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A União Europeia (UE) lamentou a decisão da Mongólia, país que faz parte do Estatuto de Roma, de ignorar o mandado de detenção contra o Presidente russo emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

“A UE lamenta que a Mongólia, um Estado participante do Estatuto de Roma do TPI, não tenha cumprido com as suas obrigações ao abrigo deste estatuto e levado a cabo o mandado de detenção”, refere uma nota, citada pela Lusa.

A União recordou que o Presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, tem um mandado de detenção emitido pelo TPI por “crimes internacionais, especificamente crimes nos quais alegadamente participou de deportações ilegais e transferência ilegal de crianças dos territórios ucranianos temporariamente ocupados”.

Por isso, o bloco comunitário exigiu a todos os países signatários deste estatuto que cumpram com as obrigações e que detenham Vladimir Putin se o Presidente russo viajar para os seus territórios.

A próxima visita de Vladimir Putin a um país que faz parte do Estatuto de Roma poderá ser ao México, para a tomada de posse da nova Presidente, Cláudia Sheinbaum, no dia 01 de Outubro. O convite foi feito pelo Governo, que justificou na altura a decisão com “notas diplomáticas” enviadas a todos os países com os quais mantém relações.

Longe do que era esperado, Vladimir Putin chegou a Mongólia, país membro do Tribunal Penal Internacional (TPI),  e não foi detido.  Putin é acusado de crime de guerra  na Ucrânia.

Há 18 meses que o Tribunal Penal Internacional emitiu mandado de captura ao Presidente Russo, Vladimir Putin, acusado de crimes de guerra na Ucrânia, e Putin continua desfilando a classe até em países membros do Tribunal Internacional, que são obrigados a deter os suspeitos, quando é emitido um mandado de captura.

Nesta segunda-feira, o líder Russo chegou à Mongólia e não foi detido, apesar do pedido feito pela União Europeia e Ucrânia ao Tribunal Penal Internacional. 

Esta sexta-feira, Putin juntar-se-á ao presidente da Mongólia, Ukhnaa Khurelsukh na cerimónia que assinala a vitória, em 1939, das tropas soviéticas e mongois sobre o exército japonês, que tinha tomado o controlo da Manchúria, no nordeste da China.

Signatário do acordo do Tribunal Penal Internacional desde o ano de 2000, a Comunidade Europeia e o povo da Ucrânia esperavam que Putin fosse detido.

“Manifestamos as nossas preocupações relativamente à visita e manifestamos claramente a nossa posição em relação ao Tribunal Penal Internacional, através da nossa delegação na Mongólia e evidentemente, a UE apoia a investigação pelo procurador do TPI na Ucrânia. E apelamos à plena cooperação de todos os estados Partes”, disse Nazira Massalli, Porta Voz da UE para os Negócios Estrangeiros. 

Recorde-se que em 2023, na 15ª cimeira dos BRICs na África dos Sul, o presidente Russo era esperado e não compareceu, tendo simplesmente enviado o ministro dos negócios e estrangeiros.

Desde a sua criação, outros indivíduos que foram alvo de mandados de prisão do TPI, como o ditador sudanês, Omar al Bashir, viajaram para Estados signatários do Estatuto de Roma, também sem serem detidos.

A justiça norte-americana apreendeu um avião utilizado pelo Presidente venezuelano, Nicolás Maduro. Segundo a imprensa internacional, o jato foi adquirido ilegalmente através de uma empresa de fachada, e contrabandeado para fora dos Estados Unidos, o que supostamente viola as sanções e as leis de controle das exportações.

As autoridades americanas afirmam que os associados do líder venezuelano utilizaram uma empresa de fachada sediada nas Caraíbas para ocultar o seu envolvimento na compra do avião, avaliado, na altura, em 13 milhões de dólares, a uma empresa da Flórida.

O avião foi exportado dos EUA para a Venezuela, através das Caraíbas, em Abril de 2023, numa transação destinada a contornar uma ordem executiva que proíbe as pessoas dos EUA de efetuarem transações comerciais com o regime de Maduro.

Várias agências federais estiveram envolvidas na apreensão, incluindo Investigações de Segurança Interna e Agentes de Comércio. 

No início deste ano, os Estados Unidos impuseram sanções ao sector do petróleo e do gás da Venezuela, em resposta ao fracasso do governo de Maduro em permitir a realização de eleições inclusivas e competitivas.

