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Pelo menos 120 civis foram mortos nos últimos dois dias no Estado de Al-Jazira, onde os combates se desenrolam desde o mês passado. O Ministério dos Negócios Estrangeiros sudanês acusa as forças paramilitares pelo sucedido.

A milícia Janjaweed cometeu um novo massacre na cidade de Hilaliya, no estado de Al-Jazira, nos últimos dois dias, resultando em 120 mortes até agora. As vítimas foram mortas a tiros ou devido a envenenamento alimentar e falta de cuidados médicos, que afectaram centenas de civis, segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

O governo apoiado pelo exército refere-se regularmente às Forças de Apoio Rápido (RSF) paramilitares que tem vindo a combater desde Abril de 2023 como Janjaweed, uma milícia recrutada pelo então governo de Cartum para suprimir uma rebelião de minorias étnicas na região ocidental de Darfur há duas décadas.

O Sindicato dos Médicos do Sudão afirmou que depois de saquear e roubar todos os bens dos residentes em Hilaliya, a milícia deteve as pessoas dentro das mesquitas, só permitindo que saíssem depois de pagarem somas avultadas, impossíveis de pagar após o extenso saque e roubo. 

A Força de Apoio Rápido (RSF), intensificou recentemente os ataques contra civis no estado de Al-Jazira, depois de um dos seus principais comandantes ter desertado para o exército regular. 

No mês passado, pelo menos 200 pessoas foram mortas no estado de Al-Jazira, que está sob controlo do exército. As Nações Unidas afirmam que 135 mil civis foram deslocados.

Duas explosões, em um intervalo de 20 segundos, ocorreram perto do Supremo Tribunal Federal, em Brasília, no início da noite desta quarta-feira. Uma pessoa morreu, e a área foi isolada. Bombeiros e militares especializados em explosivos foram ao local. 

Um dos seguranças em serviço disse à polícia que um homem que carregava uma pasta, tirou alguns artefatos e um extintor. Quando o segurança tentou se aproximar, o homem abriu a camisa e o segurança viu algo semelhante a um relógio digital, acreditando ser uma bomba.

Dois ou três artefatos foram lançados pelo homem e explodiram. Depois, ele se deitou no chão, acendeu o último artefacto e colocou na cabeça como uma almofada.

No momento do incidente estavam a decorrer sessões de plenário na Câmara dos Deputados e do Senado. De acordo com informações do Gabinete de Segurança Institucional, Lula da Silva não estava em nenhum dos edifícios próximos quando ocorreram as explosões.

O presidente da Associação Sul-africana de Futebol (SAFA), Danny Jordaan, foi detido esta-quarta feira, por alegado desvio de 1,3 milhões de rands dos fundos da agremiação, para fins pessoais.

O considerado chefe do futebol sul-africano é conhecido por ter ajudado a levar para África do Sul, o primeiro campeonato do mundo da FIFA ao continente africano em 2010.

A detenção do presidente da Associação de Futebol da África do Sul resulta de um processo de investigações levadas a cabo pela Unidade Especial de Investigação do país, no escritórios da agremiação, no mês de março.

Com o valor de 1,3 milhões de rands correspondentes a 4,5 milhões de meticais, Jordan teria segundo as autoridades sul-africanas, contratado uma empresa de relações públicas e uma empresa de segurança privada a seu favor.

Esta quarta-feira, o presidente da SAFA, compareceu ao Tribunal de Palm Rigdge, em Joanesburgo, uma instância judicial especializada em crimes comerciais.

Em termos de datas, os crimes de corrupção no seio da agremiação que dirige há mais de 10 anos, contando apartir de 28 de setembro de 2013 quando foi eleito presidente, teriam acontecido entre os anos 2014 e 2018, de acordo com o porta-voz da polícia sul-africana, Katlego Mogale.

O líder espiritual da Comunhão Anglicana global e chefe da Igreja da Inglaterra, Justin Welby, renunciou, esta terça-feira, ao cargo. A renúncia deve-se ao facto do líder ter omitido abusos físicos, sexuais e espirituais, em série, cometidos por um líder voluntário, segundo revelou uma investigação.

