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Militares do Boko Haram mataram dezenas de pessoas em um ataque noturno a uma vila no nordeste da Nigéria. Trata-se de um lar de moradores que retornaram recentemente de um campo para deslocados internos, disseram autoridades.

O ataque a Darul Jamal, na área do governo local de Bama, ocorreu na noite de sexta-feira e matou pelo menos 60 pessoas, disse um morador da vila, Mohammed Babagana, à Associated Press.

O governador do estado de Borno, Babagana Zulum, que visitou a comunidade atacada no final da noite de sábado, confirmou aos repórteres que mais de 60 pessoas morreram no ataque.

O presidente do governo local de Bama, Modu Gujja, disse que mais de uma dúzia de casas foram queimadas e mais de 100 pessoas foram forçadas a fugir.

O Boko Haram, grupo jihadista nigeriano, pegou em armas em 2009 para combater a educação ocidental e impor sua versão radical da lei islâmica. O conflito se espalhou para os vizinhos do norte da Nigéria, incluindo o Níger, e resultou na morte de cerca de 35 mil civis e no deslocamento de mais de 2 milhões de outros, segundo as Nações Unidas.

A Organização Mundial da Saúde enviou técnicos de saúde especializados à província de Kasai, na República Democrática do Congo (RDC), para conter um surto de ébola. A doença  já fez 15 mortos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, citado pelo Africanews, os casos suspeitos de ébola estão concentrados nas cidades de Bulape e Mweka, em Kasai. 

O director-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse, nesta sexta-feira, que a Ghebreyesus referiu também que amostras estão a ser colectadas e testadas  e mais agentes de saúde estão a caminho.

A OMS fez também a entrega de equipamentos de protecção individual, suprimentos médicos e um laboratório móvel.

Este é o décimo sexto surto de ébola declarado na RDC , desde que o vírus foi detectado pela primeira vez em 1976, e o primeiro na província de Kasai desde 2008.

A OMS  reafirmou o compromisso de apoiar a República Democrática de Congo na luta contra a doença e enfatizou que protegerá os profissionais de saúde da linha de frente por meio de medidas robustas. 

O Irão manifestou disponibilidade para retomar negociações nucleares com os Estados Unidos, mas “sob novas condições”, afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abás Araqchí. Segundo ele, a guerra de 12 dias com Israel alterou o contexto, tornando necessário redefinir os termos do diálogo.

Araqchí declarou que o país mantém trocas de mensagens com Washington por intermédio de terceiros e retomará as conversações assim que os americanos estiverem preparados para negociar com base em interesses comuns e respeito mútuo. Ele destacou que as negociações continuam na agenda, mas agora com novas dimensões.

O ministro sublinhou que o Irão está disposto a dialogar, mas exige respeito pela sua soberania e o levantamento das sanções como pré-condições essenciais. “Não cederemos a pressões nem chantagens”, afirmou, em aparente resposta à exigência americana de suspender o enriquecimento de urânio, considerada inaceitável pelo país persa.

Desde janeiro, o Irão e os EUA realizaram cinco rondas de negociações, com uma sexta reunião prevista, que não ocorreu devido ao conflito com Israel. Washington também participou de ataques contra três instalações nucleares iranianas em junho, antes da trégua de 24 de junho.

Araqchí abordou ainda as negociações em curso com a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), garantindo que as partes estão próximas de um novo acordo de cooperação, que considerará as preocupações de Teerão, suspenso após legislação aprovada pelo parlamento pós-conflito.

No final de agosto, Reino Unido, França e Alemanha ativaram o mecanismo de restauração automática das sanções da ONU contra o Irão. Os três países europeus pedem que Teerão retome negociações com os EUA, coopere com a agência nuclear da ONU e informe sobre 400 kg de urânio enriquecido a 60%, evitando assim a reativação das sanções internacionais.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, fez um apelo directo aos Estados Unidos para que cessem as ameaças militares e respeitem a soberania do país.

A declaração ocorre após o presidente americano, Donald Trump, autorizar o abate de caças venezuelanos que coloquem em risco navios dos EUA no Caribe.

A movimentação reacendeu temores de uma escalada nas tensões entre os dois países, que já enfrentam anos de relações estremecidas.

Segundo o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, “nenhuma das diferenças” entre os dois governos justifica um conflito armado e classificou as atitudes americanas como parte de um plano de “mudança violenta de regime”.

Em encontro com membros da milícia popular, esta sexta-feira, Maduro reafirmou que a Venezuela quer paz, mas não aceitará provocação e exige respeito..

Estas tensões ocorrem numa altura em que o povo venezuelano segue em meio a uma grave crise económica e humanitária, agravada pelo isolamento diplomático e sanções impostas pelos EUA.

Um novo relatório da ONU revela crimes de guerra cometidos no leste da República Democrática do Congo por rebeldes do grupo M23, com apoio de Ruanda, e também por forças armadas do próprio governo congolês. 

Estupros colectivos, escravidão sexual, tortura e assassinatos de civis estão entre as atrocidades denunciadas, consideradas “horríveis” no relatório do escritório de Direitos Humanos da Organizacao das Nacoes Unidas, publicado esta sexta-feira. 

