O País – A verdade como notícia

A justiça norte-americana adiou o anúncio da sentença  de Donald Trunp, para depois das eleições presidenciais de Novembro, nas quais o republicano é candidato. A sentença  tem a ver com o caso de pagamento ilegal para comprar o silêncio de uma atriz pornográfica.

O juiz que julga o caso de pagamento ilegal para comprar o silêncio de uma atriz pornográfica pelo ex-presidente dos EUA entende que o anuncio da sentenca numa altura em que decorre a campanha eleitoral poderia aferar o processo. 

Juan M. Merchan entende que o tribunal é uma instituição justa,  imparcial e política, por isso ter remarcado a cessão do anúncio do julgamento de Trump para  26 de Novembro, 25 dias depois das eleições presidenciais.

Donald Trump reagiu à notícia dizendo que o já devia ter sido encerrado.

A leitura da sentença estava agendada para 18 de setembro, tendo sido adiada no seguimento da pressão dos advogados de Trump em várias frentes, desde um requerimento ao juiz do tribunal nova-iorquino a um pedido de intervenção da justiça federal.

Os defensores do ex-líder da Casa Branca argumentam que puni-lo no meio da campanha presidencial equivaleria a interferência eleitoral.

A Rússia diz ter capturado seis cidades na região de Donetsk, e ter atacado um centro de treino conjunto do exército ucraniano. Os pronunciamentos foram feitos nesta sexta-feira pelo Ministério da defesa.

O Ministério da Defesa russo informou que as suas forças capturaram seis colonatos em Donetsk e lançaram 17 ataques massivos contra alvos militares ucranianos incluindo sistemas de mísseis e infra-estruturas energéticas críticas.

Além disso, as forças russas também atacaram um centro de treino conjunto do exército ucraniano na cidade de Poltava, onde especialistas ucranianos em guerra electrónica e operadores de drones estariam a ser treinados por instrutores estrangeiros, disse o ministério.

Na região de Kursk, o ministério disse que as suas forças repeliram com sucesso os avanços ucranianos, tendo as forças ucranianas perdido supostamente mais de 300 militares e 12 veículos blindados nas últimas 24 horas.

Por sua vez o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na sexta-feira que as forças ucranianas conduziam operações em Kursk há um mês, resultando em 6.000 baixas militares russas.

Zelensky também diz que a Ucrânia controla agora mais de 1.300 quilómetros quadrados do território de Kursk e mais de 100 assentamentos na área.

A Ministra da Justiça da África do Sul, Thembi Simelane, nega as acusações de corrupção relacionadas com o VBS Mutual, banco sul-africano em que mais de mil reformados perderam as suas poupanças, depois do desvio de mais de dois milhões de rands.

Depois da polícia ter revelado que o dinheiro desviado do banco sul-africano foi utilizado para distribuir presentes financeiros a várias pessoas e organizações, incluindo partidos políticos, a Ministra da Justiça sul-africana negou as todas acusações.

Em causa está um escândalo financeiro envolvendo o VBS Mutual Bank, que detinha as poupanças de reformados do país, tendo sido declarado insolvente e falido em 2018, depois de se ter descoberto o desvio de mais de dois mil milhões de rands da instituição financeira.

Com a intenção de manter limpa a sua imagem, a governante sul-africana garantiu que o empréstimo por si recebido era honesto e que o tinha pago com juros, rebatendo a alegação de ter participado em subornos pela intermediação de investimentos ilegais para o VBS nos municípios sul-africanos.

Os argumentos de defesa da ministra da justiça sul-africana foram deixados durante uma sessão de perguntas e respostas aos deputados do parlamento sul-africano, esta sexta-feira.

A Ministra da Justiça, sul-africana foi nomeada para o cargo em junho, no âmbito do recém-formado Governo de unidade nacional na África do Sul.

Um incêndio no dormitório de uma escola no Quénia vitimou mortalmente pelo menos 17 estudantes, revelou uma porta-voz da polícia queniana, citada pela agência Reuters, esta sexta-feira.

