os presidentes dos dois países desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

O Exército da República Democrática do Congo acusa o grupo rebelde M23 de violar repetidamente o acordo de cessar-fogo, com ataques sucessivos no leste do país. 

A região leste da República Democrática do Congo, rica em recursos naturais, é palco de confrontos há décadas entre forças governamentais e grupos armados.

O grupo rebelde M23, apoiado pelo Ruanda, retomou as armas em 2021 e já conquistou diversas zonas estratégicas, como Goma e Bukavu. Nos últimos dias, os confrontos intensificaram-se na cidade de Mulamba, na província de Kivu do Sul, onde a linha de frente estava relativamente estável desde Março.

Um acordo de cessar-fogo foi assinado no mês passado em Doha, no Qatar, com apoio dos Estados Unidos, e previa uma trégua permanente. No entanto, o Exército congolês afirma que os ataques “quase diários” representam uma violação clara do acordo. O exército do Congo prometeu responder às provocações com força.

O grupo M23, por sua vez, acusa o governo congolês de manter operações ofensivas. A situação agrava ainda mais a crise humanitária na região e ameaça colapsar os esforços diplomáticos em curso.

Chuvas em Cabo Verde fazem pelo menos oito mortos e deixam suspensa a distribuição de água em São Vicente, devido a uma inundação na estação de captação local. A responsável pela Proteção Civil da ilha de São Vicente dá ainda conta de três desaparecidos e 12 desalojados. O Governo cabo-verdiano decretou dois dias de luto nacional, iniciado na terça-feira.

“Sete são resultado das cheias e um foi eletrocutado. Temos três desaparecidos e um bom número de desalojados que estão a ser apoiados”, afirmou o vereador para a Proteção Civil, Ambiente e Saneamento da ilha de São Vicente, José Carlos da Luz, em declarações à Rádio de Cabo Verde, revelando que quatro das vítimas mortais são crianças.

O ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha, confirmou à Rádio Renascença que não de outras nacionalidades.

As chuvas inundaram ruas, levantando pavimentos e arrastando carros à medida que espalhavam detritos. Há registo de danos materiais significativos, com casas, lojas e viaturas total ou parcialmente destruídas, tendo o executivo activado o Fundo Nacional de Emergência, o que “permitirá, num primeiro momento, afectar de forma extraordinária todos os recursos que forem necessários para apoiar as populações”, explicou o ministro, citado pela Renascença.

Segundo a imprensa internacional, houve muitas casas particulares e comércios afectados.A tempestade perturbou também a actividade turística, fazendo com que hotéis ficassem alagados.

Na ilha de São Vicente, entre as três e as quatro horas da madrugada de segunda-feira, registaram-se cerca de 163 milímetros de chuva por hora. Um valor que “excedeu de longe a norma para a ilha”, referiu Ester Brito, presidente do Instituto Nacional de Meteorologia e Geofísica (INMG) de Cabo Verde, citada pelo jornal Santiago Magazine, justificando a ausência de alerta para chuvas torrenciais com a falta de equipamentos.

“Utilizamos imagens de satélite e modelos de previsão, mas sem radares não conseguimos estimar a quantidade exacta de chuva que poderá cair”, explicou.

O comandante do Serviço Nacional de Proteção Civil e Bombeiros, Major Domingos Tavares, confirmou não ter recebido qualquer aviso prévio por parte do INMG, situação que impediu a activação antecipada de mecanismos de prevenção.

Além da situação de calamidade nas ilhas de São Vicente e Santo Antão, o governo cabo-verdiano decretou luto nacional de dois dias, a contar a partir de terça-feira.

Quanto ao presidente do país, José Maria Neves, destacou “a prontidão” dos serviços de proteção civil, bombeiros, polícia e cidadãos que participaram na assistência dada às vítimas.

Também Marcelo Rebelo de Sousa reagiu à tragédia em Cabo Verde, manifestando “profundo pesar”.