Após a polémica reeleição de Maduro, em 28 de julho, a Venezuela suspendeu os voos comerciais para a República Dominicana.

Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos EUA acusou Maduro, juntamente com 14 actuais e antigos funcionários venezuelanos, de narcoterrorismo, tráfico de drogas e corrupção, tendo oferecido uma recompensa de até 15 milhões de dólares por informações que levem à prisão ou condenação de Maduro.

O Uruguai decidiu, na segunda-feira, juntar-se aos seis países que pediram ao Tribunal Penal Internacional  para investigar a alegada responsabilidade do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, em crimes contra a humanidade.

A denúncia foi feita em 2018 pela Argentina, Canadá, Colômbia, Chile, Paraguai e Peru.

A ONU disse ontem, em comunicado, que o país vive um clima de medo, pois muitas pessoas estão a ser detidas, acusadas de incitamento ao ódio, ao abrigo da legislação antiterrorista.

Enquanto isso na Venezuela, a Procuradoria-Geral solicitou, segunda-feira, a emissão de um mandado de captura para o líder da oposição Edmundo Gonzalez, depois deste não ter respondido a três convocatórias para testemunhar sobre um site da oposição que publicou resultados detalhados das disputadas eleições presidenciais do país.

O site está a ser investigado por usurpar a função da autoridade eleitoral, que diz que o Presidente Nicolás Maduro ganhou o escrutínio de 28 de julho, mas até agora não publicou as actas com os resultados detalhados.

Um tribunal venezuelano especializado em crimes relacionados com terrorismo emitiu um mandado de prisão para o líder da oposição, Edmundo González Urrutia, candidato presidencial z nas eleições de 28 de Julho.

O mandado, segundo escreve o Notícias ao Minuto, foi emitido menos de uma hora depois de o Ministério Público o ter solicitado.

O Ministério Público publicou a ordem na rede social Instagram, especificando que, uma vez efectuada a detenção, González Urrutia “deve ser imediatamente colocado à disposição” do Ministério Público, que, por sua vez, “”deve apresentá-lo perante o tribunal no prazo de 48 horas após a detenção”.

Isto para que se realize uma “audiência oral na presença das partes e se resolva o que for conveniente”, uma vez que o ex-candidato é acusado pelo Estado venezuelano de ter alegadamente cometido os crimes de usurpação de funções, falsificação de documentos públicos, instigação à desobediência das leis, conspiração, sabotagem de danos no sistema e associação para cometer crimes, de acordo com o documento, citado pela imprensa internacional.

O Ministério Público pediu à justiça que emitisse um mandado de prisão para González Urrutia depois de este não ter comparecido a três convocatórias, nas quais devia prestar declarações no âmbito de uma investigação relacionada com alegações de fraude nas presidenciais.

A investigação está relacionada com a publicação de uma página na Internet em que a principal coligação da oposição – Plataforma Unitária Democrática (PUD) – afirma ter carregado 83,5% das atas eleitorais recolhidas por testemunhas e membros das mesas de voto para reforçar a afirmação de que González Urrutia ganhou as eleições por uma ampla margem.

A PUD divulgou as actas, que o executivo, por sua vez, qualificou de falsas, depois de o Conselho Nacional Eleitoral ter proclamado Maduro como vencedor das eleições.

 

Cento e vinte e nove pessoas morreram durante uma tentativa de fuga da prisão central de Makala, em Kinshasa, na República Democrática do Congo.

“O balanço provisório é de 129 mortos, 24 dos quais por disparos de arma de fogo, depois de avisados [pelas forças de segurança], enquanto as restantes vítimas morreram devido a empurrões ou asfixia”, disse hoje o ministro do Interior congolês na rede social X, acrescentando que há também 59 feridos.

Segundo relatos de moradores da zona, o tiroteio começou dentro da prisão, por volta da meia-noite de domingo.

A prisão de Makala, a principal da República Democrática do Congo, com capacidade para 1.500 lugares, mas sobrelotada, alberga entre 14 mil e 15 mil reclusos, segundo as estatísticas oficiais.

Segundo o último relatório da Amnistia Internacional, a prisão tem mais de 12.000 reclusos, a maioria dos quais aguarda julgamento.

Em 2017, um ataque noturno perpetrado por homens armados levou à fuga de mais de 4.000 detidos.