A porta-voz da polícia assegurou que as autoridades “estão no local, neste momento”. Para lá dirigem-se também outras equipas de resgate de emergência.

A cadeia de televisão local Citizen Television avançou, inicialmente, que os estudantes sofreram queimaduras que os deixaram irreconhecíveis.

A escola Hillside Endarasha Academy, onde aconteceu o incêndio, está localizadaa em Nyeri, no centro do país africano. As causas do incidente estão a ser investigadas, estimando-se que o número de vítimas mortais possa vir a aumentar.

Os países africanos estão a perder até 5% do seu PIB a cada ano, por suportarem um fardo maior do que o resto do mundo devido às mudanças climáticas. A conclusão consta de um relatório divulgado na segunda-feira.

A Organização Meteorológica Mundial disse que muitas nações africanas estão gastam até 9% de seus orçamentos em políticas de adaptação climática.

“Nos últimos 60 anos, a África observou uma tendência de aquecimento que se tornou mais rápida do que a média global”, disse a Secretária-Geral da OMM, citada pela imprensa internacional.

A África é responsável por menos de 10% das emissões globais de gases de efeito estufa. Mas é a região mais vulnerável a eventos climáticos extremos, incluindo secas, inundações e ondas de calor, disse a OMM.

O novo relatório se concentra em 2023, um dos três anos mais quentes da África já registrados. 

Os efeitos das mudanças climáticas têm sido angustiantes. Entre setembro e outubro de 2023, aproximadamente 300.000 pessoas em toda a África Ocidental foram afectadas por enchentes, refere o relatório. A Zâmbia sofreu a pior seca em 40 anos, afetando quase 6 milhões de pessoas.

O padrão de eventos climáticos extremos na África continua em 2024, de acordo com especialistas.

Na região do Sahel, ao sul do Saara, as inundações afectaram mais de 716.000 pessoas este ano, de acordo com as Nações Unidas. No Mali, as autoridades declararam, na semana passada, um desastre nacional devido às inundações que afetaram 47.000 pessoas desde o início da estação chuvosa.

A África Ocidental passou por uma onda de calor sem precedentes no início deste ano, que levou a um aumento das mortes.

A principal figura da oposição política no Uganda, Bob Wine, está estável, depois de ter sido atingido na perna, esta terça-feira, pela polícia, durante um protesto. Estas informações foram partilhadas pelo partido Plataforma de Unidade Nacional (NUP), do qual faz parte. 

Em declarações divulgadas pelo Jornal local da Uganda, Daily Monitor, o advogado da NUP, George Musisi disse que Bobi Wine está fora de perigo. 

Esta manhã, o porta-voz do NUP, Joel Ssenyonyi, disse que os exames de raios X mostraram que “havia alguns fragmentos de uma botija de gás lacrimogéneo incrustados na perna de Bobi Wine”.

O político deverá ser submetido, hoje, a uma cirurgia para remover os fragmentos.

O veterano da oposição Kizza Besigye, líder do partido Fórum para a Mudança Democrática (FDC), enviou o seu apoio a Wine e denunciou “o horrível resultado do que é, como habitualmente, um ataque policial totalmente desnecessário a líderes políticos da oposição”.

Os agentes da polícia presentes no local afirmam que Wine tropeçou ao entrar no veículo, causando os ferimentos, enquanto Kyagulanyi e a sua equipa afirmaram inicialmente que tinha sido baleado.

Pelo menos 81 pessoas morreram em um ataque no Estado de Yobe, no nordeste da Nigéria. As autoridades locais suspeitam que por detrás da investida esteja o grupo jihadista Boko Haram, que atacou, no domingo, a aldeia de Mafa.

Imagens de corpos recolhidos na vila de Mafa chocaram a Nigéria e o mundo. Mais de 80 corpos foram fuzilados por homens armados, supostamente pertencentes ao grupo terrorista Boko Haram, que actua naquele país da África Ocidental.

