O País – A verdade como notícia

Líderes políticos e da sociedade civil congolesa anunciaram uma aliança, com vista a manifestarem-se contra as mudanças constitucionais, que visam garantir que o Presidente Felix Tshisekedi mantenha o poder indefinidamente.

A aliança formada pelos líderes da oposição e da sociedade civil é denominada por Despertar Nacional. A coalizão realizará a sua primeira reunião em meados de Dezembro, para prestar homenagem ao referendo de 2005, que deu origem à Constituição de 2006.

Eles chamaram as tentativas da coalizão governante de Félix Tshisekedi, de mudar a constituição, de alta traição. Os líderes da oposição, Martin Fayulu e Moise Katumbi, também estão a liderar iniciativas separadas contra o projecto de revisão constitucional.

Por sua vez, Félix Tshisekedi chamou a constituição actual de ultrapassada e susceptível a reformas, visto que a constituição da República do Congo limita os mandatos presidenciais.

Os membros do partido liderado por Tshisekedi, União para a Democracia e o Progresso Social (UDPS), dizem que a constituição actual foi escrita a partir de uma posição de fraqueza, porque o país estava envolvido numa guerra no âmbito da sua concepção.

Os membros avançam ainda que as reformas na constituição são necessárias para proteger a soberania do país no meio das mudanças na dinâmica política e militar na região da África Central.

É destaque internacional que decorre a partir de segunda-feira, a 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29), em Baku, no Azerbaijão. O evento que junta representantes de 197 países, incluindo os da União Europeia, serve de espaço para a discussão de planos para a mitigação do aquecimento global. 

Considerada crucial  para aumentar o financiamento climático até 2030, a 29.ª Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP29), decorre de 11 a 22 de Novembro.

É uma reunião anual que visa promover acções para os países  mitigar alterações climáticas através de acções que permitam a  redução das emissões de gases de efeito de estufa.

A Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas em Baku, capital do Azerbaijão, junta representantes de 197 países e da União Europeia, e terá pela primeira vez a participação do Afeganistão, apesar do governo talibã não ser reconhecido  a nível internacional.

A Cimeira acontece numa altura em que a Espanha foi recentemente afectada por tempestades que causaram mais de duzentas mortes, justificando a necessidade de acelerar políticas que travem o aquecimento global.

Entre os pontos da agenda, destaca-se a Nova Meta Colectiva Quantificada (NCQG), depois de em 2015, na COP 21 em Paris, os governos terem estabelecido uma verba de 100 mil milhões de dólares por ano.

Na mesa de agenda estará também o balanço global dos progressos desde o Acordo de Paris sobre redução de emissões, alcançado na COP21, para  que todos os países apresentem os seus planos.

Financiamento para combater aquecimento global é o tema principal da Cop29.

As Forças dos Estados Unidos da América atacaram cinco locais subterrâneos de armazenamento de armas em áreas controladas pelos Houthis, no Iêmen, segundo a agência de notícias Reuters. Os meios de comunicação social iemenitas também informaram que houve também ataques do Reino Unido contra os mesmos alvos no oeste daquele país.

Segundo o comunicado emitido este domingo pelo secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, justificou o seguinte: “As forças dos EUA miraram em várias das instalações subterrâneas dos Houthis que abrigam componentes de armas que os houthis têm usado para atacar embarcações civis e militares em toda a região”, disse Austin.

Os ataques ocorreram nas áreas de Jarban e Al-Hafa, na província de Saná, bem como na região de Sufyan, de acordo com a emissora Al Masirah TV.

O canal Al Manar TV, ligado ao grupo xiita Hezbollah, indicou que dois ataques aéreos ocorreram em Sufyan, não sendo ainda conhecido o resultado da operação.

Os jornais israelitas The Times of Israel e The Jerusalem Post também noticiaram esta madrugada ataques norte-americanos e britânicos em Saná, Amran e outras regiões.

A agência de notícias iraniana IRNA referiu que a ofensiva visava áreas em Al-Hudaydah, em especial uma aldeia na cidade de Al-Jarrahi.
Os ataques resultaram na morte de animais, acrescentou a IRNA.