Israel vai permitir a saída para o estrangeiro dos habitantes da Faixa de Gaza que queiram fugir do território palestiniano, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, ao mesmo tempo que afastou um cessar-fogo com o grupo islamita Hamas.

Em uma entrevista ao canal de televisão i24 News, citado por Lusa, o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu apelou: “Na Síria, milhões partiram (…), na Ucrânia, milhões partiram, no Afeganistão, milhões partiram… E de repente eles [comunidade internacional] decidem que, em Gaza, os civis devem ficar presos? Deem-lhes a oportunidade de sair, antes de tudo, das zonas de combate e, em geral, do território, se assim o desejarem”. 

Referindo que não podia entrar em pormenores, o chefe do Governo relatou que está em contacto com vários países na qualidade de possíveis anfitriões, insistindo que “o mais natural, para todos aqueles que se manifestam, aqueles que dizem que se preocupam com os palestinianos e os querem ajudar, é abrir as suas portas” a quem queira abandonar o território.

“Vamos permitir isso, em primeiro lugar, dentro de Gaza, durante os combates, e certamente permitiremos que eles também saiam de Gaza. Não os estamos a expulsar, mas estamos a permitir que saiam, e é isso que está a acontecer”, sustentou Netanyahu.

O Exército israelita anunciou uma nova fase dos combates, ao fim de 22 meses de ofensiva, no seguimento da aprovação do Gabinete de Segurança do plano de ocupação da Cidade de Gaza e deslocação de centenas de milhares dos seus habitantes, além da expansão das operações militares aos campos de refugiados da costa central do enclave.

Na entrevista ao canal i24 News, Netanyahu rejeitou a possibilidade de um cessar-fogo de 60 dias com o Hamas, no âmbito da tentativa de relançamento de negociações entre as partes, anunciadas pela mediação egípcia e que envolveria a libertação de reféns em posse das milícias palestinas.

“Penso que já ultrapassámos isso. Tentámos, fizemos todo o tipo de tentativas (…), mas no final de contas estavam apenas a enganar-nos”, comentou o primeiro-ministro israelita, referindo-se às rondas anteriores, que não produziram resultados.

Netanyahu reiterou que quer recuperar todos os cerca de 50 reféns mantidos pelo Hamas, dos quais se estima que 20 estejam vivos.

Segundo a imprensa internacional, além da ocupação da Cidade de Gaza, o novo plano israelita, que suscitou amplas críticas dentro e fora de Israel, tem como objetivos a destruição do grupo armado palestiniano e a libertação dos reféns, seguindo-se a criação de um “perímetro de segurança” e entrega do território a uma administração civil que não seja hostil a Telavive.

O ministro dos Negócios Estrangeiros do Egito, Badr Abdelaty, revelou aos jornalistas no Cairo que o seu país está em negociações com o Hamas e Israel para retomar a proposta de cessar-fogo do enviado norte-americano para o Médio Oriente, Steve Witkoff, com o qual o governante egípcio diz manter “contacto diário”.

A proposta inclui uma trégua de 60 dias, durante a qual o grupo palestiniano libertaria dez reféns vivos na Faixa Gaza e outros 18 mortos, e um período durante o qual as partes abordariam o fim definitivo da guerra.

A Faixa de Gaza, totalmente dependente de ajuda humanitária, está ameaçada por uma “fome generalizada”, segundo a ONU, que pediu a entrada de apoio urgente face a uma “catástrofe inimaginável”, apesar de Israel negar este alerta, que é acompanhado por outras organizações internacionais e advertências de vários países.

O conflito no enclave foi desencadeado pelos ataques liderados pelo Hamas em 07 de Outubro de 2023 no sul de Israel, onde cerca de 1 200 pessoas morreram e cerca de 250 foram feitas reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma vasta operação militar no território, que já provocou mais de 61 mil mortos, segundo as autoridades locais, a destruição de quase todas as infraestruturas do enclave e a deslocação de centenas de milhares de pessoas.

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