Os crimes ocorrem em meio a conflitos na República Democrática do Congo, uma crise que se agravou no início do ano, com registo de mais de 3 mil mortos.

A equipe da ONU, que visitou a região entre Março e Agosto, alerta para a possibilidade de que esses actos configurem crimes contra a humanidade, protagonizados pelo exército congolês, rebeldes do M23 com apoio de Ruanda. 

A ONU afirma que os crimes ocorreram de forma coordenada e repetida, não sendo casos isolados.

Apesar de um acordo de paz assinado em Junho, especialistas afirmam que a impunidade ainda prevalece, e as vítimas seguem sem o apoio necessário. 

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, rejeitou a proposta do seu homólogo Russo, Vladimir Putin, para um encontro presencial em Moscovo, alegando  que Putin “pode ir a Kiev” se for do seu interesse   negociar para o fim da guerra.

Durante a entrevista a ABC,  Zelensky disse que não vai aceitar encontrar-se com Putin em Moscovo, se for do interesse de Putin, deverá ir ao seu encontro.

De acordo com  Zelensky, a proposta feita por Putin para um encontro em Moscovo visa apenas “adiar” uma eventual reunião.

A ideia de um encontro presencial entre os dois líderes decorre dos esforços diplomáticos lançados pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, e foi inicialmente proposta para acontecer duas semanas depois das cimeiras no Alasca e em Washington. 

Por sua vez, a Ucrânia, que se encontra sob lei marcial desde o início da invasão russa, em Fevereiro de 2022, não consegue organizar eleições representativas, devido aos bombardeamentos no território ucraniano.

Refira-se que, aquando da  invasão russa da Ucrânia, as propostas para um acordo de paz entre Moscovo e Kyiv têm fracassado.

Os Estados Unidos da América aprovaram 32,5 milhões de dólares em assistência à Nigéria para ajudar a combater a fome. Uma mudança na política externa dos EUA desde a suspensão da maior parte da ajuda através da USAID.

O fundo fornecerá assistência alimentar e suporte nutricional para pessoas deslocadas internamente em áreas afectadas por conflitos, disse a missão dos EUA na Nigéria, em um comunicado, citado pela Africa News. 

A directora regional do Programa Mundial de Alimentos para a África Ocidental, Margot Velden, disse que a insegurança e os cortes de financiamento colocaram a Nigéria do Norte sob o domínio de uma crise de fome sem precedentes.

Segundo Velden a crise pode deixar mais de 1,3 milhão de pessoas sem comida e forçar o fechamento de 150 clínicas de nutrição no estado de Borno.

 O PMA suspendeu em julho a assistência alimentar em países da África Ocidental e Central afectados por crises devido a cortes de ajuda dos EUA e de outros países.

As reservas de alimentos estavam projetadas para acabar em Setembro corrente  para a maioria dos afectados, deixando milhões de pessoas vulneráveis potencialmente sem ajuda emergencial.

A missão dos EUA disse que a doação fornecerá assistência alimentar e nutricional a 764.205 beneficiários no nordeste e noroeste do país mais populoso da África. 

De acordo com o comunicado dos EUA, a ajuda inclui complementos nutricionais para 41.569 mulheres e raparigas grávidas e lactantes e 43.235 crianças através de vales electrónicos de alimentos.

 A Nigéria também está lidando com uma insurgência na região nordeste, que resultou na morte de cerca de 35 mil civis.

A República Democrática do Congo confirmou um novo surto de ébola no sul de Kasai, relatando 28 infecções suspeitas e 15 mortes. O Ministério da saúde declarou que a doença está a voltar a espalhar-se na região.

Os funcionários da saúde identificaram a paciente inicial como uma mulher grávida internada no final de Agosto, com sintomas de hemorragia em Bulape, tendo morrido dentro de uma semana.

De acordo com a África News, o Instituto Nacional da Saúde Pública declarou uma emergência esta semana após o número de casos potenciais ter aumentado.  

Por sua vez, o Ministério da saúde declarou oficialmente esta Quinta-feira, que o Ébola está a espalhar-se novamente na região.

As autoridades provinciais contaram inicialmente oito mortes, mas o número aumentou rapidamente à medida que sintomas típicos de Ébola, como febre alta, vômitos e várias hemorragias, se espalharam entre outros expostos durante o sepultamento.

Esta é a décima vez que o Congo enfrenta essa doença, desde o primeiro surto documentado em 1976. Alguns surtos anteriores mataram centenas  de pessoas e a África Central continua em risco de infecções recorrentes.   

Um encontro que vai decorrer em Paris, com a presença de Emmanuel Macron, do primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, e do chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, entre outros.

Segundo a imprensa internacional, Volodymyr Zelensky vai também discutir o futuro da guerra com a Rússia e os caminhos para a paz, com os restantes chefes de estado e de governo da União Europeia, como Luís Montenegro, que vão participar nesta reunião à distância, por vídeo-conferência.

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