Os Huthis, que controlam uma grande parte do Iémen, realizam há vários meses ataques contra Israel e navios alegadamente ligados a este país, afirmando estar a agir em solidariedade com o movimento islamita palestiniano Hamas.

Em resposta, os Estados Unidos e o Reino Unido têm efetuado ataques regulares contra instalações dos Huthis, mas até agora sem conseguir destruir a capacidade operacional do movimento.

Uma organização não-governamental no Sudão acusou as Forças de Apoio Rápido do País de ter causado a morte, por envenenamento, a pelo menos 151 pessoas. Entretanto, os paramilitares alegam que as vítimas poderão ter sido vítimas de cólera.

Só nas últimas 24 horas foram reportadas 40 mortes pela Gezira Conferente, uma ONG do Sudão, que avançou que a cidade mais afectada é Hilaliya, que fica a 70 quilómetros da capital do Estado, Wad Madani.

Em declarações à publicação Sudan Tribune, um comandante das Forças de Apoio Rápido do Sudão (RSF), Muk Abid Abu Shotal, defendeu que as mortes podem ter sido causadas por um surto de cólera.

O comandante indicou ainda que a RSF quer enviar uma “delegação de alto nível” à cidade para confirmar as suas suspeitas.

Segundo a Gezira Conference, a cidade está sob o controle paramilitar (grupos civis armados, que não pertencem ao exército) há várias semanas.

No total, a ONG contabilizou 166 mortes, 151 das quais por envenenamento e 15 baleadas.

A Gezira Conference culpa também a RSF pela destruição da cidade, incluindo um centro médico de diálise, 18 celeiros e a infraestrutura elétrica, 10 poços e 10 farmácias.

 

O novo Presidente de Botswana tomou posse, esta sexta-feira, apelando à unidade, depois de uma eleição que pôs fim a 58 anos de governação do antigo partido. 

O Umbrella for Democratic Change, uma coalizão da Frente Nacional de Botsuana e da Aliança para Progressistas, conquistou 36 assentos parlamentares e negou ao ex-presidente, Mokgweetsi Masisi, um segundo mandato.

Duma Boko prestou juramento diante de milhares de cidadãos e delegados, na cidade de Gaborone, capital de Botswana, na sexta-feira, após chegar em um veículo aberto acompanhado por soldados carregando bandeiras.

Ao discursar à nação, em seu primeiro discurso oficial como presidente, Boko encorajou os presentes a darem um pouco de amor ao seu antecessor, que era frequentemente alvo de vaias, e elogiou sua disposição de ceder o poder sem incidentes, cita o African News.

Boko descreveu a mudança de Governo em Botswana como um momento histórico e enfatizou a necessidade de evitar disputas e conflitos pessoais.

Expressou também o amor por seu país e a apreciação que lhe foi demonstrada ao ser eleito para o mais alto cargo do país.

Durante a campanha, o partido de Duma Boko prometeu combater a corrupção e introduzir um salário mínimo de 4.000 Pula (US$302) por mês, subsídio de desemprego, aumentar os benefícios para a velhice e construir novas empresas.

O antigo presidente do Botswana Ian Khama, o vice-presidente sul-africano Paul Mashatile e o líder dos Combatentes pela Liberdade Económica da África do Sul, Julius Malema, estavam entre os dignitários presentes na posse.

Israel pode estar a cometer crimes de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade. A informação foi divulgada, hoje, em um relatório da Organização das Nações Unidas, que diz também que o país usou fósforo branco em pelo menos 24 ocasiões da guerra na faixa de Gaza.

O relatório, de 32 páginas, divulgado em Genebra na Suíça, a ONU não só volta a considerar as forças israelitas como possíveis autores de crimes de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade, como também, refere que o país usou fósforo branco, uma substância química incendiária capaz de causar “ferimentos graves e dolorosos”, em pelo menos 24 ocasiões da guerra em curso.