A decisão foi tomada após mais de 3.600 pessoas assinarem uma petição electrónica, coordenada por membros da assembleia da comunhão maioritária no Reino Unido, pedindo a demissão imediata de Justin Welby, por alegada falta de accão, após descoberta de crimes cometidos  ao longo de décadas pelo falecido advogado canadiano John Smyth.

“Acredito que me afastar é do melhor interesse da Igreja da Inglaterra, que eu amo profundamente e que tive a honra de servir”, disse o arcebispo de Canterbury em uma declaração nesta terça-feira.

O clamor mais forte veio das vítimas de John Smyth, um advogado famoso que usou uma bengala para espancar adolescentes e jovens em acampamentos de verão cristãos, na Grã-Bretanha, Zimbábue e África do Sul, ao longo de cinco décadas.

O relatório divulgado mostra que Smyth usou uma bengala para punir os campistas por pecados que incluíam orgulho, fazer comentários sexuais, masturbação ou, em um casos, olhar para uma menina por muito tempo. 

As vítimas e Smyth estavam pelo menos parcialmente, se não completamente, nuas, durante as torturas.

As torturas consistiam em  espancamentos de 100 pancadas por masturbação, 400 por orgulho e um de 800 pancadas por algum outro pecado não revelado, ilustra o relatório. O relatório de 251 páginas conclui que Welby não denunciou Smyth às autoridades, quando foi informado dos abusos, em Agosto de 2013, logo após ele se tornar arcebispo de Canterbury.

Refira-se que a Igreja Anglicana tem mais de 85 milhões de membros em 165 países.

 

Donald Trump anunciou, na terça-feira, que Elon Musk e o ex-candidato presidencial republicano, Vivek Ramaswamy, vão liderar o novo Departamento de Eficiência Governamental, uma agência não governamental focada em reduzir o desperdício federal e otimizar as operações.

Musk e Ramaswamy vão colaborar também com o Escritório de Gestão e Orçamento, para impulsionar reformas e trazer uma abordagem empreendedora ao governo.

Musk, que promoveu a agência apelidada de “Doge” em homenagem à Dogecoin, planeja documentar todas as acções publicamente, para melhor transparência, incluindo uma tabela de classificação para destacar gastos ineficientes de dólares de impostos. Ramaswamy, por sua vez, expressou seu comprometimento com a iniciativa.

Como não são funcionários do Governo, Musk e Ramaswamy estão isentos dos requisitos federais de divulgação e pretendem concluir seu trabalho até 4 de Julho de 2026. Trump prevê um Governo menor e mais eficiente, como presente para o 250º aniversário da nação.

Musk defendeu um corte de US$2 trilhões nos gastos do Governo e recebeu reacções mistas. Os apoiadores acreditam que seu envolvimento vai impulsionar mudanças significativas, enquanto os críticos argumentam que seus negócios têm um histórico de choque com regulamentações que ele pode agora tentar reformar.

Donald Trump já iniciou com o exercício de nomeação de figuras que vão compor a  máquina de governação, durante os próximos quatro anos, na Casa Branca. Entre domingo e segunda-feira, o Republicano indicou o director para a política interna, migração e proteção ambiental.

Após a indicação de Susie Wile como chefe do gabinete presidencial, Trump avança com a missão de completar o xadrez da sua máquina governativa. Esta segunda-feira, indicou Lee Zeldin, um dos seus amigos mais próximos e antigo representante do Estado de Nova Iorque, para dirigir a Agência de Proteção Ambiental.

Como desafios, Trump quer que Zeldin garanta que serão tomadas decisões rápidas e justas que impulsionarão a força das empresas americanas, mantendo, ao mesmo tempo, os mais elevados padrões ambientais.

Ainda esta segunda-feira, Trump disse igualmente que vai nomear o seu conselheiro de longa data Stephen Miller, considerado figura da linha dura sobre imigração para o cargo de diretor-adjunto de política interna no seu futuro executivo.

Desde a saída de Trump da Casa Branca, Miller tem desempenhado as funções de presidente da America First Legal, uma organização de ex-assessores do líder republicano formada como uma versão conservadora da União Americana pelas Liberdades Civis. 

Na noite de domingo, Trump já havia anunciado que vai nomear Tom Homan como o homem forte para o controle das fronteiras. Homan foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira entre janeiro de 2017 e junho de 2018.