Segundo explicou o porta-voz da polícia do Estado de Yobe à Agência France Press, cerca de 150 terroristas  invadiram a aldeia de Mafa, montados em motos, com armas e granadas, na tarde de domingo. 

As aldeias de Yobe têm sido vítimas frequentes de ataques Jihadistas e, neste último, as autoridades acreditam que tenham sido uma acção de vingança, após a morte de dois líderes do movimento pelo exército nigeriano.

Desde o primeiro ataque em 2009, o grupo extremista já matou mais de 40 mil pessoas só na Nigéria. Além deste país, o grupo tende a alargar as suas incursões em países como Burkina Faso e Mali.

Uma embarcação com dezenas de migrantes quebrou-se no  Canal da Mancha, na França, e fez 12 mortos, incluindo mulheres e crianças. As autoridades consideram o naufrágio ocorrido esta terça-feira o mais mortífero deste ano.

O barco, carregado de 65 imigrantes, saiu do norte da França com destino à Grã-Bretanha e naufragou nesta terça-feira no canal da Mancha, matando 12 pessoas, entre elas mulheres e crianças. O governo francês culpa os contrabandistas pelo acidente, por se fazerem ao mar sem credenciais, num local considerado de alto risco.

O ministro do interior francês, Gerald Darmanin, fala da urgência na implementação do tratado migratório entre a Grã-Bretanha e a União Europeia para tentar pôr fim às migrações clandestinas.

Os contrabandistas, muita das vezes de origem estrangeira, recebem muito dinheiro para poder contrabandear pessoas para a Grã-Bretanha. São responsáveis e criminosos”, disse Gerald Darmanin, Ministro do Interior Francês.

Segundo escreve a imprensa internacional, grande parte das vítimas do naufrágio é composta por mulheres, algumas com menos de 18 anos de idade, e muitos passageiros não tinham coletes salva-vidas.

De acordo com os dados da Organização Internacional para as Migrações, em naufrágios anteriores outras 37 pessoas perderam a vida e houve desaparecidos no mesmo local. As regras de asilo cada vez mais rigorosas na Europa, a crescente xenofobia e o tratamento hostil dos migrantes têm vindo a empurrá-los para o norte.

Desde que o Reino Unido começou a registar chegadas em 2018, quase 136.000 pessoas atravessaram o Canal da Mancha com recurso a pequenas embarcações.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou, esta terça-feira, que irá antecipar o Natal para 1 de Outubro como agradecimento ao povo lutador. A medida surge no meio de uma crise política provocada pelas eleições presidenciais do dia 28 de Julho.

“Estamos em Setembro e já cheira a Natal. Como agradecimento ao povo lutador, vou antecipar o Natal para 1 de Outubro por decreto”, disse Maduro numa intervenção na televisão venezuelana.

Maduro, no poder há 11 anos, prometeu ainda a todos os venezuelanos um Natal de paz, felicidade e segurança.

Esta não é a primeira vez que o Presidente venezuelano recorre a esta medida invulgar, segundo recorda o jornal The Guardian. Fê-lo em 2020, em plena pandemia de COVID-19, quando decidiu antecipar o natal para 15 de Outubro e, no ano seguinte, para 4 de Outubro.

A Venezuela realizou eleições presidenciais no passado dia 28 de Julho, após as quais o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) atribuiu a vitória a Maduro com pouco mais de 51% dos votos, enquanto a oposição afirma que o seu candidato, o antigo diplomata Edmundo González Urrutia obteve quase 70% dos votos.

A oposição venezuelana e diversos países da comunidade internacional denunciaram uma fraude eleitoral e exigiram que sejam apresentadas as atas de votação para uma verificação independente, o que o CNE diz ser inviável devido a um “ciberataque” de que alegadamente foi alvo.

Os resultados eleitorais têm sido contestados nas ruas, com manifestações reprimidas pelas forças de segurança, com o registo de cerca de duas mil detenções e de mais de duas dezenas de vítimas mortais.

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