O fósforo branco, que foi usado por Israel, durante a guerra, sobretudo nos seis meses de análise (entre novembro de 2023 e abril de 2024), é uma substância que “arde instantaneamente quando entra em contacto com o oxigénio e é muito difícil de extinguir”, refere a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o documento, seis utilizações de fósforo branco foram registadas na capital de Gaza, nove no centro da Faixa de Gaza, quatro no norte, três em Khan Younis e duas em Beit Lahiya, algumas das quais em campos de refugiados.

Um dos momentos em que se registou a utilização da substância, foi no dia 25 de dezembro em que um bebé foi queimado por fósforo branco numa escola do campo de Al Bureij.

Apesar de não ser considerado uma arma química, o fósforo branco deve ser proibido ao abrigo das convenções que vetam o uso de armamento “com efeitos indiscriminados” ou que cause “sofrimento desnecessário e ferimentos supérfluos”, segundo a ONU.

Organizações não-governamentais como a Amnistia Internacional e a Human Rights Watch já tinham denunciado a utilização de fósforo branco por Israel em Gaza, mas este é um dos primeiros documentos da ONU a conter tal acusação na actual guerra.

No conflito de Gaza no início de 2009, o chamado Relatório Goldstone, elaborado por uma missão de apuramento de factos da ONU, também acusou Israel de utilizar esta substância incendiária.

A substância também é propensa a aderir à pele e à roupa, provocando “queimaduras profundas e graves, penetrando até nos ossos”, disse a OMS.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, acompanhou com grande interesse as eleições presidenciais norte-americanas de 5 de Novembro. Numa mensagem publicada no seu Facebook, Nyusi lembra que os Estados Unidos da América é um parceiro de cooperação estratégico do país”. A seguir, a mensagem do Presidente de Moçambique.

“Sua Excelência Senhor Presidente;

Acompanhei com grande interesse o processo eleitoral nos EUA.

EUA é um parceiro de cooperação estratégico da República de Moçambique cujas relações entre os seus povos datam de momentos anteriores a nossa própria independência em 1975.

Tendo tomado conhecimento com satisfação da vossa eleição como o 47o Presidente dos EUA, em nome do Povo, do Governo da República de Moçambique e no meu próprio endereço as nossas calorosas felicitações a V.Excia e ao Povo americano pela eleição pacífica,  justa, ordeira e transparente.

A vossa expressiva vitória evidencia a confiança que o povo americano deposita na vossa capacidade e empenho no alcance das suas aspirações e da vossa própria promessa de construir uma América forte, segura e próspera.

Enquanto auguro-vos boa saúde e um mandato bem-sucedido no desempenho das vossas nobres funções, eu e o governo de Moçambique estamos disponíveis a trabalhar com V.Excia e sua administração para reforçar, ainda mais as excelentes relações de amizade e cooperação entre os nossos dois países e povos, bem como em assuntos multilaterais de interesse mútuo.

Queira aceitar, Excia Sr Presidente, os protestos da minha mais elevada consideração e estima pessoal”, escreve, Filipe Nyusi, na sua página Facebook.

A candidata presidencial democrata, Kamala Harris, num discurso proferido em Washington,  prometeu uma “transferência pacífica de poder”, mas assegurou também que nunca desistirá da “luta pelos ideais” no âmago dos Estados Unidos

A igualmente vice-presidente dos Estados Unidos da América reconheceu, nesta quarta-feira, a derrota para o republicano Donald Trump, nas eleições presidenciais nos Estados Unidos, mas garantiu não desistir “da luta que alimentou” a campanha.

“A luta pela liberdade, por oportunidades, pela justiça e pela dignidade de todas as pessoas. Uma luta pelos ideais que estão no âmago da nossa nação. Nunca irei desistir da luta por um futuro onde os americanos podem perseguir os seus sonhos e ambições. Onde as mulheres tenham a liberdade de tomar decisões sobre os seus próprios corpos”, afirmou num discurso na Universidade de Howard, em Washington, segundo se lê no Expresso.

“Nunca desistiremos da luta para proteger as nossas escolas e as nossas ruas da violência das armas, nunca desistiremos da luta pela nossa democracia, pelo Estado de direito e pela ideia sagrada de que cada um de nós, independentemente de quem somos ou de onde começámos, tem direitos e liberdades fundamentais. Estes devem ser respeitados e defendidos”, realçou Harris, citada pelo Expresso.