Vencedor nas eleições presidenciais realizadas na terça-feira, Donald Trump vai tomar posse a 20 de janeiro, e até lá deve rapidamente avançar com a formação da sua futura administração.

Insurgentes do Boko Haram mataram 17 soldados chadianos, em ataque a um posto militar, este fim-de-semana. 

O ataque na região do Lago Chade ocorreu no sábado, segundo avançou o porta-voz do exército, Gen. Issakh Acheikh, na televisão estatal, na noite de domingo. 

A região do Lago Chade tem sido atingida por ataques frequentes de insurgentes neste ano, incluindo o Boko Haram e o Estado Islâmico na África Ocidental, o que reacendeu os temores de violência, após um período de paz, que resultou de uma operação militar bem-sucedida, lançada em 2020, pelo exército chadiano, para destruir as bases dos grupos extremistas.

Em Outubro, 40 soldados foram mortos em um ataque a uma base militar, levando o presidente Mahamat Deby Itno a lançar uma operação, para desalojar militantes do Boko Haram do Lago Chade. Em março, um ataque que o governo atribuiu ao Boko Haram matou sete soldados.

O Boko Haram, lançou uma insurgência há mais de uma década contra a educação ocidental, e busca pelo estabelecimento da Lei Islâmica no nordeste da Nigéria. A insurgência se espalhou para países vizinhos da África Ocidental, incluindo Camarões , Níger e Chade .

 

As infecções por vírus Mpox na região da República Democrática do Congo (RDC), onde uma nova variante, mais infecciosa, foi detectada pela primeira vez, parecem estar a “estabilizar”,  segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo o relatório da Agência de Saúde das Nações Unidas, citado por Lusa, o número de infeções “mostra uma tendência geral de aumento”, mas que pode ter estabilizado na província de Kivu do Sul, onde a forma mais infecciosa foi identificada pela primeira vez.

 A OMS reconheceu que os testes ainda não estão generalizados, o que dificulta a compreensão da forma exata como o vírus se está a propagar.

Segundo a agência da ONU, os casos deste vírus estão ainda a aumentar nos vizinhos Burundi e Uganda.

De acordo com os dados da semana passada, a RDC registou menos de 100 casos de Mpox confirmados em laboratório, contra quase 400 em julho.

Os Centros Africanos de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC África) calculam serem necessárias três milhões de vacinas para travar o surto.

Na semana passada, o diretor do CDC África, Jean Kaseya, disse que o continente estava “ainda na fase aguda” desta epidemia, com 19 países afetados e avisou que, sem mais recursos, o vírus poderia tornar-se uma ameaça global.

Segundo a OMS, o surto no Burundi está também a ser provocado pela variante mais recente, que causa sintomas menos graves, o que significa que as pessoas infectadas podem não se aperceber de que estão a espalhar o vírus.

A deputada republicana Elise Stefanik é a próxima embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que também anunciou que irá nomear Tom Homan como o responsável máximo das fronteiras que o chama de “czar das fronteiras”.

A convite do Presidente eleito dos EUA, ainda refém da aprovação da confirmação do Senado e da Câmara Alta do parlamento norte americano, Elise Stefanik já aceitou e confirmou o cargo de embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas.

“Na minha conversa com o Presidente Trump, expressei o quão profundamente honrada estava por aceitar a sua nomeação e a minha vontade de garantir o apoio dos meus colegas no Senado dos Estados Unidos”, disse, citada pela CNN Brasil.

A congressista de Nova York, a quem Trump considera “tenaz e inteligente para América” , é a quarta republicana mais importante na Câmara, que, segundo cita a CNN, “tem sido uma forte aliada do presidente eleito e uma importante arrecadadora de fundos para o Partido Republicano”.

Além de nomear Stefanik, actual líder dos deputados republicanos na câmara baixa do Congresso, a Câmara dos Representantes, Trump, também anunciou Tom Homan como o “czar das fronteiras”, que foi responsável pela imigração no primeiro mandato do republicano na Casa Branca.

Homan foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês) entre janeiro de 2017 e junho de 2018.

Diferente da de Stefanik, a nomeação de de Homan não carece de confirmação do Senado.

Trump foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.

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