As autoridades que investigavam a morte do Presidente iraniano Ebrahim Raisi e do ministro dos Negócios Estrangeiros daquele país  concluíram que a aeronave em que este seguia se despenhou após o aparecimento súbito de nevoeiro denso, descartando qualquer sabotagem.

Lembre-se, o acidente levantou suspeitas de sabotagem e receio do crescimento do conflito no médio oriente. Isto porque nos últimos meses antes da sua morte, o Presidente do Irão assumia-se como um firme adversário de Israel, apoiando o movimento islamita palestiniano Hamas, em conflito com Telavive.

Assim, justificou o ataque sem precedentes lançado pelo Irão contra Israel a 13 de Abril deste ano, utilizando 350 ‘drones’ e mísseis, a maior parte dos quais foram interceptados, com a ajuda dos Estados Unidos e de vários outros países aliados de Telavive.

Cerca de 118 milhões de africanos vão estar expostos a secas, inundações e calor extremo no continente até 2030, se não forem tomadas medidas adequadas. O alerta é da Organização Meteorológica Mundial (OMM).

“O aumento da temperatura no continente africano é ligeiramente superior à média mundial e as alterações climáticas são um fardo cada vez mais pesado em África”, alertou a OMM no relatório sobre Estado do Clima em África 2023, divulgado hoje em Abidjan, na Costa do Marfim.

Na África Subsariana, estima-se que o custo da adaptação climática se vá situar entre 30 e 50 mil milhões de dólares (cerca de 27 e 45 mil milhões de euros) por ano durante a próxima década, ou seja, 2% a 3% do PIB da região, segundo o relatório da OMM, citado pelo Notícias ao Minuto.

“Enquanto muitos países do Corno de África, da África Austral e do Noroeste de África continuaram a sofrer secas excepcionais de vários anos, outros países registaram eventos extremos de precipitação em 2023, levando a inundações com vítimas significativas”, alertou Saulo.

Segundo a representante da OMM, estes fenómenos extremos tiveram um impacto devastador nas comunidades, com graves implicações económicas e este padrão de condições climatéricas extremas continuou em 2024, alertou.

As autoridades venezuelanas libertaram  76 adolescentes detidos nos protestos pós-eleições presidenciais de Julho, nas quais o Presidente Nicolás Maduro foi declarado vencedor.

A informação foi revelada pelo Fórum Penal, organização não-governamental venezuelana, que acrescentou que os adolescentes pertenciam a oito estados da Venezuela, nomeadamente: Guárico, Barinas, Lara, Bolívar, Táchira, Portuguesa, Yaracuy e Caracas.

Na mesma nota, a organização disse condenar o facto dos adolescentes terem sido privados da sua liberdade por “defenderem a sua forma de pensar, e que eles e as suas famílias tenham tido de viver dias de angústia e dor”.

O Fórum Penal denunciou que os menores foram sujeitos a detenções arbitrárias e abusos no contexto do direito de protesto pacífico, e exigiu a “libertação imediata” dos adolescentes que ainda continuam detidos.

A 29 de agosto, foram também libertados outros 16 adolescentes detidos durante os protestos. Até sábado, o Fórum Penal contabilizava 1.780 detenções desde 29 de julho, incluindo 1.550 homens e 230 mulheres, com 114 adolescentes na lista.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as actas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.

O Papa Francisco manifestou, hoje, preocupação com o agravamento do conflito em território palestiniano, e apelou novamente para um cessar-fogo imediato.

Não é a  primeira vez que o Papa Francisco pede diálogo entre Palestina e Israel.

Na missa deste domingo, na Praça de São Pedro, o Sumo Pontífice lamentou que mais de um milhão de pessoas tenham sido mortas e outras dezenas feridas.

O Papa insistiu na necessidade de continuarem as negociações para uma trégua e para um “cessar-fogo imediato”, reiterando o pedido de libertação dos reféns israelitas ainda detidos pelo Hamas.

O Santo Padre exigiu ainda que a população de Gaza receba ajuda, pois várias doenças tem-se espalhado naquele na região, incluindo a poliomielite.

Na última semana, Israel lançou uma operação militar em grande escala no território palestiniano da Cisjordânia, sob ocupação israelita desde 1967, onde ocorreram confrontos mortais e fortes incursões do Exército em cidades palestinianas como Tulkarem e Jenin.

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