Para Harris, tudo isto exige “trabalho árduo”, mas pelo país, “vale sempre a pena”, defendeu. “Por vezes, a luta demora mais tempo. Isso não significa que não venhamos a ganhar. A parte mais importante é nunca desistir. Nunca desistam”, reforçou, dirigindo-se especificamente aos mais jovens. “Não desesperem”, foi o apelo geral. “Não é altura para desalento. É altura para nos organizarmos, mobilizarmos e permanecermos empenhados em nome da liberdade, da justiça e do futuro que podemos construir juntos.”

O Expresso avança que a ainda vice-presidente sublinhou desde logo a necessidade de “aceitar os resultados” das eleições. “Falei com o Presidente eleito Trump e felicitei-o pela vitória. Também lhe disse que o iremos ajudar e à sua equipa nesta transição e que nos iremos envolver numa transferência pacífica de poder. Devemos lealdade à Constituição dos Estados Unidos”, apontou.

Logo no início, Kamala Harris referiu ter o coração “cheio de gratidão” pela confiança em si depositada, agradecendo ao Presidente Joe Biden pelo apoio e ao candidato à vice-presidência, Tim Walz, bem como à família, à equipa que a acompanhou e aos voluntários, de quem está “orgulhosa”. “O resultado desta eleição não era o que desejávamos, não era aquilo pelo qual lutámos. Mas ouçam-me bem quando digo: a luz da promessa da América vai sempre resplandecer”, cita o Expresso.

“No final, terminou no mesmo sentido: procurando transmitir uma mensagem de esperança, ao mencionar um ditado que diz que ‘só quando está suficientemente escuro é que se podem ver as estrelas’. ‘Sei que muitas pessoas sentem que estamos a entrar numa zona de escuridão, mas espero que não seja esse o caso. Se for, vamos preencher o céu com milhares de milhões de estrelas’”, declarou, segundo a fonte.

Donald Trump venceu as eleições presidenciais norte-americanas, tornando-se o 47.º Presidente dos Estados Unidos, apontam projeções da AP, Fox News e CNN.

“Trump eleito 47.º Presidente”, escreve o canal Fox News, próximo dos conservadores, após atribuir a vitória das eleições norte-americanas ao antigo Presidente (2016-2020) na Pensilvânia e Wisconsin, dois estados decisivos na corrida à Casa Branca, conforme se pode ler na DW desta quarta-feira.

Segundo informa a fonte, a Fox contabilizava 277 votos eleitorais, acima dos 270 ‘grandes eleitores’ no Colégio Eleitoral necessários para assegurar a vitória, e atribuía 226 votos à candidata democrata e vice-presidente cessante, quando ainda não estavam fechadas as contagens.

A CNN, Associated Press e outros meios de comunicação confirmaram a vitória depois de atribuírem a Trump a vitória no estado do Wisconsin e confirmarem a conquista de 277 votos.

“O país precisa de se sarar, o nosso país precisa muito de ajuda”, declarou Donald Trump, num discurso em Palm Beach, no estado da Florida, em que reivindicou “uma vitória política jamais vista no país”, pode-se na DW.

Falando perante apoiantes, prometeu que o seu mandato será “a idade de ouro” dos EUA. “Também temos o voto popular. Foi muito simpático vencer o voto popular, um grande sentimento de amor”, disse, aludindo ao resultado do voto dos cidadãos, superior a 68 milhões, contra 63 milhões para Kamala Harris.

Donald Trump afirmou que a América garantiu “um mandato sem precedentes e poderoso”.

“Recuperámos o controlo do Senado (…) Temos um grande grupo de senadores”, sublinhou, após os republicanos terem recuperado a liderança da câmara alta do Congresso, declarou.

“E também parece que vamos manter a liderança da Câmara de Representantes”, acrescentou, perante os aplausos dos apoiantes.

“Vamos recordar este dia como aquele em que o povo americano recuperou o controlo do seu país”, referiu ainda.

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